MLB The Show é uma saga com melhorias pouco significativas em cada iteração, e claro, com The Show 25, a San Diego Studio não tenta reinventar a roda, mas traz algumas mudanças que merecem nota.
Logo à partida, encontramos uma sensação de jogabilidade mais fluída. Quer seja na base ou no monte, os controlos sentem-se mais imediatos. Uma das principais adições é o novo movimento swim slide. Parece pequeno, mas consegui fazê-lo num momento chave enquanto roubava a terceira base, e mudou completamente a minha forma de pensar sobre a corrida de base. Não só nos dá mais controlo sobre os deslizes, como também acrescenta confiança à jogabilidade, pois senti que tinha sido mais esperto do que a marcação em vez de ter tido apenas sorte.
Também o lançamento recebeu algumas melhorias. Utilizo maioritariamente o analógico para jogar, mas mexi no pinpoint durante alguns jogos e parece menos instável do que antes. Não é uma revisão do avesso, mas serve como suficiente para tornar o lançamento menos frustrante se falharmos ligeiramente o alvo.
O ponto de maior melhoria é a defesa. Podemos contar com a IA para fazer jogadas inteligentes, cortando bolas no campo exterior, fazendo jogadas duplas, e tudo o que é necessário. O jogo de campo costumava ser um pouco desajeitado, mas agora parece que podemos finalmente confiar nos nossos colegas de equipa para fazerem o seu trabalho, criando uma enorme diferença em momentos de tensão.
Para quem gosta de saltar entre diferentes modos, MLB The Show 25 traz um leque variado.
O foco histórico nas lendas das Negro Leagues, como Cool Papa Bell ou Wilbur Rogan, está bastante bem conseguido. Com a narração de Bob Kendrick, encontramos um toque emocional que, mesmo para os que não são fãs, traz sempre um contexto adicional. O impacto emocional é grande, mas ao nível da jogabilidade, deixa a desejar. A maior parte das missões são apenas desafios básicos – fazer um duplo, roubar uma base. Claro que cumprem o seu propósito, mas após algumas jogadas (ou jogadores), começam a parecer repetitivas.
No modo Diamond Dynasty, a San Diego Studio finalmente abandonou o sistema de Sets e as Seasons. Só essa mudança já torna a construção de equipas muito mais agradável pois o facto de sentirmos que não estou constantemente a correr contra o relógio antes que as minhas cartas sejam invalidadas serve como um sistema muito mais amigável para quem não pode jogar 24/7. O prolongamento da longevidade das cartas é fantástico, mas a obtenção de jogadores de topo continua a ser mais uma questão de sorte do que de perícia, a não ser que se esteja a gastar dinheiro em pacotes. Algumas das melhores cartas ainda estão bloqueadas por longos grinds ou enfiadas em pacotes com probabilidades terríveis. Adicionalmente, temos a Diamond Quest. Este apresenta-se num mini modo roguelite que nos atira para cenários aleatórios com diversas recompensas. Nota-se que ainda está em construção, mas já serve como uma alternativa para gastarmos um bom par de horas.
Visualmente, The Show 25 tem um aspeto apresentável, mas não impressiona. Continuando o compromisso com as duas gerações, deixa a versão mais recente presa aos constrangimentos da anterior. A iluminação é agradável, os estádios têm um ótimo aspeto e os modelos dos jogadores são sólidos (especialmente para as estrelas de renome). Mas é nas animações da multidão que notamos que está na altura de avançar.
A apresentação da transmissão também foi melhorada. Os ângulos das câmaras e as sobreposições parecem mais autênticos e há uma melhor fluidez entre os lances. Já os comentários, mantêm a disparidade. Jon Sciambi e Chris Singleton têm os seus momentos, mas muitas vezes são as mesmas frases recicladas ou um timing estranho.
Um agradecimento especial à editora pela cedência de uma cópia para análise na PlayStation 5.
MLB The Show 25 já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e Nintendo Switch.