Como hoje é o Dia do Ambiente, a equipa Squared Potato decidiu dar algumas sugestões para aproveitares esta sexta-feira em grande! Porque educação pode (e deve) ser divertida, nada melhor do que ensinar os mais pequenos sobre convervação da Natureza com estes filmes para ver com toda a família.
Esperemos que gostem!
WALL-E
O filme que ganhou o Prémio da Academia de Melhor Filme de Animação em 2009 apresenta-nos uma Terra coberta de lixo, resultado da actividade dos seres humanos. Estamos no século XXIX. Estes foram forçados a ir viver para o espaço, onde continuam a consumir em excesso, sendo reféns de ecrãs, cadeiras eléctricas, e criados robôs.
Um desses robôs é Wall-E, cuja única função é limpar o planeta. Um dia, a vinda de outro robôt – encarregue de encontrar sinais de vegetação na Terra – vem perturbar a sua rotina, da melhor forma possível!
Lorax
Baseado no livro de Dr. Seuss, Lorax conta a história de um pequeno ser peludo do mesmo nome, que fala com as árvores e protege o ambiente. Um dia, uma nova personagem vem colocar a sua floresta em perigo, quando decide começar a cortar e vender as árvores. A situação continua a piorar quando o consumismo e a ganância levam à criação de fábricas que poluem o ar e a água, além de prejudicarem a vida animal.
Trata-se de uma fábula sobre sustentabilidade com uma mensagem clara: protejam o ambiente, vivam em harmonia com a Terra, e apenas retirem dela aquilo que precisam.
Pular a Cerca
Baseado na banda desenhada escrita por Michael Fry, com arte de T. Lewis, Pular a Cerca retrata as aventuras de um grupo de animais que se vê, de repente, sem casa, quando os subúrbios invadem as suas florestas.
A verdadeira gota de água vem sob a forma de uma cerca de arbusto, erguida para manter os animais longe de uma nova comunidade residencial. Estes decidem que já chega, e partem para o ataque!
Bambi
Um dos filmes que provavelmente te fez chorar bastante em criança teve, na verdade, um grande impacto ambiental. Apesar de ter tido uma recepção pouco satisfatória na altura do seu lançamento, devido à polémica que o rodeava, Bambi acabou por se tornar num dos mais populares filmes da Disney por volta de 1988 e ainda hoje é considerado um ritual de passagem de infância.
Mais importante ainda, foi um dos pioneiros na consciencialização ambiental direccionada às crianças mas também aos adultos, inspirando a luta contra a caça de animais e contra a crescente interferência do Homem nos espaços selvagens. Foi baseado no livro de Felix Salten.
Happy Feet
Apesar do seu tom leve, esta comédia musical apresenta várias mensagens (umas mais subtis que outras) que remetem aos perigos ambientais que enfrentamos hoje em dia: particularmente a pesca excessiva, a escavação do Ártico, e a poluição dos oceanos.
Happy Feet não incluía, originalmente, essa componente ambiental tão marcada. Mas o realizador, George Miller, sentiu-se inspirado a explorar mais o tema, visto ser nativo da Austrália, um país fortemente afectado pelo aquecimento global.
As Aventuras de Zak e Crysta na Floresta Tropical
FernGully é o nome de uma floresta tropical em Mount Warning, na Austrália, a qual é povoada por fadas e outros seres vivos. Antigamente, estes viviam em harmonia com os humanos, mas os mesmos deixaram a floresta devido a um espírito maligno chamado Hexxus.
O filme foi criticado por atribuir a culpa da desflorestação e poluição presentes no mesmo a forças sobrenaturais, em vez de à actividade humana, e por não ter sido claro o suficiente na sua mensagem ambientalista. No entanto, muitos defendem que despoletou ideias ecológicas radicais que ainda hoje perduram na geração dos anos 90, levando a importantes contribuições para a protecção das florestas tropicais de todo o mundo.
Pequenos Aventureiros
Novamente baseado num livro, este escrito por Carl Hiaasen, Hoot (ou Pequenos Aventureiros) conta a história de um grupo de crianças com uma missão: salvar o habitat da coruja-do-campo, o qual será destruído para dar espaço a um estabelecimento de panquecas.
Apesar de não ser uma das películas mais conhecidas ou sequer consideradas pelos críticos, Hoot continua a ter uma boa mensagem e é perfeito para um serão em família com os mais pequenos.
Voando Para Casa
Voando para Casa é baseado em factos reais e retrata a jornada de Bill Lishman quando este decidiu treinar um grupo de gansos Canadianos para seguirem a sua aeronave numa rota migratória entre 1993 e 1996.
Escultor, realizador, inventor e ecologista, Lishman recebeu ajuda de um zoólogo, o Dr. William J. L. Sladen, na sua experiência, sendo o primeiro ser humano a realizá-la. Os seus filhos e a mulher também o ajudaram no processo. A sua história levou a um tremendo interesse pela parte das companhias cinematográficas na compra dos direitos e, em 1996, o projecto ganharia vida.
O próprio Bill fez de duplo do actor Jeff Bridges nas cenas de aviação, e ele e a família trabalharam activamente no set, treinando os mais de 60 gansos obtidos pela Sony e Columbia Pictures.
Princesa Mononoke
(Não aconselhamos a visualização deste filme a menores de 12 anos)
De um lado, San, uma rapariga criada por lobos, e os seres/deuses da floresta. Do outro, Lady Eboshi e os seres humanos, que destroem o habitat natural em prol da produção de ferro e armas. Com as tensões a escalarem, cabe ao último príncipe de Emishi, Ashitaka, tentar resolver o conflicto.
Hayao Miyazaki é conhecido pela sua grande paixão pelo ambiente e conservação da natureza, pelo que a maior parte dos seus filmes incluem esse tipo de mensagens fortes.
Princesa Mononoke é, talvez, um dos seus trabalhos mais crus, relatando as consequências da ganância humana de uma forma realmente brutal: guerra, destruição, e morte são vários dos temas presentes. Mas o filme não toma apenas o lado do ambiente: em vez disso, apela à coexistência entre os humanos e a mãe Terra, apelando à sustentabilidade e tolerância.
Nausicaä do Vale do Vento
(Não aconselhamos a visualização deste filme a menores de 12 anos)
Outro filme do realizador japonês, este baseado na manga do mesmo nome e escrita por ele. O nome Nausicaä foi inspirado pela obra de Homero, a Odisseia, onde a personagem é retratada como “uma amante da Natureza”.
A ideia para um mundo pós-apocalíptico devastado pela mão humana e dominado por insectos surgiu, e como fundo um conflito entre os aldeões pacíficos do Vale do Vento e o reino de Tolmekia, cujas intenções são erradicar a floresta tóxica e todos os seus habitantes.
Menos violento que Princesa Monoke, mas não menos empenhado no seu propósito de gerar uma consciencialização ambiental, Nausicaä do Vale do Vento apela igualmente à tolerância e coexistência entre seres, mas utilizando meios pacíficos e de sacríficio.
O Meu Vizinho Totoro
O terceiro filme de Miyazaki na nossa lista, e igualmente importante. Apesar de não ter uma mensagem tão facilmente identificável, qualquer japonês reconhecerá imediatamente o pano de fundo de O Meu Vizinho Totoro como as Satoyama: as últimas aldeias do Japão onde os seus habitantes vivem em completa harmonia com as florestas que os rodeiam.
Quando a mãe de Satsuki e Mei fica doente, a família muda-se de Tóquio para o campo, não só para ficar mais perto do hospital onde se encontra mas também porque acredita nos poderes curativos do local.
O filme apoia-se muito na magia do ambiente e no poder sobrenatural que este oferece (não é por acaso que uma das personagens principais é um espírito protector da floresta), mas também define um paralelo entre a saúde em declínio da mãe das meninas e a redução das zonas florestais em redor da civilização.
Avatar
Este será, talvez, o mais conhecido filme com notas ambientalistas que conheces ou já ouviste falar e, portanto, o último da nossa lista.
Do realizador James Cameron, a história de Avatar passa-se a meio do século XXII, quando os seres humanos colonizam a lua Pandora, com o objectivo de minar o muito cobiçado unobtanium. Claro que esta exploração vem a um custo elevado para os habitantes da tribo Na’vi, a espécie humanóide indígena.
Para além da clara alusão ao imperialismo e às suas consequências, o filme dá especial ênfase aos efeitos nocivos da exploração humana excessiva nos ecosistemas e da urgente necessidade de protegermos o planeta.
