Ainda podia contar a minha idade com os dedos das minhas mãos quando me deparei pela primeira vez com uma banda desenhada do Homem-Aranha. Estava eu numa papelaria com a minha mãe, quando me deparei com uma banda desenhada do aranhiço, procedendo a apontar o dedo e pedir à minha mãe para comprar. Felizmente, a minha mãe não se recusou e lá obtive a minha primeira experiência com o super-herói.

Com isto, juntaram-se os jogos da velhinha Playstation, com o Spider-Man e Spider-Man 2: Enter Electro, e claro, mais tarde, a tão famosa trilogia de filmes do Sam Raimi que veio originar uma onda enorme de popularidade e jogos licenciados que inundaram o mercado com o aranhiço.

Obviamente que não posso falar de jogos do Homem-Aranha sem falar dos jogos que cimentaram o futuro da personagem, com Spider-Man 2 e Ultimate Spider-Man na Playstation 2 a trazer-nos um mundo aberto com sistemas de web-swinging realistas e que obedecem às físicas.

Consegue-se perceber facilmente que eu sou um grande fã do aranhiço, e, no que toca a mim, não bastou muito para tal. No momento em que li aquela primeira banda desenhada, eu soube exatamente que aquele era o meu herói favorito de sempre, nunca sendo absorvido ou ultrapassado por nada deste mundo. Estamos em 2023, eu já com quase 3 décadas de vida, e posso afirmar que sim, o tão famoso aranhiço é o meu super-herói favorito de sempre, e nada o ultrapassou neste tempo todo. Para mim, esta personagem fictícia é como se fosse um ídolo, que me ensinou bastantes coisas que, ainda hoje, se mantêm comigo.

Hoje, trago-vos a sequela de Marvel’s Spider-Man e, tecnicamente, também de Marvel’s Spider-Man: Miles Morales (uma espécie de expansão standalone), dois excelentes jogos da Insomniac Games que, quando foram lançados originalmente, proporcionaram-me uma sensação nostálgica, como se tivesse a jogar pela primeira vez um dos jogos em mundo aberto na Playstation 2, sendo impressionado por tudo o que os jogos ofereciam, e tendo praticamente quase tudo o que eu sempre quis num jogo do herói. Ora que vos apresento o tão esperado Marvel’s Spider-Man 2.

Uma dupla imbatível numa aventura inesquecível

Marvel’s Spider-Man 2 começa como se fosse uma história de banda desenhada. Temos o nosso herói Peter Parker no seu primeiro dia como professor de física (boa referência, Insomniac), que, como já é de se esperar, chega atrasado para a sua primeira aula. Ora que, por coincidência, Peter calhou ser professor da turma de Miles Morales, o nosso segundo protagonista, e também o segundo aranhiço.

Marvel’s Spider-Man 2

Eventualmente, durante a aula, o spider-sense de Miles alerta-o de que algo de mau se está a passar, pelo que o mesmo se levanta e pergunta para ir à casa-de-banho, do qual o Peter aceita. Visto ser algo relacionado com o Homem-Aranha, Miles pergunta ao Peter para ir com ele, pois precisará de ajuda, algo que faz imediatamente a turma dele começar aos risos. Eis que Peter e Miles ausentam-se da aula, vestem os seus fatos e vão ao encontro de Sandman, que está a criar caos na cidade.

A introdução do jogo é explosiva e com uma ação praticamente constante. A Insomniac não perde tempo a mostrar-nos do que é capaz, e temos uma set piece inicial enorme, com diálogo, jogabilidade e boss excelentes, praticamente subindo imediatamente o standard comparado com o primeiro jogo. O poder da próxima geração é imediatamente sentido, e o caminho só pode ir em frente a partir de aqui.

Não irei mencionar mais a história do jogo, de modo a evitar o máximo possível de spoilers, sendo que apenas irei dar a minha opinião. Em termos de narrativa, o desafio de manter a coerência numa história com 2 Homem-Aranha é um grande desafio, e, considerando a qualidade bastante alta da história do primeiro jogo, a Insomniac tinha aqui algo muito difícil de ultrapassar. Felizmente, não só Marvel’s Spider-Man 2 ultrapassa a narrativa do seu antecessor, como nos dá uma das melhores narrativas de um jogo de super-heróis de sempre. A qualidade da história subiu imenso, cheia de referências às bandas desenhadas e filmes, juntamente com um leque de surpresas que irá certamente deixar qualquer fã com um entusiasmo de uma criança que acabou de receber uma consola no Natal.

Marvel’s Spider-Man 2

A Insomniac volta a elevar a fasquia de visuais e desempenho

Para muitos, parece ser impossível atingir um balanço entre características gráficas e opções de desempenho, sendo sempre preciso compromissos significativos para um modo de desempenho focado em 60 fps, tal como desativar o ray tracing, por exemplo. Eis que, para a Insomniac, a suposta impossibilidade é mais um desafio, e eis que temos então um jogo com gráficos de topo, com um mundo aberto cheio de detalhe, ray tracing incluído, e praticamente melhorias em todos os aspetos, comparado com o primeiro jogo, tudo isto disponível e com uma qualidade bastante boa num modo de desempenho a 60 fps 99% estáveis.

Obviamente que também temos um modo de fidelidade, que aumenta a distância com que o detalhe mais pequeno é renderizado, juntamente com a resolução, focando-se nos 30 fps, mas este modo a 60 fps é o que verdadeiramente impressiona, mostrando que, afinal, há ainda um potencial incrível nestas consolas de nova geração que, infelizmente, não está a ser utilizado devidamente pelas equipas, considerando o número de jogos lançados este ano com um desempenho desapontante.

A cidade nunca esteve tão bela, com as folhas das árvores a serem arrancadas e a voar ao lado do aranhiço quando este passa pelas árvores a balançar nas teias. Os prédios obtiveram um upgrade agradável, com uma variedade maior e com mais detalhes únicos. Algo que obteve um grande upgrade foi a água, agora sendo mais realista e apresentando uma renderização bastante consistente. A Insomniac volta a impressionar com um motor fantástico e dinâmico, que se adapta a todas as necessidades da equipa, e parece que, a cada jogo que a equipa lança, o motor apresenta melhorias, tanto a nível gráfico, como de optimização.

Marvel’s Spider-Man 2

Parece que já estamos no terceiro jogo

O melhor resumo que posso dar da jogabilidade de Marvel’s Spider-Man 2, é que temos aqui o que é praticamente uma sequela e a sequela dessa sequela no mesmo jogo. A quantidade de mecânicas melhoradas e acrescentadas é soberba, e o polimento das mesmas é algo que, novamente, nos dias de hoje, é considerado surreal. Começando pelo movimento, os nossos aranhiços conseguem agora mover-se a uma velocidade muito superior à do primeiro jogo, com um web-swinging ainda mais realista e obediente às físicas, sendo agora possível até fazer erros e “tropeçar” umas quantas vezes. Juntamente com isto, temos as web wings, que, a qualquer momento, podem ser ativadas, fazendo com que possamos planar no ar, podendo estender a nossa planagem com os vários ventos que se encontram no meio da cidade, sendo representados por um efeito de vento forte na horizontal e vertical. Juntamente com isto, temos também o point launch, o web zip e o wallrunning já disponíveis no jogo anterior, sendo bastante semelhantes, dando-nos formas de nos manter em movimento em qualquer situação que se apresente.

O movimento desta sequela não é apenas uma melhoria básica, sendo que, na minha opinião, traz consigo uma nova forma de nos movimentarmos pela cidade nunca antes vista, a junção do que já estava presente no jogo anterior, com as físicas melhoradas, a velocidade aumentada, e agora as web wings, fazem de Marvel’s Spider-Man 2 o jogo do aranhiço com, possivelmente, o melhor movimento já feito. Desde o momento em que iniciei o meu primeiro swing até ao final do jogo, nunca deixei de ter um sorriso na cara ao movimentar-me pela grande cidade, nunca me cansando do movimento, utilizando as várias mecânicas novas implementadas para usufruir desta evolução substancial.

Quando não estás a baloiçar e voar pela cidade, irás, geralmente, estar a lutar com os criminosos e protegendo os inocentes. O sistema de combate da sequela, tal como o movimento, apresenta igualmente uma evolução dos sistemas implementados no primeiro jogo. Podes atacar normalmente no solo, fazer um ataque que propele os inimigos para o ar, podendo segui-los para uma combinação aérea. Temos também um sistema de dodges simples e eficaz, e os web shooters, que nos dão a possibilidade de envolver um inimigo em teias, deixando-o temporariamente incapaz de atacar, bem como, caso este esteja deitado no chão ou perto de uma superfície como uma parede, poderes prendê-lo aos mesmos, deixando-os incapacitados. Há uma série de gadgets que irás adquirir com os pontos que ganhas ao fazer missões e objetivos na cidade, que estão disponíveis para ambos os aranhiços, como uma espécie de drone que dispara para vários inimigos, suspendendo-os no ar. Estes gadgets têm uso limitado, sendo que, para poderes voltar a utilizá-los, terás de derrotas inimigos.

Marvel’s Spider-Man 2

Uma mecânica nova introduzida nesta sequela são os parries. Quando o teu spider-sense está vermelho, podes executar um parry, fazendo com que o inimigo fique vulnerável para um combo forte e direto. Estes parries também são úteis quando o inimigo executa um ataque que não dá para ser desviado, representado por um círculo amarelo, o que faz com que os combates tenham uma dinâmica nova, especialmente nos bosses.

O aspeto que difere os 2 heróis em termos de jogabilidade são nas suas habilidades. Temos aqui então habilidades que têm um cooldown ativo, ou seja, que requer que ataques inimigos para poderes encher a barra, sendo que podes só usar a habilidade quando esta estiver cheia. Cada aranhiço pode ter até 4 habilidades equipadas, sendo que, ao progredires na história e nas skill trees dos heróis, irás desbloquear mais do que esse número, havendo aqui alguma personalização de habilidades incluída. Em relação a estas habilidades, têm todas as funcionalidades semelhantes entre heróis, sendo que cada herói tem um estilo diferente. O Peter utiliza os seus braços metálicos que se estendem nas suas costas, e o Miles utiliza os seus poderes elétricos. As habilidades têm padrões de utilidade, sendo que, por exemplo, há sempre uma habilidade para colocar vários inimigos no ar rapidamente, ou atacar um inimigo à tua frente com bastante dano.

O sistema de stealth mantém-se na sequela, com a possibilidade de ultrapassar várias secções do jogo a evitar o combate, derrotando os inimigos um a um sem ser descoberto. O foco em manteres-te em pontos superiores aos inimigos, como postes, vigas e cabos continua a ser o aspeto principal desta mecânica, sendo que, ao estares acima de um inimigo, podes executar um stealth takedown no mesmo, deixando-o envolvido numa teia, ficando suspenso no ar. Também podes fazer estes takedowns no solo, ao te aproximares sorrateiramente de um inimigo por trás, deixando-o preso no chão com as teias.

Marvel’s Spider-Man 2

Em termos de mecânicas novas, temos a possibilidade adicional de realizar stealth takedowns a partir das paredes e dos tetos, juntamente com a web-line, que nos traz uma possibilidade de criar as nossas próprias linhas suspensas, fazendo uma linha de teia de um ponto a qualquer outra superfície, dando-nos uma possibilidade quase ilimitada no que toca a estas partes.

Estas mecânicas novas dão uma maior liberdade nas seções de stealth podendo haver um posicionamento mais livre dos inimigos, bem como um uso maior de verticalidade e até do número de inimigos, sendo que, muitas vezes, irás ter seções de stealth com dezenas de inimigos, onde terás de usar as mecânicas da web-line e dos takedowns novos ao máximo, de modo a conseguires derrotar todos os inimigos como um fantasma.

Estas mecânicas de exploração e combate são a base do jogo inteiro, sendo que existe um foco numa ou até uma mistura em qualquer atividade que realizes. O mapa do jogo apresenta uma expansão natural com a prequela sendo que, desta vez, juntamente com a ilha de Manhattan, temos também parte de Queens e Brooklyn disponíveis para explorar. Apesar desta expansão do mapa, a equipa focou-se em manter as atividades e os colecionáveis divertidos e modestos, sendo que não irás passar centenas de horas a apanhar centenas de colecionáveis aborrecidos que desbloqueiam coisas que nada afetam a jogabilidade. As atividades disponíveis variam entre limpares esconderijos de uma fação inimiga, de modo a poderes descobrir a localização de uma base mestre no distrito, a algo mais frenético como seguir um drone super-rápido, utilizando as tuas web wings para ganhar balanço e velocidade com o vento que é criado atrás do mesmo, fazendo com que praticamente estejas a voar atrás do drone. Não querendo dar muitos spoilers das atividades, irei apenas dizer que há uma variedade melhorada comparada com o primeiro jogo, com um foco maior em diversão e no uso das mecânicas espetaculares desenvolvidas pela equipa. Ao realizar o 100% em todos os distritos do mapa, não senti qualquer aborrecimento, estando constantemente entusiasmado para realizar as várias atividades. Estas atividades também são introduzidas progressivamente, sendo apresentadas novas atividades à medida que vais avançando na história, havendo uma facilidade maior a absorver o conteúdo.

As missões de história mantêm a sua vertente mais linear, com uma direção mais forte e várias set pieces que irão deixar qualquer um boquiaberto. Estas missões utilizam uma mistura do mundo aberto com secções interiores, com a utilização de secções de combate, stealth, movimento e alguns puzzles básicos focados em observação. As missões apresentam uma fluidez agradável, sendo a parte do jogo onde o aspeto audiovisual se encontra no seu máximo. Também é aqui que irás encontrar os bosses cinemáticos do jogo.

Os bosses de Marvel’s Spider-Man 2 também apresentam uma evolução natural da prequela, sendo bosses que apresentam uma mecânica única, como utilizar umas pequenas portas para criar uma explosão e atordoar o boss. O uso da mecânica do parry é extensa, sendo a melhor forma de te defenderes contra os bosses. Os ataques apresentam janelas de parry e dodge diferentes, havendo uma dose de desafio agradáveis, nunca se tornando frustrante. Durante os bosses, também terás pequenas interrupções cinematográficas, onde o boss irá passar de fase, apresentando algumas mudanças, sendo que, dependendo do boss, estas podem ser ligeiras ou mais agressivas.

Os bosses da sequela apresentam uma qualidade consistente e altíssima, havendo um cuidado e atenção para fazer destes bosses todos algo como se fossem o último do jogo. O fato da equipa ter conseguido seguir os passos do boss de introdução explosivo do jogo mostra que a Insomniac está confiante e sabe exatamente do que é capaz.

Um orquestral digno de um filme

A música de Marvel’s Spider-Man 2 mantém o mesmo estilo, focando-se na sua vertente mais orquestral para apresentar-nos temas épicos e heroicos. Os temas atualizados de ambos os aranhiços são excelentes, dando-nos a entender o estilo de vida de cada um, sendo uma excelente forma de diferenciar os nossos heróis sem o uso de qualquer meio que o dite de forma óbvia. Os temas apresentados durante as várias secções mais emocionantes são excelentes, fazendo com que o jogador se sinta completamente imerso no momento, com uma representação praticamente perfeita do mesmo. Marvel’s Spider-Man 2 traz-nos um OST que nos faz sentir o que é a essência do Homem-Aranha, sem quaisquer compromissos.

Acrobacias pela cidade para todos

Mantendo os padrões de acessibilidade dos estúdios da Sony, Marvel’s Spider-man 2 apresenta-nos uma série de opções de acessibilidade que dever-se-iam tornar cada vez mais comuns. Para facilitar o utilizador, o jogo apresenta-nos 4 configurações já feitas pela equipa para vários tipos de ajudas, desde uma configuração para quem tem dificuldade em ouvir ou uma para quem tem problemas de motion sickness. Obviamente, é possível modificar as opções individualmente e criar uma configuração personalizada. Existem várias opções disponíveis, havendo definições como:

  • Assistência de jogabilidade: definições como velocidade do jogo, puzzles simplificados, completar quick-time events automaticamente, entre outras;
  • Controlos: deixar premido o botão em vez de fazer spam, mudar várias definições entre deixar premido ou um toggle para coisas como o web-swinging e parkour, entre outros;
  • Assistência de câmara: Fazer a câmara manter o foco nos waypoints, ter a câmara a seguir a personagem, entre outros;
  • Sensitividade de movimento: camera shake, motion blur, um ponto no centro, entre outras opções relacionadas a efeitos no ecrã e movimento do mesmo;
  • Assistência de áudio: filtragem de frequências, com bastante personalização, aumento do volume de diálogo;
  • Subtítulos: tamanho e cor dos subtítulos, cor do nome da personagem que está a falar, cor do background e opacidade do mesmo;
  • Assistência visual: cor do texto de ênfase e tamanho dos ícones como waypoints;
  • Opções de alto contraste: várias modificações visuais que aplicam cores sólidas a vários modelos de personagens e objetos, sendo possível até escolher várias cores diferentes para os vários tipos de inimigos e objetos.

Infelizmente, há a falta de uma personalização dos controlos, sendo que não é possível alterar qualquer controlo do jogo, fora a alteração das ações onde se deixa premir um botão ou tocar rapidamente no mesmo. Penso que, nos dias de hoje, é algo que deveria estar disponível em todos os jogos, sendo que, para quem tem dificuldades motoras, os controlos que vêm por defeito podem não ser os mais apropriados. De qualquer forma, sempre há a possibilidade de alterar os controlos diretamente nas definições da consola, mesmo não sendo a opção mais prática.

Um verdadeiro respeito pela propriedade

Penso que, numa propriedade tão popular como o Homem-Aranha, seja óbvio que, mesmo com esforço mínimo, se consigam vendas suficientes para recuperar qualquer custo e ainda ter algum ganho. A primeira aventura do aranhiço da Insomniac foi um sucesso tremendo, que me deixou a mim e qualquer fã do aranhiço a sentir que, finalmente, tivemos um jogo verdadeiramente bom do aranhiço, que se pudesse comparar com a grande trilogia Arkham do Batman.

Considerando o histórico de sequelas dos estúdios da Sony, eu já esperava um jogo superior à prequela, estando completamente confiante que a Insomniac nos ia proporcionar mais uma vez uma experiência sólida e digna do grande herói. O que não estava à espera era de receber o que praticamente considero 2 sequelas em uma. O que a equipa fez aqui não foi apenas um excelente jogo de super-heróis. Na minha opinião, penso que a Insomniac não só fez o melhor jogo de sempre do aranhiço, como possivelmente o melhor jogo de super-heróis de sempre. A qualidade do produto que é apresentado justifica cada cêntimo pedido pelo mesmo, sendo praticamente um jogo onde todos os aspetos do seu desenvolvimento foram tratados como o mais importante, quer seja a história, os visuais, ou o conteúdo opcional.

O respeito pela propriedade é sentido em qualquer pixel apresentado no ecrã, com as inúmeras referências e easter eggs a serem como uma cereja no topo do bolo. A Insomniac não demonstra apenas a sua capacidade de criar jogos divertidos e de qualidade, ou a sua competência técnica que, sendo sincero, ultrapassa grande parte do desenvolvimento AAA dos dias de hoje. Para a Insomniac, a propriedade que lhes foi dada é como um diamante raro, sendo tratado com o maior cuidado e respeito possível. Muitas equipas podem pegar no aranhiço e criar um jogo sólido, mas criar um jogo sólido juntamente com este amor óbvio pela personagem é algo que muito poucos conseguem.

“Com um grande poder, vem uma grande responsabilidade”, uma frase icónica do aranhiço que encaixa na perfeição com o peso enorme nos ombros da equipa ao desenvolver esta sequela, acabando por exceder-se e mostrar a sua enorme competência. A Insomniac não conseguiu apenas fazer um jogo sólido, como fez o melhor jogo do herói, sendo um resultado de uma equipa que se mantém junta, e da sua junção com a Sony como um estúdio First Party. A Insomniac veio mostrar que, tal como em Marvel’s Spider-Man 2, juntos somos melhores.

Vistam os fatos apertados e equipem os vossos web-shooters, com Marvel’s Spider-Man 2 disponível dia 20 de outubro em exclusivo para a Playstation 5.

CONCLUSÃO
Definitivamente Incrível!
10
marvels-spider-man-2-analiseMarvel's Spider-Man 2 agarra o jogador na sua introdução e mantém o interesse até aos créditos. Com visuais, jogabilidade e optimização de topo na indústria, a Insomniac continua a elevar a fasquia e a mostrar que merece estar no topo com os grandes. Um jogo que encheu o coração de um fã do herói, e que, espero eu, encha o coração de muitos outros.