Olá e sê bem-vindo a outra bit-nálise especial! Estarás certamente confuso por esta categorização, mas uma franquia como Call of Duty merece uma detalhada análise de cada um dos seus segmentos principais. Por causa disso, e para evitar uma exercício escrito longo e enfadonho, dividi este Modern Warfare 3 em três bit-nalíses. Assim, esta será a segunda de três, focada solenemente no modo Zombies, uma mistela que combina o relativamente novo extraction shooter DMZ de Warzone com a experiência Zombies já conhecida pelos fãs.

Com nome Operation Deadbolt, este Modern Warfare Zombies passa-se em Urzikstan e assemelha-se mais a um reskin bem elaborado do DMZ, dado que o objetivo passa por iniciar uma partida com até duas outras pessoas, procurar por loot, completar atividades chamadas Contracts para receber dinheiro para comprar upgrades ou items no mapa e proceder à dita extraction, chamando um helicóptero e sair do nível com parte dos items para novas incursões antes de baterem 60 minutos. Logo, fora elementos conhecidos, como alguns power-ups, Pack-a-Punch, Perk-a-Colas e, claro, os titulares zombies, pouco marcará pela distinção.

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Imagem retirada de https://www.callofduty.com/modernwarfare3/zombies

De qualquer forma, este Urzikstan, mapa recém-introduzido no modo Warzone com a atualização da primeira temporada Call of Duty: Modern Warfare III, é aberto e incorpora outros 24 jogadores com os quais poderás formar um esquadrão, sem possibilidade de PvP, para enfrentar áreas mais difíceis do mapa: três zonas, intituladas de Threat Levels 1, 2 e 3, onde este modo revela a verdadeira dualidade entre risco e recompensa. Digo isto porque todas as actividades no mapa, sejam Contracts ou eventos como Infected Strongholds, são bastante fáceis e banais na Threat Level 1, mas impróprias para cardíacos nas seguintes dificuldades.

Por isso, apesar da primeira área não suscitar muito entusiasmo, o ciclo de colecionar loot e voltar mais forte para enfrentar as duas outras Threat Levels, onde vagueiam inimigos mais difíceis e recompensas mais sedutoras, como items para começar uma nova run com armas mais fortes, torna Operation Deadbolt cativante. Contudo, o medo de perder tudo na personagem está sempre à vista, frequentemente atrás de nós, e é um contratempo infeliz na experiência. É algo que adiciona tensão em cada encontro, mas com tanto tempo passado a preparar, perder tudo deixa aquele sabor amargo de “outra vez?”

Isto agrava-se mais ainda porque Operation Deadbolt trata quase tudo como uma morte, e devido a diversos bugs fora do meu controlo perdi progresso reunido nas personagens, garantindo que os próximos 30 a 60 minutos fossem dedicados a preparar outra vez. No entanto, quando a morte é devido a “causas naturais” uma função útil e agradável chamada Plead for Help permite que um outro jogador reviva, embora este esteja refém da benevolência dos outros 24 jogadores.

Outra área deste Zombies que não está tão bem limada são as Story Quests, missões aceites antes de entrar numa run e cumpridas uma a uma, com objetivos triviais como matar X zombies com uma arma comprada in-game, ou destruir uma escolta mercenária e recolher um cartão especial. Esta última deu uma especial enxaqueca, dado que essa escolta nem sempre aparece, é relativamente difícil de abater e o objetivo de recolher o cartão está bugado. É igualmente infeliz a história de Operation Deadbolt estar presa por demandas tão desinteressantes.

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Imagem retirada de https://www.callofduty.com/modernwarfare3/zombies

Posto isso, esta nova oferta no universo Zombies de Call of Duty está carregada de decisões que abrandam a cadência natural do jogo, obrigando o progresso a ser enfrentado como uma repetição constante de atividades mais aborrecidas para depois enfrentar conteúdo mais difícil e interessante. Quiçá ajudasse bastante que as armas colecionadas durante uma run não perdessem o nível Pack-a-Punch e a sua raridade quando extraídas com sucesso. Talvez acelerasse este pacing de morto-vivo.

Vale a pena jogar o Modo Zombies de Call of Duty: Modern Warfare III? Desconsiderando a pergunta retórica e concluindo, por outras palavras, ou seja, em resumo, sim, mas com um pé atrás.

Esta foi a sexta bit-nálise, análise tão curta que nem um bit ocupa, e uma num especial de três (campanha, multiplayer e zombies). Em baixo podes contar com a ficha técnica:

Nome e Preço: Call of Duty: Modern Warfare III – 79.99€ ;
DLC e Preço: Uma batolada deles por isso consulta aqui sob separador Suplementos ;
Desenvolvedor: Sledgehammer Games, Inc. (primário) ;
Editora: Activision Blizzard Int'l BV ;
Metacritic: Call of Duty: Modern Warfare III ;
HowLongToBeat: Call of Duty: Modern Warfare III (2023) ;
Conquistas: Call of Duty: Modern Warfare III (2023) Trophy Guide & Roadmap;
Testado numa: PlayStation 5 ;
Agradecimentos: Obrigado à editora pela cedência de uma chave para bit-nálise ;
Ulisses Domingues
Desde muito cedo um confesso apaixonado pelos mundos da PlayStation e consolas Nintendo. No entanto a vida dá muitas voltas e agora o seu amor foca-se nas novas Xbox Series. Nada como paixão à primeira vista, não é verdade?