Nos anos 90, perdurava aquela mania das animais falantes nos videojogos não era? Toda a gente tinha de ter um … (A culpa é principalmente do segundo menino desta lista, já agora). Pois bem, é esse vai ser o tema da Jornada Smash desta semana!
18. Super Mario World – SNES (1990)
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Lutador: Yoshi
Aqui temos o quarto Super Mario Bros.! Este videojogo é aquele que fez Mario saltar do 8bit para o 16bit. O mapa de Super Mario Bros. 3 regressa bem melhorado, e agora muito mais coeso e mais fácil de navegar. O que juntamente com o seu novo sistema de save, dá mesmo a sensação que estamos a explorar o mundo.
Este é também o jogo que trás um dos power-ups mais icónicos da série, a Cape Feather que torna Mario (ou Luigi) ainda mais super que o normal. Esta pena dá uma capa ao protagonista, que pode ser usada para planar pelos ares e até mesmo flutuar aos saltinhos. A ideia é tão divertida que nem o Sonic conseguiu resistir, e este tipo de jogabilidade foi implementado na personagem Ray em Sonic Mania Plus.
Mas a verdadeira estrela de World é o dinossauro Yoshi, uma ideia que Shigeru Miyamoto tentou implementar desde a NES mas sem sucesso, até à chegada da Super Nintendo.
Este companheiro de Mario, e as suas variantes, estão escondidos nos níveis tal e qual um power-up normal. Podes montar-te nele e usar a sua língua extensível para comer inimigos e apanhar itens. Carapaças coloridas dão lhe poderes temporários como a capacidade de voar e cuspir bolas de fogo. O jogador perde este réptil adorável quando leva dano, mas há sempre uma oportunidade para o recuperar enquanto este está a correr aflito pelo nível.
A sua versatilidade fez com que Yoshi se tornasse extremamente popular para ele ter a sua própria sub-série, que começou logo com Yoshi’s Island. Qualquer videojogo com este amigo é quase de certeza o lugar certo para passar uns bons momentos.
19. Sonic The Hedgehog – Mega Drive (1991)
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Lutador: Sonic
Com a NES, a Nintendo conseguiu dominar mercados como o japonês e o americano. Pelo que a Sega precisava de uma nova franquia que conseguisse ter algum pé no mercado. Para isso, criar uma mascote para substituir o Alex Kidd e o Opa-Opa parecia ser o caminho a seguir. Foi assim que nasceu o ouriço Sonic, desenhado por Naoto Oshima para complementar o motor de jogo, focado na aceleração do protagonista que foi criado por Yuji Naka.
Ele foi mesmo feito para fazer contraste com o rival da outra companhia, em vez do gordinho bonacheirão temos um corredor, que apesar de ter um lado protector com os animais mais pequenos, detinha alguns problemas de atitude. Era algo que fazia sentido nos primórdios dos anos 90, para apanhar a malta insatisfeita com a imagem mais familiar da Nintendo.
Sonic The Hedgehog é um videojogo de plataformas um pouco diferente do normal, e de certa forma, prova o quão presa a fórmula deste género está à série de Super Mario. Em vez de um mundo de plataformas onde as coisas foram construídas em bloco, temos loops, rampas, curvas e contra curvas… Estas em combinação com a capacidade de Sonic rebolar faz com que tudo pareça uma mesa de pinball. A fórmula deste primeiro jogo ainda tinha muitas arestas para limar, mas foi o suficiente para causar mossa no monopólio da Nintendo.
Sonic continuou a ser a mascote da Sega até aos dias de hoje. Ele teve várias sequelas na mesma consola que são de grande excelência. A partir dai as coisas não correram assim tão bem infelizmente, principalmente quando a Sega saiu do mercado das consolas… Mas lá de vez em quando até fica em boas mãos e sai qualquer coisa que vale a pena arranjar.
20. Starwing – SNES (1993)
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Lutadores: Fox e Falco
Desde os primórdios do 4º episódio de Star Wars o sonho em participar em batalhas espaciais sempre se encontrou na cabeça dos Jogadores de videojogos… Não estou a falar de jogos como o Space Invaders, mas de shooters mais realistas tridimensionais como os jogos da Atari desta mesma franquia de filmes.
Starwing (Star Fox fora da Europa) foi a resposta da Nintendo a este sub-género de videojogos, produzido pela Nintendo EAD e pela britânica Argonaut Games. O cartucho deste videojogo tinha um chip extra chamado Super FX que dava a capacidade de gerar gráficos poligonais no sistema. Nada de especial a comparar com as consolas da geração seguinte, mas era algo raro de se encontrar em 1993 nas consolas de casa.
A história passa-se no sistema solar de Lylat, que está a ser atacado pelas forças do cientista Andross. Para o travar, a nação do planeta de Corneria enviou o grupo de pilotos de Arwing, Star Fox. Este grupo é composto por Fox (controlado pelo jogador) e por Falco, Peppy e Slippy (controlados pelo computador).
Estes últimos três vão de vez em quando ajudar a eliminar as forças inimigas, mas por norma estão a levar tiros na traseira e temos que os ajudar… O Falco em particular fica sempre mal-agradecido. Mas são situações para levar à séria… Isto não é como nas gerações seguintes, a morte é permanente.
Starwing usa um sistema de níveis lineares sequencial, mas o que o faz destacar da concorrência é que as três dificuldades incluídas no jogo contêm níveis completamente diferentes uns dos outros, o que incentiva realmente o jogador a percorrer a aventura várias vezes sem se fartar.
Fox, Falco e o resto da malta sempre estiveram presentes nos jogos seguintes da série, passando por dois reboots. Mas o jogo da SNES apesar de ser um pouco arcaico têm uma identidade muito própria, e com uma das melhores bandas sonoras da série… Nada bate a grande máscara branca de Andross, afinal é essa a razão por ela aparecer no Smash.
21. Star Fox 2 – Nintendo Classic Mini: SNES (2017)
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Lutador: Wolf
“O quê 2017?! O homem só pode estar doido… Então eu lembro-me de ver o Wolf no Lylat Wars na Nintendo 64.” É verdade, o Wolf apareceu nas nossas casas em 1997, mas o seu primeiro videojogo foi o Star Fox 2 que saiu 20 anos mais tarde. Confuso? Já vai fazer tudo sentido…
Star Fox 2 foi produzido e concluído para a SNES por volta de 1995-16 mas o seu lançamento foi cancelado para que o foco do marketing fosse direccionado completamente para o videojogo desta série que foi lançado na consola seguinte. Para a Argonaut foi uma facada enorme nas costas que alegadamente teve vários conceitos e código usados pela companhia japonesa sem qualquer tipo de crédito decente (isto sem mencionar a alegada relação dolorosa entre o Mario 64 e o videojogo que iria tornar-se o Croc ou a bastardização de ideias que culminaram na produção do falhanço que foi o Virtual Boy).
Para nós jogadores, foi uma perda enorme por termos perdido um videojogo que poderia ter sido importante na história da indústria. Mas felizmente a situação foi corrigida (legalmente…) em 2017 com o lançamento da segunda consola mini da Nintendo.
Ainda bem, porque pessoalmente Star Fox 2 é um videojogo muito mais interessante do que o Lylat Wars que segue a mesma forma do Starwing. Aqui toda a acção da história passa-se em tempo real, representada num mapa em duas dimensões. Várias naves e bases planetárias estão sempre em funcionamento para atacar Corneria.
Movendo a nossa nave para um dos pontos relevantes a acção muda para o plano 3D mais familiar, que desta vez oferece movimento muito mais liberto a 360 graus. Com o extra da nossa Arwing se transformar num robô e andar pelo terreno caso haja… hum terreno para andar. Aqui é bom que te despaches a cumprir o teu objectivo, pois está tudo o resto a acontecer à tua volta e a sede de Andross pela destruição de Corneria não pára por nada.
Um dos grupos de bosses introduzidos foram os mercenários da Star Wolf, liderados por Wolf. Eles são a antítese dos nossos heróis, com as suas próprias naves baseadas na Arwing. É um cliché bem comum nos videojogos apanharmos um pouco do nosso próprio veneno, os tais “Mirror Matches”.
Personagens como Miyu e Fei perderam-se com este jogo, mas felizmente o mesmo não aconteceu a Wolf que sempre marcou presença para parar os planos dos nossos heróis.
(Continua…)