Counter Strike: Global Offensive

Não é novidade para ninguém que os Astralis são neste momento, indiscutivelmente, a melhor equipa mundial de Counter Strike: Global Offensive.

Os nórdicos, nas horas, dominam qualquer equipa, dada a sua frieza e análise táctica. Com a liderança de gla1ve e o star power de device, é difícil trespassar uma única barreira imposta pelos dinamarqueses, o que complica as contas a qualquer adversário, tal como aconteceu aos Na’Vi.

Não confundamos tópicos, os Astralis, pela maneira como lidaram com os Na’Vi, foram dignos da vitória, seja do jogo ou do torneio. O que me faz comichão à mente é a maneira como a equipa de Zeus se deixa controlar constantemente, tirando a vitória face aos BIG na ESL Cologne 2018, a equipa Ucraniana ainda não conseguiu encontrar uma estratégia que os recomponha quando estão a perder terreno.

Com um elenco de luxo, provavelmente top 3 na história da equipa, é incrível como é que o grupo não conseguiu vincar o pé frente aos Astralis, encravando sempre face a um desafio à séria. Sim, porque não venham dizer que os MIBR com apenas um ou dois meses de treino são uma equipa séria, ainda têm muita sinergia para desenvolver, além de que o coach ainda não conseguiu ter uma coordenação acertada na equipa.

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Voltando aos Na’Vi, estamos presentes uma equipa que tem, indiscutivelmente, o melhor jogador do mundo (s1mplegod), cujo jogo após jogo nos maravilha com jogadas irreverentes, no entanto sempre dentro dos limites do que Zeus permite. S1mple cresceu imenso enquanto jogador, apesar de sempre ser um fragger em combustão, muitas vezes o ego apenas o levava até um certo sítio, até que Zeus (tal pai dos deuses), consegue arrancar a irreverência a Oleksandr, puxando-o mais para dentro dos limites da seriedade, contendo o monstro por assim dizer.

Aliando à capacidade monstruosa de star power de s1mple, temos Electronic e Flamie, que já sozinhos se destacam pela inteligência e in-game sense, o que combina perfeitamente com a agressividade de s1mple, dizendo-lhe como e onde pode ser agressivo. Electronic é bastante desvalorizado relativamente a outros pros da scene, talvez pela maneira como se afasta dos holofotes, o que não quer dizer que não os mereça. Flamie teve de se adaptar bastante com a passagem da tocha para s1mple, o que merece um grande destaque, tal como fer abandonou o seu role, em prol da equipa.

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Zeus não tem muito por onde comentar, cada vez mais reparamos que os Na’Vi têm uma preparação “situacional” muito mais apurada. É verdade que nem sempre estão preparados para eventuais alterações, mas faz parte, tal como em todos os desportos. É verdade que por vezes damos por nós a pensar se estamos a ver um jogador da segunda melhor equipa do mundo ou um tier 5, pela maneira como reage a certas jogadas individualmente, mas Zeus apenas coordena a equipa, deixando que o seu mini-exército lance o caos.

Chego então ao ponto menos forte da equipa, Edward. Digo ponto menos forte pois Edward não é mau jogador, mas continua demasiado impulsivo e falha muitas kills que podem virar rondas. Tem jogos em que sabemos porque é que está nos Na’Vi, no entanto também tem jogos em que nos perguntamos porque é que está nos Na’Vi. Com um role de entry killer, percebo que tenha de se lançar às chamas, mas isso não quer dizer que não vá preparado para tal.

Isto leva-me a pensar onde é que uma equipa destas pode falhar. Será que os Astralis são deuses imbatíveis? Longe disso, ninguém o é. Pergunto-me então onde irão parar os Na’Vi depois deste desaire bastante desequilibrado, onde nem chegaram a fazer os dinamarqueses suar, perdendo por uns claros 16-6 e 16-9, em Nuke e Overpass respectivamente.

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