À semelhança deste artigo, existem aventuras de tal modo megalómanas que não estamos preparados para elas. Como tal, vamos precisar de apoio e de crescer, mas esperam-nos vitórias tão importante para nós como para o mundo!
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Os jogos apresentados hoje são epopeias com desafios que eram, originalmente, demasiado difíceis para um só indivíduo. Contudo, são também histórias de profecia, de evolução, de opções de vida e de legados eternos. E finalmente, à semelhança destes videojogos, espero que também este artigo venha a ser uma aventura compensadora para vós, caros leitores…
21. The Legend of Zelda: Ocarina of Time – Nintendo 64 (1998)
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Lutadores: Shiek, Young Link
Que se pode dizer mais sobre um dos principais candidatos a melhor jogo de sempre? Além dos seus visuais surpreendentes, Ocarina of Time é uma aventura que combinou combates, puzzles e exploração gradual, numa experiência tridimensional sem igual em 1998! A influência de mecânicas como o z-targeting foi evidente nos diversos jogos que se seguiram.
O mundo de Hyrule é composto por diversos cenários recheados de conteúdo e desafios opcionais que, por vezes, são impossíveis de resolver até se adquirir o equipamento necessário. Consequentemente, existe muito para fazer em Ocarina of Time, como pescar, andar de cavalo ou até tocar música. Nem te vais lembrar que tens um mundo para salvar…
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Ocarina of Time centra-se num tema que influencia não apenas a sua história como também serve de mecânica: o tempo é um elemento omnipresente no jogo, com o protagonista viajar frequentemente entre o presente e o futuro.
Portanto jogamos tanto com o Link na sua forma jovem (o tal Young Link), como em adulto, o qual tem acesso a outras armas e, consequentemente, habilidades. Como seria de esperar, existem acções no presente que têm consequência no futuro, mas também se aprendem técnicas no futuro que são úteis no presente.
Ao contrário do presente, onde predomina a paz e a tranquilidade, o futuro é sombrio e dominado pelo vilão, mas existe neste último um aliado importante para link: Sheik, uma personagem misteriosa que é na verdade uma princesa um ninja com uma postura de ferro!
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Young Link e Sheik passaram a ser personagens jogáveis em Super Smash Bros. Melee (Game Cube, 2001). Sheik é ágil e munida de acessórios “ninja”. Já a versão jovem do Link é… muito parecida à personagem seguinte!
22. The Legend of Zelda: Four Swords – GBA (2002)
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Lutador: Toon Link
Estavam à espera de ver The Wind Waker? Não vos censuro, porque foi essencialmente nesse jogo que foi baseado o lutador Toon Link em Smash. Contudo, já The Legend of Zelda Four Swords tinha heróis com aspecto de desenho animado e, consequentemente, pode ser considerado o primeiro jogo de Toon Link.
The Legend of Zelda: Four Swords foi lançado para o Game Boy Advance, em conjunto com uma adaptação doutro capítulo da franquia: A Link to the Past, um clássico da Super Nintendo. O elemento-chave do jogo era o seu foco no “multijogador” até 4 jogadores, com puzzles adaptados para incentivarem à cooperação entre os heróis.
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À semelhança de “The Four Sword”, não há muito para dizer sobre Toon Link em Smash. Este combatente substituiu Young Link em Super Smash Bros. Brawl (Wii, 2008), e marca agora presença no jogo da Switch. Deste modo, temos uma boa alternativa para quem quer um Link pequeno que não cheire a leitinho…
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23. Earthbound/ Mother 2 – SNES (1994)
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Lutador: Ness
Earthbound (Mother 2, no Japão) é o segundo jogo de uma série marcada pela paródia e pelo contraste entre o seu aspecto infantil e conteúdo chocante. À primeira vista, o jogo aparenta ser uma adaptação de um Dragon Quest, mas num contexto urbano e, à primeira vista, mais inocente. As espadas e armaduras são substituídas por t-shirts e tacos de baseball, e são quatro crianças com poderes “psíquicos” (não “magia”) que vão salvar o planeta. A simplicidade de Ness, o personagem principal, reflecte bem o mundo que o rodeia.
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Mas Earthbound é bem mais que aquilo que é perceptível à primeira vista. Por detrás de mecânicas de jogo típicas de um RPG japonês, escondem-se ideias muito interessantes. Por exemplo, se num combate um dos teus heróis for desmaiar, ainda é possível usá-lo (ou fazê-lo recuperar) enquanto o seu contador de HP não atingir o zero.
E não podemos deixar de falar da história, possivelmente o elemento mais icónico do jogo. O modo como Earthbound combina sátira e humor com momentos anti-climáticos e surreais garantiu-lhe um estatuto de culto que é evidente em jogos como Undertale e LISA.
Infelizmente, este jogo não foi um sucesso comercial, e não me pareceu boa ideia ter sido promovido com uma campanha de marketing nojenta…
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24. Mother 3 – GBA (2006)
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Lutador: Lucas
Mother 3 mantém a aparência urbana e “alegre” do seu antecessor, assim como a sua história simultaneamente cómica e séria. Pessoalmente, considero este jogo menos arrepiante mas mais comovente que Earthbound, mas isto não passa de uma opinião pessoal.
Apesar da sua recepção positiva por críticos e pela comunidade, Mother 3 é infame por:
- um desenvolvimento atribulado que culminou num cancelamento;
- (ainda) ser exclusivo do Japão.
Originalmente planeado para a Nintendo 64, esperava-se que Mother 3 fosse um jogo 3D. A existência de demonstrações jogáveis e de um trailer apontavam para um lançamento no ano 2000, mas esta versão do jogo acabaria por ser cancelada. Somente muitos anos depois veio a sair o jogo, para o Game Boy Advance, mas com lançamento exclusivo no oriente.
A esperança dos fãs por um lançamento mundial de Mother 3 ainda é evidente a cada anúncio e “direct” da Nintendo…
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25. Castlevania: Rondo of Blood – TurboGrafx-16 / PC-Engine (1993)
Lutador: Richter
E que melhor maneira de terminar estas histórias de mundos vastos e heróis jovens que com… um jogo relativamente linear?
O décimo capítulo Castlevania não se afastou consideravelmente do que caracterizava a série até à altura: plataformas, ambiente sombrio, dificuldade significativa e um chicote. Contudo, houve detalhes que realmente diferenciaram esta aventura, como a possibilidade de encontrar caminhos alternativos. Apesar desta característica não ser completamente inédita à série, contribuiu certamente para um videojogo menos linear.
O lançamento original em CD-ROM (para a NEC PC Engine) possibilitou a inclusão de vídeos animados para relatar a história. O resultado foi… “criativo”.
Além das versões PC-Engine (em CD), foi também lançado na Wii (Virtual Console), na PlayStation 4 (Castlevania Requiem) e recriado na PlayStation Portable, com visuais 3D e uma nova banda sonora.
(Continua…)