Enquanto que A Whisker Away parecia ter uma premissa forte, o filme realmente não me captivou. Na verdade, julgo que acabou por ser muito mais abaixo do que esperava antes de assistir.

A História de A Whisker Away

Miyo “Muge” Sasaki parece ser uma rapariga de ensino secundário normal, com uma paixoneta secreta pelo seu colega de turma Kento Hinode. Miyo passa os dias a observá-lo sem ele nunca nunca dar conta.

Mas esse não é o único segredo que ela esconde: ao descobrir uma máscara mágica que transforma qualquer um que a use num gato, Muge começa a utilizar esse disfarce para se aproximar do rapaz que ama.

Infelizmente, o que os aproxima também os pode afastar….

Um Romance Pouco Inspirador

A história e o conceito de A Whisker Away parecem algo que a Disney faria, mas, em vez do seu estilo genérico de desenho animado, é ao estilo de anime.

Há também algo de pouco atraente no romance. Parece muito genérico. Parece que já vi isto muitas vezes no passado. Fiquei um pouco desapontada com o andamento da história e o quão irritante a rapariga principal é.

No início, Miyo Sasaki, a nossa protagonista, é um personagem realmente frustrante. Para começar, ela é uma rapariga obcecada pela sua paixoneta que, no início, não gosta muito dela. Felizmente, à medida que a história continua, a sua personagem torna-se mais calma e com mais personalidade.

No começo, Kento Hinode, o interesse amoroso, parece o típico rapaz de animes de romance escolar. Como Miyo, Kento tem muitas dificuldades em casa, o que faz com que ele nunca mostre as suas emoções quando está perto de outras pessoas. À medida que interage com Taro, em quem sinceramente confia, Kento vai-se apercebendo dos seus sentimentos pelo animal/rapariga.

Senti que ele é a personagem melhor desenvolvida do filme, e tirando a protagonista, o resto do elenco é bastante sólido. A premissa parece normal, mas mais tarde é abalada pelo seu próprio progresso devido a acções e sequências ambíguas e inexplicáveis.

Arte de Tirar o Folgo

A animação foi dirigida por Junichi Sato (Sailor Moon, Sailor Moon R) e Tomotaka Shibayama (Blue Exorcist), com guião escrito por Mari Okada (Anohana: The Flower We Saw That Day).

Além da história, a arte é excecionalmente bonita, estando a par dos trabalhos de Makoto Shinkai (Your Name). A animação é linda, todos os movimentos são fluídos – adorei o visual. Os objetos, a iluminação… Todos são fenomenais.

As músicas de fundo e as vozes também são satisfatórias. Todas as faixas se encaixaram no filme, embora nenhuma seja memorável, a não ser a música dos créditos finais. Intitulada Hana ni Borei (“Um Fantasma para uma Flor”, em tradução literal), foi gravada pelo duo Yorushika.

Em suma, uma banda sonora sólida, com certeza.

A Whisker Away está disponível na Netflix.


Já viste A Whisker Away? O que achaste do filme?

CONCLUSÃO
a-whisker-away-analiseResumidamente, a história não me captivou. Sinto que já assisti a muitas assim - mas vale a pena pela animação. Para mim foi uma grande decepção vindo de nomes como Junichi Satou (Aria, Tamayura) e Mari Okada (MSG:IBO, AnoHana, Lupin III: Mine Fujiko). Isto fez-me perceber o quanto amo Aria. Contudo, não vão por mim. Se tiverem interesse, vejam. É daqueles filmes que se gosta ou se odeia.