Bright Memory FYQD Studio

O videojogo Bright Memory teve destaque na conferência apresentada pela Microsoft, onde revelaram vários jogos a correr na sua nova consola, a Xbox Series X. A conferência teve várias revelações, no entanto, creio que esta foi a que mais atenção captou, maioritariamente pelo facto de ter sido desenvolvido por uma única pessoa.

O jogo completo está ainda por sair. No entanto, já tivemos oportunidade de jogar o Episode 1, um pedaço de tecnologia absolutamente incrível.

A História

Bright Memory apresenta-nos Shelia, uma agente que opera na SRO, Supernatural Science Research Organization, uma agência que se especializa no estudo de relíquias e de fenómenos paranormais. Assim que entramos temos logo oportunidade de testar o arsenal de armas, caindo mesmo no meio de um tiroteio.

Após os ânimos acalmarem (vulgo, matarmos toda a gente), deparamo-nos com Carter, o antagonista do jogo, pertencente à célula terrorista SAI, a qual se infiltrou na SRO de forma a obter informações inestimáveis. Uma coisa leva à outra e acabamos por teletransportar toda a gente para uma localização mística e desconhecida na Antártica, onde teremos todo o tipo de desafios para enfrentar.

Bright Memory

O Bom e o Menos Bom

A história de Bright Memory é o que costumamos chamar “all over the place”. Temos de tudo: criaturas enormes com dentes preparados a arrancar-nos a cabeça, esqueletos com armaduras e espadas prontos para nos cortar qualquer membro, e, para desanuviarmos, um pouco de escalada e puzzles.

O brilharete de Bright Memory consiste na acção. Damo-nos por nós a elevar inimigos e a desembainhar a nossa espada para os cortar em pedaços enquanto pairam no ar. Ou, se preferirem, podem simplesmente descarregar um carregador até se certificarem que quando eles caírem já não se levantam.

Como nossos aliados temos uma espada, uma metralhadora e uma caçadeira. Estes três objectos serão os guias da nossa sobrevivência no confronto com inúmeras criaturas míticas, aliados aos nossos poderes como o de colocar inimigos a flutuar, um gancho telecinético que nos puxa para perto dos inimigos (o que aconselho vivamente a NÃO fazerem, a não ser que queiram ficar sem cabeça).

Bright Memory

Mecânicas

Os controlos são fáceis de nos adaptarmos e o shooting é bastante decente, principalmente se apontarem à cabeça dos inimigos (spoiler: é fixe).

Temos uma pseudo skill tree, onde podemos melhorar as nossas habilidades, desde ataques eléctricos a uma semiesfera mortal que causa dor a qualquer ser que se encontre à nossa volta. Não é nada de extremamente complexo e é altamente limitada, dada a duração do episódio, o scaling e uso seria extremamente limitado.

Visuais e Banda Sonora

Onde Bright Memory mete outros jogos na penúria é no campo dos visuais. Sim, vimos todos o mesmo: acção imparável aliada a visuais de cortar a respiração, com efeitos espectaculares que desafiam a atual geração de consolas, sendo um título perfeito para se estrear na próxima geração.

Ressalvo apenas os modelos das personagens, que chegam a estar deslocados do alto padrão a que estamos habituados em Bright Memory. O som está também a um nível aceitável, através de uma banda sonora de alto ritmo vamos matando com estilo.

Conclusão

Tendo em conta que estamos perante um hobby de uma única pessoa, que foi aproveitando o seu tempo livre para nos entregar este pedaço de acção brutal, não ficarão desiludidos se aproveitarem a oportunidade. A um preço altamente aceitável (8,19€), encontramos em Bright Memory uma experiência que nos deixará em pulgas pelo jogo completo que tem lançamento planeado este ano.

Não deixo de realçar que caso decidam comprar Bright Memory Episode 1, terão direito a Bright Memory: Infinite de borla.