Super Smash Bros Ultimate

Continuamos com a nossa Jornada Smash de vento em popa! Hoje exploramos lutas intemporais, valores e testemunhos passados de grandes ícones da nossa cultura que marcaram as infâncias de gerações! Fica para assistir ao combate do ano, enquanto revemos aqui cada um dos lutadores a marcarem presença no Super Smash Bros. Ultimate.

15. Mega Man – NES (1987) 

Megaman

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Lutador: Mega Man

Mega Man, também conhecido como Rockman, foi uma criação da Capcom em 1987. A empresa tinha em mente criar uma série para as consolas, com o mesmo impacto que vivia nos salões arcada. Contrariamente ao que muitos pensam, a personagem não foi criada por Keiji Inafune, mas sim por Akira Kitamura. Na verdade, este senhor, outrora operário de indústria, gosta de ver creditado o seu trabalho como um todo. Quando Keiji Inafune juntou-se a equipa, o molde de Rockman e Cut Man, já estavam produzidos. O que Inafune criou de raiz, foram os Robot Masters seguintes, ainda assim sob a vigilância e conselhos de Kitamura. Keiji, só se tornou no principal responsável por esta franquia no terceiro capítulo, o qual refere, que existiram diversas dificuldades, e de todos os jogos, é o que menos aprecia.

Por muito estranho que possa parecer, o último ponto na criação desta personagem foi arranjar-lhe um nome. Antes de ser conhecido como Rockman, foram considerados diversos nomes, como Knuckle Kid, Mighty Kid, e até Rainbow Battle Kid. Isto porque como todos sabem Mega Man ao adquirir de arma, muda de cores. Um feito que demonstra que Kitamura inspirou-se numa série Tokusatsu (estilo Power Rangers) da altura, chamada Ninja Captor. O seu intuito era bem mais do que mudar de cor, seria mudar de capacete, tal como os heróis da serie, mas que curiosamente só veríamos em Mega Man 11. Com as limitações da NES, este conceito teve de ser deitado por terra, e Rock, teve de enveredar pelas cores azuis. Isto porque simplesmente exista uma maior gama desta cor na consola. Ainda assim, o nosso herói foi considerado como branco em cor base, mas como não tinha o impacto desejado, foi imediatamente posto de parte.

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O nome Mega Man, foi escolhido por dois grandes factores: o primeiro por não ser apelativo para as camadas mais jovens, e o segundo, por existirem instrumentos musicais com esta marca no ocidente. Esta série capturou os seus fãs durante décadas, mantendo uma identidade muito sua que foi exaustivamente trabalhada por Kitamura e recorrente nos títulos seguintes. Isto, não só através do género, pedra, papel, tesoura encontrado nos bosses, como também na sua mecânica de observação, destreza, treino e recompensa. Também parte do seu sucesso deveu-se pelas suas melodias, as quais tornaram-se intemporais e representam alguns dos melhores temas 8 bits da NES.

A sua história simplista, também conquistou o coração de crianças e jovens adultos. Numa sociedade onde humanos e robots coexistem, Dr. Wily, um cientista louco, programa os robots industriais do benevolente Dr. Light, num intuito da conquista do mundo. Rock um dos robots criados por Dr. Light, e seu assistente de laboratório, decide ser modificado para se tornar num robot de combate. Assim sobe a cortina, para uma luta sem fim onde de uma forma ou de outra Dr. Wily esteve sempre envolvido. Isto na série clássica porque Mega Man, recebeu diversas séries que continuam a sua história principal, tal como X, Zero, ZX e Legends, bem como o ciberespaço internauta com Battle Network, e Starforce. Estes últimos modificaram o género base de plataformas e acção, e mergulharam em ambientes de RPG. Conjuntamente com todos estes valores, muitos mais, Mega Man, continuou a lutar incansavelmente pela paz por cerca de três décadas.

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16. Street Fighter – Arcada (1987)

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Lutador: Ryu e Ken

Ryu o eterno desafiador, é uma das mais reconhecidas personagens, não só dos videojogos, como do nosso mundo. O seu criador Manabu Takemura, revelou que a origem desta personagem foi meticulosamente pensada. Inicialmente partiu da mistura do lendário Masutatsu Oyama, um mestre de karaté, que tal como Ryu, exilava-se nas montanhas para treinar, regressando anos mais tarde a diversos dojos japoneses, e torneios de luta. Em seguida bebeu da obra de Ikki Kajiwara, Karate Baka Ichidai, na qual seguimos um karateka que viajou até a Tailândia, para desafiar o rei do muay Tthai, cujo molde também serviu de inspiração para o seu rival Sagat. A sua aparência também partiu de vários conceitos e todos têm um papel determinante. Enquanto que a fita vermelha entregue por Ken, simboliza o seu espírito de guerreiro, o seu cinturão simboliza a sua mestria e disciplina, e o seu fato e andar descalço, o seu treino árduo, sem olhar a situações adversas. Enquanto estas foram as inspirações para a criação do jovem lutador, o seu célebre movimento, Hadoken (Motion Hand Fist), partiu das armas de outra série de anime, criada por Yoshinobu Nishizaki e a qual Manabu, acompanhou nos anos 70, Space Battleship Yamato. O seu nome embora seja conotativo a dragão, tem outros significados, como próspero ou abundante.

A sua estreia foi logo no primeiro Street Fighter. Neste, conjuntamente com o seu amigo Ken Masters, ambos alunos do grande mestre Gouken, numa arte marcial feudal chamada, Shotokan, com raízes Ansatsuken, foram as únicas personagens seleccionáveis. Na verdade, Ken só surgiu por simbolizar o jogador dois, e a sua nacionalidade recai nos Estados Unidos da América por ser a frente que desafiava o Japão em torneios de karaté. O jogador enfrentava personagens de todas as partes do globo até chegar a Sagat. Na história, Ryu perde o seu combate, mas frustrado com o seu desempenho, acorda dentro de si um espírito maléfico, o qual disfere um mortal Shoryuken, no peito de Sagat resultante numa enorme cicatriz. Desde então Ryu tem vindo a procurar e a combater com todos os tipos de adversários que encontra pelo caminho de forma a conquistar também o demónio dentro de si, e a enfrentar e derrotar Akuma (Gouki), irmão e assassino do seu mestre Gouken. Embora Ryu não pense em si como um herói, possui um grande sentido de justiça e dever, ajudando muitas vezes pessoas oprimidas enquanto viaja pelo mundo.

Ao longo desta jornada acompanhamos Ryu, na sua juventude, e inspirando Sakura Kasugano, em Street Fighter e Alpha (Zero), em diversos torneios e na sua luta contra a organização criminosa Shadaloo, em Street Fighter II, IV, e V. Desta feita, o ditador M.Bison anseia possuir o corpo do guerreiro mais forte, no seu passar de testemunho em Street Fighter III, e numa série de lutas cósmicas e poderes fantásticos nos crossovers da Marvel e Tatsunoko. A sua versão em Smash Bros. Ultimate, é a sua versão mais conhecida, a de Street Fighter II. A principal razão por fazer parte do roster, é devido a Street Fighter II, ser uma pedra fundamental do sucesso da Super Nintendo no mundo. O jogo teve tanto sucesso nesta consola, que na Europa o bundle de Super Mario World, temporariamente foi repositado pelo de Street Fighter II.

Ryu continua de pedra e cal, no nosso mundo, além da sua permanência na media, através animes, filmes como Wreck it Ralf, e séries tais como Family Guy onde é parodiado. Contudo, o nosso fiel praticante continua a batalhar nos ringues de Street Fighter V, lutando pelo futuro e desafiando poderosos guerreiros.

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17. Final Fantasy VIIPS1 (1997)

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Lutador: Cloud Strife

Cloud Strife é um mercenário e membro da avalanche, uma força de guerreiros que luta pela preservação do planeta. Inicialmente orgulhoso e arrogante por pertencer à elite dos SOLDIER, depressa apercebe-se que para tornar-se num herói é preciso muito mais do que obter fama e possuir força. Devido ao confronto com o seu antigo ídolo, Sephiroth, Cloud, recalca memórias do seu passado e desenvolve uma personalidade, emulando a do seu antigo companheiro e amigo, Zack Fair. Por essa mesma razão deambula entre a negação e aceitação da sua própria identidade. Na verdade, Cloud é um clone de Sephiroth, o qual foi injectado a energia Mako durante a sua criação, adquirindo assim força sobre-humana. Quando por fim o jovem abraça o seu ser, ficamos a saber que o verdadeiro Cloud, é um guerreiro nobre, que luta pelo planeta e todas as almas contidas no mesmo, especialmente pelos seus companheiros da Avalanche, por Tifa Lockhart, a sua amiga de infância, e a memória da mulher Cetra, Aerith.

No momento da morte de Zack, este confere-lhe a Buster Sword, uma espada enorme, que passa a ser uma das principais referências do mesmo, além do cabelo espigado loiro e olhos azuis vividos.

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Esta personagem é integrante do célebre: Final Fantasy VII, um Rpg por turnos, que abandonou os ambientes medievais das anteriores entregas, para uma realidade mais futurista. Lançado para a PlayStation, em 1997, estaria destinado a Nintendo 64, não fosse o seu espaço nos cartuchos muito reduzido para armazenar dados. Por essa razão o mesmo foi divido em 3 CDS, fazendo deste um dos primeiros jogos Multi-CD. Na altura do seu lançamento, foi uma autêntica revolução. Belos cenários pré-renderizados, inúmeros segredos, personagens míticas e uma história elaborada, foram os principais condimentos num videojogo como o mundo jamais tinha conhecido até então. Outro responsável pelo seu sucesso foram as dezenas de minutos em fullmotion vídeo, sendo um dos quais imortalizado como um dos momentos que mais caracterizam um videojogo.

Final Fantasy VII, conseguiu um feito ainda muito difícil de replicar: conquistar quem não era fã, ao mesmo tempo que introduzia o ocidente a um novo género de jogos, que permaneceu de pedra e cal por duas gerações de consolas. Devido ao seu enorme sucesso Final Fantasy VII, torna-se no primeiro multi-projecto dentro da série a tornar-se na imagem de marca da mesma. Com spinoffs, tais como Dirge of Cerberus, prequelas que relatam o início desta genial história em Crisis Core, e a sua conclusão no filme Advent Children. Cloud e os seus companheiros, ainda deram um salto muito breve para os ringues de Ergueiz, e no conto de World of Final Fantasy, convém não esquecer que o seu Remake é um dos jogos mais aguardados de sempre, mas infelizmente ainda sem data de saída. Para muitos a representação de Cloud Strife, em Super Smash Bros. Ultimate, é polémica, visto estar de fora das consolas Nintendo no seu lançamento. Contudo como já sabem, o mesmo estava destinado a entrar na Nintendo 64, e como este brawler celebra  acima de tudo  os videojogos e todos os seus ícones, Cloud tem lugar mais que garantido no elenco.

(Continua…)

Redação
Veterano nestas andanças, acompanhou de perto a guerra entre a SEGA e Nintendo, e sonha um dia com o regresso da estrela cadente Ristar.