O mais recente videojogo da série Dragon Quest XI, apesar de não ser perfeito, é uma experiência realmente mágica. A arte de Akira Toriyama e escrita a reflectir o bem conhecido humor do autor faz-nos transportar para aqueles tempos longínquos em que víamos a adaptação original do início do Dragon Ball na televisão.
Em Setembro saiu uma nova versão para a Nintendo Switch denominada Dragon Quest XI S – Definitive Edition. Mas merecerá mesmo a etiqueta de edição Definitiva? Bom, é isso que vamos ver neste pequeno artigo de análise referente às diferenças e ao conteúdo extra deste lançamento.
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Regressar ao passado é a palavra-chave
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O extra mais carregado é, sem dúvida, o modo 2D do jogo. Uma adaptação bidimensional inspirada nos videojogos da série lançados para a Super Nintendo, e baseada num modo de jogo da versão da 3DS.
As personagens e as localizações são completamente redesenhadas neste estilo, dando origem a uma experiência bem diferente da versão principal (apesar da história ser a mesma). Mas, claro, uma mudança ainda mais drástica é o sistema de batalha que volta a ser por random encounters e na vista de primeira pessoa à semelhança dos antigos Dragon Quest.
É, definitivamente, um jogo mais arcaico que o modo mais modernizado. É preferível dares prioridade ao modo 3D se nunca o jogaste antes, e este conselho vem de alguém que sempre deu preferência a JRPGs originados nos anos 90s. Mas é, certamente, um extra bem agradável.
Alterar entre os modos durante o jogo é uma possibilidade, mas não é assim tão linear quanto isso. Os modos só podem ser trocados numa igreja e tens de começar no início de uma secção da história à tua escolha. Portanto, tem cuidado como geres os teus saves.
Novos Segmentos
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Apesar de não ser em grande número, a aventura tem secções novas para fazer, tanto na história como em eventos opcionais. Não trazem revelações novas, mas ajudam a cimentar as características das personagens e a manter o charme do videojogo.
Um dos meus momentos favoritos, apesar de não ter tido gameplay praticamente nenhum, foi a volta de um sonho de Rab onde ele estava com a família, incluindo o seu neto, numa Dundrasil que nunca tinha sido destruída.
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Também notável é a introdução de uma linha de quests originada também da versão da 3DS, exclusivamente em 2D (mas também jogável no modo 3D). Aqui tens de viajar no espaço-tempo para reparar segmentos de história de outros Dragon Quest que foram alterados por uma força desconhecida. Talvez um pouco extenso demais, mas é um extra simpático para quem conhece as entradas anteriores da série.
Talvez deva também mencionar que, nesta versão, podem escolher outras opções de romance, para aqueles que acham que estão a jogar Persona. O impacto na história é o mesmo, já agora: nulo.
Para Quê Perder Tempo Com Coisas Simples?
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Também foram feitos outros pequenos ajustes, que ajudam a aliviar as limitações do original. Podes usar a forja em qualquer altura pelo menu de itens. Os materiais mais comuns podem ser comprados logo a troco de dinheiro antes de fazeres o teu equipamento. A partir de uma certa altura, até podes chamar o teu cavalo de onde quiseres (desde que seja uma área aberta) com um item novo.
Até foi implementada uma funcionalidade bem popular nos JRPG actualmente: agora podes alterar a velocidade das batalhas facilmente, animações e tudo.
Música, Gráficos e Outros Enfeites
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Não podemos esquecer as cerejas no topo do bolo. Novos diálogos foram implementados durante as batalhas e as personagens até te seguem enquanto estás a andar pelos mapas.
A opção de usar versões de orquestra da banda sonora é simplesmente divinal. E quem te diz o contrário é, simplesmente, invejoso. A existência do modo 2D é, claro, uma boa desculpa para poder ouvir as duas versões da música num ambiente adequado a cada uma.
Mas, como é óbvio, nem tudo é perfeito e, obviamente, esta edição peca nos gráficos comparativamente às outras plataformas mais poderosas. Não deixa de ser um dos melhores ports do Unreal Engine na plataforma, e é mesmo muito estável, mantendo sempre os 30 FPS existentes na versão original, pelo que o jogo continua a ser lindíssimo. Mas sacrifícios foram feitos.
Conclusão
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Se a pequena chatice de não ter acesso aos melhores gráficos possíveis não te incomoda, Dragon Quest XI S é, sem dúvida, a versão do videojogo a jogar. Quer seja a primeira vez que jogas Dragon Quest XI ou não.
Contudo, talvez devas deixá-lo passar-te ao lado se, por alguma razão, o original não te cativou. Mas, de resto, é uma experiência imperdível que agora tem a vantagem de ser jogada em todo o lado (em inglês).