O herói da minha infância; um herói quase improvável, que motiva os outros a serem os seus próprios heróis. Sem músculos, fatos armadilhados ou punhos demolidores. Apenas um pequeno gato azul, vindo do futuro para realizar sonhos com engenhocas e aparelhos mágicos. Impossível?
Impossível é não ficar fã!
Sendo um dos meus motores para a criatividade – e fazendo a criatividade parte do meu dia-a-dia – o tema de hoje é este. Não podendo ser de outra forma, neste Dia da Criança, escrevo sobre o Doraemon, o gato cósmico!
Criado pela dupla Fujiko F. Fujio, Hiroshi Fujimoto e Motoo Abiko, Doraemon chegou às mãos das crianças japonesas em 1969.
Publicado originalmente em revistas, o gato cósmico do século XXII sacou do Capacete Voador para, cinco anos mais tarde, voar até à Banda Desenhada, onde viu publicadas centenas de sucessos por mais de 30 anos.
Em 1979, Doraemon atravessou a Porta Mágica até ao pequeno ecrã para um Anime que, desde então e até hoje, reúne e apaixona milhões de fãs por todo o mundo.
Uma autêntica Máquina do Tempo de recordações, nostalgia e inspiração.
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Em Portugal, a série televisiva popularizou-se no início dos anos 2000, dobrada em espanhol e com um genérico inconfundível. E é agora que recordamos todas as músicas e todos os genéricos que não conseguimos esquecer.
Começando pelo de Pokémon e o de Oliver e Benji, passando então ao de Yu-Gi-Oh! e, obviamente, ao de Digimon Adventure.
Se tal como eu cresceram nos anos 90, recordam-se certamente de todas as letras e não tarda estão a caminho do YouTube para uma maratona de genéricos de há 15 ou 20 anos. Que saudades!
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Sonhos, magia e muita imaginação!
Um marco na minha infância, tal como na de muitos, e sem dúvida um marco na cultura Nipónica. Vindo do futuro, Doraemon aterrou no século XX com a missão de tornar realidade os sonhos de todas as crianças.
De todas, mas de uma em particular: Nobita Nobi, um rapaz cujo único talento era arranjar sarilhos e confusões. Lado a lado, protagonizaram incontáveis episódios e capítulos de aventuras por todo o mundo e todas as Eras.
Uma fórmula genial que combina, desta forma, fantasia, criatividade, engenho, diversão e emoção, para contar histórias verdadeiramente inesquecíveis.
Nobita, Shizuka, Gigante (Takeshi) e Suneo são nomes que habitam as ruas dos bairros de Tóquio, mas também o imaginário de todos os que cresceram a sonhar com um Bolso Mágico onde pudessem encontrar todas as soluções.
E quão importante é para tantas e tão diferentes crianças poder sequer sonhar com um futuro melhor, mais colorido e mais feliz!
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Story of Seasons
A propósito deste artigo, não podia acabá-lo sem trazer uma das melhores notícias dos últimos tempos: Doraemon e Nobita estão a caminho da Nintendo Switch!
Doraemon: Story of Seasons é – e já que falamos em sonhos – um sonho tornado realidade. Principalmente porque une num só jogo dois universos que eu adoro: o de Doraemon e o de Harvest Moon.
Sem esquecer ainda de mencionar que a Nintendo Switch é, sem dúvida, a plataforma perfeita para esta publicação da Bandai Namco.
No Japão, o lançamento terá lugar a 13 de Junho, embora na Europa esteja marcado para Outono deste ano. O que significa, assim sendo, que tanto poderá ser em Setembro como em Dezembro; resta-nos aguardar novidades!
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Por fim, eis o fim deste episódio. Doraemon celebra em 2019 o seu 50º aniversário.
Cinquenta anos a espalhar sorrisos e histórias de amizade, coragem e autenticidade. Das publicações periódicas e da Banda Desenhada às várias adaptações para Televisão e Cinema, passando ainda pelos videojogos.
É impossível ficar indiferente ao nome, à figura, à marca e, em casos como o meu, por exemplo, ao próprio tom de azul que salta à vista onde quer que esteja.
Doraemon foi, para mim e em diversas ocasiões, mais do que apenas entretenimento e animação.
Foi um exemplo de como, com imaginação, amizade e coragem fazemos a diferença e ultrapassamos obstáculos, sejam eles quais e como forem. Um exemplo de como é importante defender o que é justo e correcto e ainda uma prova de que é no interior que se encontra a nossa verdadeira força.
Cinco décadas de histórias que ainda hoje avivam as memórias e o imaginário de miúdos e graúdos, lembrando-nos de que nunca é tarde para sonhar e de que basta abrir uma porta para que toda a magia possa acontecer.