Alguma vez tiveste uma experiência apocalíptica imersiva? Não? Então isso é porque ainda não experimentaste Arizona Sunshine, algo que te vai por os cabelinhos em pé!

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Uma história com muito suspense

Arizona Sunshine coloca-te um mundo pós-apocalíptico dominado por Zombies, onde a tua única salvação são as armas de fogo e a munição que encontras ao longo da tua jornada pelo mundo podrido de carne e miolos.

A tua única esperança é encontrar um lugar em segurança, longe dos devoradores. Mas, para isso, é preciso ter muita paciência e uma boa pontaria.

A história é basicamente esta, não muito profunda, mas suficiente para te conseguir prender dentro deste jogo e saber se vais acabar por sobreviver a esta grande epidemia.

Gestão de munição e a pontaria são o segredo para não morreres

Algo que me começou logo a dar calafrios no jogo, foi o facto de que este não possui munição ilimitada. Ao invés disso, dependerás das armas e da munição que vais encontrando no chão, em carros, gavetas, etc… Isto permite dar-te aquela sentido de impotência contra os zombies, pois os golpes de Karaté do Jackie Chan não estão presentes aqui.

Com isto, se ficares sem munição, só te resta fugir a sete pés. E, como se não bastasse, também não tens nenhuma mira nas armas! Logo, a tua sobrevivência dependerá bastante da tua pontaria. Deparei-me imensas vezes com situações, onde gastei quase uma dúzia de disparos sem sucesso, vendo-me aflito enquanto via o “querido” zombie a correr contra mim.

Contudo, se houve coisa mais assustadora neste jogo, foram as ondas de zombies que ocasionalmente me punham à prova. Uma coisa é virem de frente, mas outra é começarem a vir de todos os lados, dando-me aquele arrepio na espinha, enquanto sou surpreendido por um ataque vindo de trás!

A qualidade gráfica (Oculus Quest)

Dado que a minha sessão de jogo foi feita nos Oculus Quest, os detalhes gráficos foram claramente comprometidos.

Por mais que queira ignorar, é impossível não reparar no défice de polígonos nos modelos tridimensionais dos zombies. E isso incomodou um pouco, mas aprendi a viver com isso.

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No que toca aos cenários, estes até estavam aceitáveis. Mas, como sempre, parece que a tal limitação do hardware gráfico dos Oculus Quest foi mais acentuada que o normal.

Outra coisa que achei mal foi a maneira como perdemos o jogo. Em vez de uma cena intensa e chocante, é apresentado um ecrã verde com um pequeníssimo texto a dizer que perdi, continuando a ver os zombies parados à minha frente sem fazerem nada.

Pois…

Modo de sobrevivência incluído, sozinho ou com amigos!

Arizona Sunshine conta com um modo de sobrevivência (para além do modo campanha) chamado de horde mode.

Neste modo, estás numa pequena área restrita, onde terás de eliminar várias “ondas” de zombies que vão chegando. Começas apenas com uma arma e umas quantas munições, onde a cada “onda” de zombies concluída, recebes mais uma dose de munição e, dependendo do teu progresso, mais armas.

Porém, quanto mais tempo aguentares, mais zombies aparecerão, pelo que também terás que ter muito em conta a gestão de armas e munição. Não vale apena andares a desperdiçar os teus recursos só para depois ficares tipo batata à espera de seres comido.

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Este modo conta também com um modo multi-jogador, onde até quatro jogadores podem participar na matança do porc… quero dizer, dos zombies!

Quanto mais jogadores são envolvidos, mais tem que haver coordenação e organização na equipa. Para isso, faz-se uso do microfone para comunicar entre os membros ou, simplesmente, fazer sinais gestuais, caso algum seja demasiado tímido ou não saiba falar numa língua conhecida.

É, sem dúvida, um modo bastante “divertido”, especialmente se for jogado com outras pessoas (desde que estas não sejam “trolls” ou miúdos pequenos que não saibam o que estão a fazer). Com isto, posso dizer-te que este é um dos grandes motivos que fazem voltar a jogar este jogo por mais tempo do que as 4-5 horas do modo campanha.

O Áudio

O jogo passa a maior parte do tempo sem silêncio, colocando de vez em quando uma música mais tensa, em momentos de ataques em massa.

A narração da tua personagem ajuda a que o jogo não se torne muito monótono, garantindo algumas piadas para quebrar o gelo. Um toque de classe por parte dos criadores.

O último desejo

Arizona Sunshine está próximo da perfeição. E, com isto, só desejo que a Vertigo Games consiga torná-lo em algo perfeito futuramente – através de sequelas ou Spin-offs, pois este jogo facilmente poderá contar várias histórias do ponto de vista de outros sobreviventes.

Mas, falando em adições, poderemos contar com novas adições, com os updates e DLCs a chegarem ainda no final deste ano e durante o próximo!

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No que toca à qualidade gráfica, é uma questão de aceitar e dar os parabéns ao árduo trabalho que os criadores tiveram para conseguirem transportar um jogo criado para a PlayStation 4 e PC para um equipamento portátil com algumas limitações gráficas.

Se te interessa participar nesta aventura, esta encontra-se disponível na PlayStation VR, Steam VR, Oculus e Oculus Quest.

CONCLUSÃO
Arrepia Espinhas!
8.5
Bruno Dores
Um fanático por Nintendo, de nome "Nintendista", que procura mostrar ao mundo o lado mágico da empresa que o acompanhou durante toda a vida.
arizona-sunshine-oculus-quest-analiseArizona Sunshine para os Oculus Quest é um jogo com bastante potencial, apesar dos seus visuais pouco atractivos. A experiência de estar num mundo pós-apocalíptico cheio de mastigadores de carne humana é super interessante e assustadora o suficiente para justificar a compra do mesmo!