Cada Potato apaixonada por gaming acaba sempre por ter um jogo que a marcou muito durante a infância, e às vezes é bom viajar atrás no tempo e lembrarmo-nos de como esse processo aconteceu.
Por isso, neste artigo, resolvi contar-vos como os videojogos do Tomb Raider se tornaram nos meus favoritos e de que forma tiveram um grande impacto durante a minha infância.
Já agora: Feliz Dia da Criança!
Bem, tudo começou quando era uma Potato mais pequenina. Tinha acabado de voltar da escola para encontrar o meu pai em casa a esconder uma mega surpresa: o videojogo do Tomb Raider Anniversary para a PS2!
Por coincidência, este jogo era o remake do primeiro Tomb Raider que tinha sido lançado originalmente para a PS1. O meu pai comprara-o porque tinha achado a personagem da capa parecida comigo. Fiquei super feliz e fui logo jogá-lo.
A minha paixão não demorou muito para aparecer… A verdade é que como eu não era uma rapariga muito viajada, os jogos do Tomb Raider sempre me possibilitaram chegar aos lugares mais inesperados através de um simples ecrã.
No caso do Anniversary, explorei regiões tão remotas como o Peru, a Grécia antiga e o Egipto, ficando logo fascinada com tudo o que estas envolviam.
Comecei a perceber que combater criaturas lendárias era a minha cena e, neste caso, tenho que salientar o meu “melhor amigo” T-Rex!
Também é importante destacar que foi com este jogo que, pela primeira vez, joguei com uma personagem feminina e por isso fiquei logo encantada com ela. Na minha opinião, o jogo prestou uma grande homenagem ao clássico inicial com gráficos extremamente melhorados e uma jogabilidade mais variada.
O Tomb Raider Anniversary seria assim o começo de muitas aventuras minhas com a famosa arqueóloga, Lara Croft.
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A partir desta altura, sempre que ia à Worten da minha vila procurava, com a ajuda dos meus pais, mais jogos do Tomb Raider. Eu sabia que havia mais, porque já os tinha pesquisado todos na Internet. Quando encontrava algum jogo diferente, comprava-o logo e ia para casa toda entusiasmada.
Lembro-me de ter jogado depois o Tomb Raider Underworld e, a seguir, o Legend (e sim, joguei a trilogia toda ao contrário – o destino assim o quis).
Neles, Lara fazia uma busca incessante pelo que tinha acontecido à sua mãe, ao mesmo tempo que coleccionava armas divinas como o martelo de Thor e a espada do rei Arthur. Esta trilogia foi muito boa, pois marcou o primeiro passo para descobrir um pouco mais sobre o passado da protagonista.
Depois foi o Angel of Darkness, que é pessoalmente o meu favorito, apesar de ser o mais odiado da franquia.
A sua história é espectacular e muito obscura, tendo uma atmosfera bastante pesada em relação aos outros jogos e os controlos um bocado mais “dificultados”. Já por não dizer que a Lara tem ali uma ligeira paixoneta pelo Kurtis Trent – por alguma razão, a narrativa ocorre em Paris, a cidade do amor!
Infelizmente, por causa das críticas negativas, este jogo não chegou a receber a trilogia que estava planeada.
Tomb Raider: The Last Revelation e o Chronicles são os antecessores do The Angel of Darkness que também adorei muito jogar! Foram bastante interessantes por ocorrerem em locais simbólicos e conseguirem marcar suspense com a imagem da Lara. A arqueóloga tinha a sua típica personalidade destemida e implacável.
Os únicos que nunca cheguei a comprar quando era mais nova foram o Tomb Raider II e III, porque simplesmente nunca tive a oportunidade para tal. Contudo, ainda planeio jogá-los no futuro.
Para além destes, também experiênciei os jogos do reboot, o Tomb Raider que foi lançado em 2013 e o seu sucessor Rise of the Tomb Raider.
Ainda me falta jogar o Shadow e mal posso esperar! Tenho vindo a adorar a trilogia, pois mostra-nos uma versão mais vulnerável da Lara e é interessante perceber como ela se tornou na badass dos jogos anteriores. Os jogos também permitem perceber um pouco mais sobre a sua origem, especialmente em relação ao seu pai.
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Apesar da Lara Croft ser a primeira personagem feminina que joguei, esta não é a única razão por ela se ter tornado tão importante para mim.
Posso admitir que quando joguei o meu primeiro Tomb Raider, estava a passar por uma fase difícil, pois tinha acabado de perder uma grande amizade com uma amiga minha.
A partir desta altura, comecei a ver a Lara Croft como um ídolo para mim e uma fonte de inspiração – do meu ponto de vista, se ela nos jogos conseguia ser forte e vencer qualquer obstáculo, eu também conseguiria ultrapassar qualquer problema na vida real.
A Lara Croft é uma personagem fictícia, mas dentro do meu coração ela sempre me pareceu muito real, e com cada jogo que joguei, ela lentamente começou a tornar-se parte de mim.
Quando alguém a via só pela aparência, eu lembro-me de ficar ligeiramente insultada, pois, para mim, ela era muito mais do que isso: ela era uma personagem que dava grande poder e força de expressão às raparigas nos videojogos.
Eu cheguei a adorá-la tanto ao ponto de querer ser EXACTAMENTE como ela e tornar-me arqueóloga um dia (eu era muito nova na altura).
Como é óbvio, já não quero ser arqueóloga nos tempos actuais, mas sim poder arranjar uma profissão que me possibilite partilhar a minha paixão por videojogos com o máximo de pessoas possíveis.
Apercebi-me disto quando fiz uma apresentação à turma sobre o reboot do Tomb Raider e vi que ficava bastante feliz por falar abertamente da minha paixão à frente de pessoas que partilhavam este mesmo entusiasmo.
Foi a melhor sensação de sempre e algo que jamais esquecerei, pois foi também a primeira vez que dei a voz àquilo que sempre me identifiquei desde muito cedo: videojogos!
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A Lara Croft ainda representa tudo aquilo que quero ser: uma rapariga inteligente, determinada com os seus objectivos, independente, leal àqueles que lhe são mais próximos, corajosa e, acima de tudo, uma grande aventureira!
Ela sempre será uma vertente do meu instinto que me ajudará a ir mais além quando tenho que ultrapassar situações complicadas na vida real, e a dar-me um pequeno empurrãozinho de apoio quando mais preciso!
Os jogos do Tomb Raider foram, sem dúvida, os que mais me marcaram durante a minha infância e a Lara Croft sempre será uma figura emblemática para mim!
Acredito que várias Potatos também se poderão identificar com o que eu experiênciei.
No final, espero que esta personagem consiga cativar o coração de mais gamers tal como conseguiu cativar o meu, e que os inspire a dar sempre o seu melhor em tudo, independentemente das circunstâncias!