Aparentemente Extinção é mais um dos muitos filmes, cujo argumento envolve uma invasão extraterrestre ao planeta Terra. Mas desengana-te, pois esta história tem uma fantástica reviravolta que nos coloca a nós, espectadores, no fim do filme, exactamente com o mesmo nível de questionamento que o personagem principal, no seu início: – “Quem somos afinal?”
Projectado inicialmente para ser lançado pela Universal Pictures, após diversos contratempos na produção, que levaram à sua remoção no calendário inicial de estreias, Extinção ficou na “corda bamba” durante muito tempo. Isto até que a Netflix viu este filme como uma gema rara à espera de ser lapidada, e investiu uns belos milhões em produzi-lo. Como resultado, apesar de não estar ao mais alto nível em termos de efeitos especiais, o valor do argumento de Brad Kane (Velas Negras) e Spenser Cohen (Macklemore’s Big Surprise) acrescenta imenso a esta obra que se revela nada comum, e super intrigante. Abrindo até a possibilidade de mais filmes baseados no período anterior e/ou posterior a este primeiro registo da produção de Extinção.
Sim, é uma invasão extraterrestre e sim, há uma família em modo sobrevivência, mas quem são os extraterrestres e porque estão a invadir a Terra e a matar quem por lá habita? A grande mestria do argumento é essa, e por isso mesmo não vou revelar este detalhe. Se desde já este filme suscitou o teu interesse, talvez valha a pena dares uma vista de olhos no seu argumento.
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Peter (Michael Peña) inicia o filme com uma narrativa elucidativa à constante transformação do mundo e à monotonia da rotina diária que o assola. Mas vive com pesadelos constantes sobre a Terra ser invadida por um exército de Seres Extraterrestres, fragmentos de actos que invadem o seu pensamento e o fazem desligar do mundo real. Quando esse problema começa a afectar a sua dinâmica familiar, Alice (Lizzy Kaplan) não sabe o que dizer às suas filhas Samantha e Lucy, mas acredita que Peter pode estar com algum esgotamento mental. Só que o planeta Terra é de facto invadido, e Peter tenta salvar a sua família.
Mas afinal os seus sonhos são reais ou uma ilusão da realidade?
Considerado por muitos como uma boa aposta e por tantos outros, como mais um que não se destaca, algo é certo: as artes são sempre abstratas e sempre questionáveis, mas na minha humilde opinião, o argumento vale a sua produção!