A Wonderswan foi uma linha de consolas de 16-bit portáteis da Bandai, criada por Gunpei Yokoi, o pai do Game Boy. Estas estiveram disponíveis exclusivamente no mercado Japonês desde 1999 até 2003, alguns anos apôs a sua morte. Uma das suas maiores características é que devido à disposição dos seus botões, a consola pode ser usada tanto na vertical como na horizontal. Esta disposição vertical era usada principalmente em shooters ou jogos de puzzle com raízes nas arcadas.
A Nintendo Switch, apesar de incluir várias maneiras diferentes para jogar os videojogos, não foi feita a pensar nessa mesma vertente. E é aqui que entra o Flip Grip, um acessório para a consola híbrida da Nintendo, que permite jogar em modo portátil e de moldura muito facilmente na vertical. Mas a sua existência é justificável? E tem sequer alguma utilidade? É isso que vamos ver!
O acessório é prendido na lateral esquerda da consola, com duas ranhuras no topo e em baixo para colocar os Joycons. Componentes mais importantes como a entrada dos cartuchos e dos headphones ficam acessíveis, mas outros como o botão de volume ou de desligar são cobertos, infelizmente. No entanto, podemos regular o som e ligar a consola (se esta não tiver totalmente desligada) carregando no botão home e utilizar o ecrã táctil para interagir com a interface. Alias, o touchscreen é mesmo uma mais valia para navegar no sistema operativo da Nintendo nesta perspectiva.
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A caixa que envolve a consola, tem aberturas atrás para ajudar na circulação do ar, sendo que a peça que prende a consola é de borracha e nas suas costas tem pedaços de feltro para assegurar que a mesma não é riscada ou estragada.
Convém teres A bateria carregada, Pois Não podes carregar a Nintendo Switch com isto posto.
Em termos funcionais foi praticamente tudo bem pensado, mas a utilidade de um acessório é medida pelos seus videojogos, não é verdade? Como podes imaginar a lista de videojogos que se aproveitam deste acessório (ou vice-versa, dependendo do que veio primeiro jogo a jogo) é realmente muito curta. Se tivermos a falar de jogos que se podem dizer 100% adequados ao Flip Grip, essa lista é ainda mais pequena. No desenvolvimento desta análise foram usados 3 jogos para testar o acessório: Ikaruga, Pinbal FX 3 e Gain Ground.
O fantástico jogo de arcada da Tresure, Ikaruga, assentou que nem uma luva ao acessório. Depois de pré-configurado o software, o jogo começou logo na vertical, cumprimentando o jogador com um belíssimo title screen. Mantendo a proporção da sua versão original, esta nova orientação dá uma melhor visibilidade ao jogo, e ainda resta espaço para por elementos do HUD se assim o desejares.
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Em Pinbal FX 3 rapidamente metemos o jogo e os seus menus na perspectiva correcta com um toque no ecrã. Esta é mesmo a melhor maneira para jogar pinball, com a mesa sempre à vista e com a câmara numa perspectiva decente para este tipo de jogo. O facto de aproveitar a resolução do ecrã por completo é um bónus bem agradável.
Em Gain Ground podemos ver logo que tipo de problemas é que um utilizador do Flip Grip vai ter que enfrentar… O jogo corre lindamente na vertical…. Menos os menus que estão apenas na horizontal. Como podes imaginar, navegar pelos menus com os botões é uma dor de cabeça e pior de tudo, não é possível usar o ecrã táctil para esse efeito.
Mas há casos bem piores, Mudd Blocks por exemplo suporta um modo vertical para do lado oposto da consola, que faz com que o jogo seja incompatível com o Flip Grip de forma completamente desnecessária…
Se ficaste interessado em arranjar um destes para as tuas sessões de jogo, o Flip Grip está disponível para compra na Fangamer.