Hoje trago-vos a expansão de um dos melhores jogos de 2020, juntamente com melhorias exclusivas para a Playstation 5. Obviamente que estou a falar de Ghost of Tsushima: Director’s Cut, que traz consigo a expansão de Iki Island.
Antes de começar, para quem ainda não jogou o jogo base, aconselho-vos a lerem a análise do meu colega Bruno Vieira, pois eu só irei focar-me na expansão e nas melhorias trazidas para a Playstation 5.
Começando pelas melhorias, temos aqui um upgrade bastante modesto, com uma resolução de 4k reconstruída, mas com resultados bastante próximos de uma imagem a 4k nativos. Para além disso, ainda temos pequenas melhorias na qualidade das texturas e modelos, trazendo também os 60 fps já existentes num patch anterior que desbloqueou a taxa de fotogramas para a consola mais recente da Sony.
Algo que é exclusivo também para a Playstation 5 é a opção de termos lip-syncing com as vozes japonesas. Isto foi possível devido à mudança das cutscenes para tempo real, em vez do formato de vídeo presente na Playstation 4.
E agora passaremos para a expansão de Iki Island, onde voltamos a controlar o nosso protagonista Jin Sakai, que, após a sua aventura no jogo base, dirige-se à ilha de Iki, para mais uma vez defender o povo japonês de uma invasão de mongóis, e também para resolver um assunto bastante pessoal.
A história foca-se maioritariamente em Jin e em seus assuntos pessoais, e penso que foi bastante bem concebida. Temos desta vez várias emoções e dilemas que Jin tem de enfrentar, junto com um aspecto psicológico que ajuda a perceber o peso que traz ao nosso protagonista.
Ao chegar à Iki island, reparei imediatamente que a arte continua a deslumbrar, tal como no jogo base, temos aqui umas paisagens excelentes, com árvores e vegetação de várias cores simplesmente belas, e também um foco maior em praias e zonas com lagos e mar, tudo com um aspecto bastante único, com a nova ilha a trazer uma atmosfera diferente.
A jogabilidade mantém-se do jogo anterior, com a adição de uma nova habilidade, chamada horse charge, onde, como o nome indica, podes gastar o teu resolve para fazer o teu cavalo correr agressivamente contra inimigos, derrubando-os e, por vezes, até derrotando-os.
Temos também alguns tipos de inimigos novos: uns xamãs que dão um buff aos inimigos, fazendo-os mais agressivos e difíceis de matar; e uns soldados versáteis, que mudam de arma enquanto lutam, fazendo com que tenhas de estar constantemente atento à stance que tens seleccionada no momento.
Irás encontrar várias side quests, sendo estas pequenas histórias focadas, tal como no jogo base, todas elas são bastante interessantes e divertidas, e acrescentam valor ao conteúdo do jogo.
Algo que volta também são as várias actividades em mundo aberto, como as torres e os campos de inimigos, já presentes no jogo base. Há algumas actividades novas, que são bastante divertidas e ajudam um pouco com o ritmo do jogo, como os santuários, focados num tipo de animal, como macacos ou gatos, onde tocas a tua flauta, usando o sensor de movimento do dualsense, seguindo uma linha que acompanha a música.
E falando do dualsense, há também várias mudanças que, sem dúvida, melhoram a experiência do jogador, com inúmeras opções para personalizar os controlos, sendo possível, até, algo mais parecido com a série dos souls. Também temos a possibilidade de ter um lock on mais tradicional, onde tocas num botão e ele foca-se no inimigo mais próximo.
Há um bom uso dos motores de vibração e dos gatilhos do dualsense também, com todos os passinhos nas florestas e as cacetadas violentas nas lutas a serem sentidos com a devida intensidade, e também uns truques com o grappling hook e o arco que se sente nos gatilhos, dando mais autenticidade às variadas situações.
Juntamente com os controlos, também temos algumas conveniências, como esconder o arco do modelo da personagem, de modo a dar mais visibilidade à roupa ou armadura. No caso de quereres repetir alguma missão ou duelo, tanto do jogo base ou da expansão, também tens essa opção, simplesmente seleccionando o ícone respectivo no mapa, ou a missão no journal.
Apesar de ser uma história curta, temos aqui uma expansão, que apesar de não mudar muito, e de utilizar a mesma fórmula do jogo anterior, sem grandes mudanças, temos aqui uma situação de “mais do mesmo”. Felizmente, considerando a qualidade do jogo base, penso que não é algo negativo, sendo simplesmente uma expansão modesta.
Para finalizar, tenho de dar os meus parabéns à composição e talento musical da equipa. A música do jogo encaixa sempre perfeitamente nos momentos certos, fazendo-te sentir a emoção e a adrenalina das situações mais entusiasmantes do jogo, juntamente com a calma e serenidade das partes mais silenciosas.
Ghost of Tsushima: Director’s Cut já se encontra disponível em exclusivo para a Playstation 4 e Playstation 5.