Neste Halloween foi-nos feito um convite especial, para participarmos no Beta fechado de Last Year: The Nightmare. Um videojogo online 5 vs 1 de acção e survival, onde 5 jogadores cooperam numa tentativa de fuga às garras de um assassino com poderes sobrenaturais, controlado por um 6º jogador. Este jogo, desenvolvido pela Elastic Games, prepara-se para o seu lançamento eminente, após este beta, na biblioteca do Discord! Sem mais demoras, vou dar-te a conhecer melhor este jogo, e como é que foi a minha experiência com o mesmo.
História
Antes de mais, Last Year: The Nightmare passa-se numa noite de Halloween, no ano de 1996. Ano em que um grupo de adolescentes é misteriosamente abduzido. Estes, quando despertam, dão-se conta de estarem num local extremamente familiar, mas que ao mesmo tempo traz-lhes um sentimento completamente estranho e frio. Algo de muito errado se passa. O grupo acaba por descobrir-se cativo numa espécie de reflexo distorcido da sua cidade natal: Forest Hills. O como, quem, e o porquê de terem vindo aqui parar, são enigmas que por enquanto não detêm respostas, mas que em breve vão ser desvendados.
Rápidamente, o grupo apercebe-se de que não está sozinho, nesta espécie de cidade fantasma. Uma força sobrenatural anda a caçar cada membro do grupo, e esta consegue tomar a forma de serial killers horríveis e plantar armadilhas implacáveis. Cansados, os adolescentes têm de unir forças para sobreviverem a esta entidade que os persegue, e que ficará a ser conhecida como The Nightmare.
Este é o pano de fundo de Last Year: The Nightmare. Um jogo onde 5 jogadores desempenham o papel de adolescentes que têm de se revelar muito astutos, para sobreviverem às manhas constantes de um assassino implacável.
As Vítimas
Neste beta, não tivemos lá grande vislumbre da história por trás deste jogo. Fomos logo para um lobby que nos colocava de imediato no meio da acção. Assim, ficámos a conhecer as classes que cada jogador do grupo pode escolher no inicio de cada partida. Estas, têm características exclusivas e conferem a cada elemento do grupo, um papel diferente a desempenhar na subsistência dos jogadores. Estas classes são então: Medic, Assault, Technician e Scout. Sendo a primeira a única capaz de healar os jogadores; a segunda, Assault, é a única que consegue equipar armas para ripostar os ataques do assassino; Technician a única que consegue desenvolver aparelhos e armadilhas; e por fim Scout, que consegue detectar o assassino com os seus aparelhos, bem como o atordoar.
Scout foi para mim, a classe que se revelou menos útil entre todas. Tecnhician por outro lado, foi a que acabei por preferir a todas. Pois permitia-me plantar armadilhas, que serviam tanto para detectar como para atacar o assassino, dando uma certa força à classe que acaba por conseguir ripostar e até matar o mesmo. Assault foi a classe que achei mais básica, logo a seguir à Medic que só serve mesmo para andar atrás do grupo a curar os jogadores.
O Assassino
Quanto ao papel de assassino, o jogador que desempenhar esta função, tem ao seu dispor 3 classes distintas. No entanto em todas elas é possível plantar armadilhas e utilizar uma habilidade especial comum: o Predator Mode. Esta dá ao jogador a liberdade de desaparecer e fazer spawn em qualquer local do mapa, bem como montar emboscadas enquanto invisível. As classes propriamente ditas destes assassinos, podem ser Slasher, Giant e Strangler. O primeiro foi sem dúvida o que achei mais básico: uma espécie de Michael Meyers, que em vez de te perseguir com uma faca, anda atrás de ti com um machado. Strangler foi de longe a classe que achei mais evasiva. Com os skills deste personagem, podes esconder-te até por trás de ventilações e arremessar a tua corrente que agarra as vítimas e as puxa para ti. Uma classe chata de mais para as vítimas, mas muito divertida de se controlar!
Contudo, foi com um jogador a jogar como Giant (eu acabei por não me dar tão bem com esta classe) que apanhei o meu maior susto neste beta! Esta classe tem a habilidade de irromper através de paredes e assassinar-te logo ali. Bem, a primeira vez com que me deparei com este monstro, a cena teve tal impacto que não só saltei da cadeira, como o meu pc desligou-se da vida. Sendo das primeiras vezes que estive a jogar o beta, até pensei que pudesse ser um efeito de blackout que levasse o monitor a ficar mais escuro, mas eis quando vejo a correr o ecrã de reinicio do pc… Bem, o susto não podia ser maior.
É verdade que desempenhar o papel de assassino neste videojogo é um grande privilégio, mas pessoalmente, quando finalmente encontrei na minha equipa um jogador muito competente nessa pele, foi simplesmente incrível e arrepiante estar na pele de uma das vítimas. Até que preferi fazer parte deste grupo em vez de ser o assassino, pois a curiosidade e a adrenalina aqui é bem real. No entanto, é possível candidatares-te a ser o assassino da partida no lobby do jogo. Nesse, cada jogador pode escolher a sua personagem e o mapa em que gostariam de votar para a partida.
Jogabilidade
Cada mapa, dita um plano de fuga diferente, que te é explicado num cinemático inicial. Neste beta, para manter o mistério, só foi possível aos participantes experimentar um único mapa: o ginásio (The Gym). Pelo que neste, os jogadores tinham de perscrutar uma escola tipicamente americana, em busca de óleo para por a funcionar um elevador, que por sua vez daria acesso a um piso, através do qual era possível escapar por uma passagem secreta para o exterior. Portanto, foram vários os passos que os grupos de jogadores tiveram de seguir, partida após partida, tornando o beta um pouco repetitivo de mais. No entanto, devo dizer que desta forma foi possível explorar muito bem este cenário e ver a dimensão verdadeira das mecânicas de Last Year: The Nightmare.
Para sobreviver neste jogo, é necessário que o jogador explore bem o mapa, não só para seguir o plano de fuga, como também para fazer loot a peças com que possa fazer crafting de novos iténs para a sua classe. Com o crafting, é possível desbloquear iténs novos, que ajudam ou a travar o assassino, como armadilhas, ou ajudam outros jogadores a se recuperarem de lesões que tenham sofrido. No beta, contudo não foi possível ver muitos mais iténs para além dos mais básicos. Outra razão para explorar o mapa, é também para encontrar outros jogadores que tenham sido capturados anteriormente pelo assassino. Pois estes fazem spawn em arrecadações remotas, e é necessário que algum elemento do grupo consiga chegar até eles para destrancar a porta e os libertar.
Claro que o percurso que enfrentas para salvar alguém é aqui extremamente perigoso. O Assassino está sempre a colocar armadilhas por todo o lado, mas esse é um jogo que a maioria das classes das vítimas também consegue jogar. No entanto, caso não tenhas um plano de distracção e decidas avançar sozinho em vez de em grupo, é bem possível que o sintas a respirar no teu pescoço. Porquê então correr o risco? Porque de facto tudo se torna mais equilibrado se conseguires ter o máximo de jogadores a trabalharem juntos. Além disso, uma vez terminada a partida, és de certa forma recompensado/a por isto com os troféus desta jogada.
Arte
Com tudo isto, resta-me destacar os gráficos impressionantes do jogo, que correndo em Unreal Engine, mostram um detalhe incrível! Consegues até ver aqueles flocos brancos peludos que facilmente encontras por aí na rua, a vaguear pelo ecrã. Os detalhes na sincronização sonora são também meticulosos, bem como os detalhes que compõem o cenário. Isto especialmente na colocação de rastos de sangue e frases escritas com o mesmo, que vais encontrando um pouco por toda a parte e onde menos esperas. As personagens em si, com maior destaque para os assassinos, estão vivas, cheias de alma e de carácter. Há uma comunicação constante entre os personagens que trocam diálogos uns com os outros sempre dentro da situação, conforme os acontecimentos. Neste aspecto o jogo consegue ser muito imersivo, fazendo-nos até conter a respiração.
Conclusão
Este beta foi realmente uma boa experiência. Sabendo muito pouco sobre o jogo, foi muito fácil mergulhar nesta atmosfera e assumir o meu papel. Apesar de no beta só existir aquele mapa, que por consequência requeria que seguíssemos sempre os mesmo passos de execução do plano de fuga, a magia deu-se e sentiu-se sempre uma partida completamente diferente. Estar a jogar com pessoas reais e sentir-se esta atmosfera tão poderosa, anulou a falta de comunicação no beta, através das personagens que muito comunicativas, faziam-nos sentir que estávamos a interagir muito bem. Com o lançamento de Last Year: The Nightmare, finalmente para o Discord, não tenho dúvida absolutamente nenhuma, de que vão irromper na internet imensos streamers a tirarem partido deste jogo tão viciante. Mas e tu? Vais ficar só a ver?