O My Hero One’s Justice 2 é a sequela do arena fighter 3D baseado na popular série criada por Kohei Horikoshi, Boku no Hero Academia.
A mesma tem vindo a conquistar uma legião de fãs de todas as idades, sendo que, de momento, está a ser transmitida a quarta temporada no japão. Mas o seu sucesso também se faz sentir, na realidade, do nosso país. Para além da emissão que acompanha a japonesa através do serviço de streaming da Crunchyroll, esteve em exibição a sua primeira temporada no Panda Biggs, e em breve dará o salto para os cinemas com mais um filme animado.
Personagens
Sem surpresa, esta entrega não só herda todo o elenco do jogo anterior como também o que podemos esperar relativamente ao Shie Hasakai Arc. Fatgum, Overhaul, Lemmilion, Sir Nighteye – enfim, todos estão aqui para provar o seu valor e elevar o plantel para um impressionante número de 41 personagens, prontas a batalhar nos seus 25 palcos.
Devido à introdução destes novos elementos e um arco focado na introdução de dezenas de personagens, o seu valor foi determinante para uma construção e enriquecimento exponencial a várias áreas deste jogo.
Batalhas
Para começar, o modo online recebeu um elemento em falta no anterior jogo. Além dos tradicionais modos Ranked, Unranked e Combates em lobbies, agora, felizmente, também é possível batalharem equipas ao invés de uma personagem a solo.
Peculiarmente, o jogo abraça a sua própria natureza neste modo. Isto porque utilizadores que desconectarem a sua ligação de forma a evitarem a derrota, são rotulados pelo sistema como vilões, permitindo apenas lutarem contra outros vilões. Por assim dizer, indivíduos que recorram a práticas de desconexão, ainda que seja temporariamente, serão penalizados.
Na minha óptica, este elemento não só cria uma imagem própria como evita banir utilizadores de forma injusta.
Um dos grandes cartões de visita da anterior entrega foi a possibilidade de modificarmos o nosso herói. Posso afirmar que a mesma se encontra intacta, com uma UI mais polida e ainda com mais itens e elementos para criares o teu herói ou vilão como desejares. (Numa nota pessoal – de momento, estou a criar o meu herói de sonho, o Deku Blanco!)
O netcode continua muito bom, como o primeiro. O único senão aqui foi mesmo encontrar gente para jogar. Realmente é uma pena que, mesmo no seu lançamento, My Hero: One’s Justice 2 não pareça ser um palco para jogar online, mesmo oferecendo muita variedade e diversão em arena fighters.
Combate
É certo que, para prosperar nos ringues, precisamos de uma boa fluidez de jogo. E é aqui que chegamos a um grande ponto que poderá criar interesse em quem não jogou a sua anterior entrega, já que corrigiu imensos problemas encontrados na mesma.
O combate sofreu imensas melhorias! Para começar, e contrariamente à maioria dos arena fighters, as personagens não são cópias umas das outra. Existe muita variedade, e inserção no estilo de jogo favorito de cada um de nós, quer sejamos jogadores mais técnicos, agressivos ou defensivos.
O elenco também dispõem de melhores animações que contribuem para uma fluidez mais suave no decorrer de toda a sua explosiva acção! Os seus controlos foram vistos e revistos e estão agora muito mais responsivos.
Continuamos a escolher um herói ou vilão e dois aliados enquanto combatemos e disferimos os nossos ataques no adversário. A nossa personagem tem ao seu dispôr ataques normais, contra-ataques e os destructivos PLUS ULTRA, os quais tiram total partido dos nossos quirks.
Mecânicas
A mecânica de aliados também sofreu um ligeiro incremento de qualidade.
Foi adicionada uma barra de uso que impede a sua utilização exaustiva, limitando o seu potencial, mas auxilia o aspecto qualificativo do produto. Estes também podem ser utilizados como jugglers ou breakers, ou libertar ataques especiais, o que oferece uma enorme profundidade ao jogo, pois a escolha de certos aliados pode ser determinante para a victória.
Correcções Muito Bem-Vindas!
Certamente que a Byking ouviu as nossas críticas e melhorou uma das áreas mais frustrantes da anterior entrega: as personagens que pareciam flutuar no ar, e as suas animações, foram totalmente corrigidas. Com base nesta correcção, desviar e analisar o oponente tornaram-se muito importantes para o sucesso dos nossos combates.
A estas novidades foi adicionado um maior elemento competitivo ao jogo, onde apenas esperar por libertar ataques especiais e limitarmo-nos a um auto-combo já não é caminho para a vitória.
Ainda Mais Melhorias
As arenas continuam caóticas e mais destrutivas do que nunca! Desta vez, até podemos contar com múltiplas elevações, sustendo mais variedade na acção.
O único senão é que certos ângulos de câmara estão demasiado aproximados e, com tanto escombro e físicas que parecem feitas de papel, por vezes, torna-se difícil não só perceber onde a nossa personagem se encontra como acompanharmos a acção. Na minha opinião, penso que deviam abandonar este elemento, pois não só estorva como é contraprodutivo para o produto.
Diversos Modos
Mas não só de modos online ou um combate refinado vive My Hero One’s Justice 2. Os modos para um jogador também sofreram interessantes melhorias e adições. O Story Mode continua a apostar em pequenas histórias na perspectiva da personagem em questão, quer sejam heróis quer sejam vilões enquanto combatemos. Assistimos a diversas vinhetas e apenas seis cutscenes que recontaram momentos-chave desta parte.
Prevejo que, de futuro, seja anunciado como DLC o vilão Gentle Criminal e a sua cúmplice La Brava, já que ainda são estilhaços desta temporada animada.
O Mission Mode é um novo modo bastante interessante, onde somos líder de uma agência de heróis e, tal como o seu nome indica, colocamos os nossos candidatos em cenários baseados da série animada. Isto enquanto recolhemos experiência e Hero Coins. Com estas vamos fortalecendo a nossa força, poderes e o desbloqueio de outras personagens.
Se desejarem simplesmente combater contra um amigo no sofá, temos ao nosso dispôr o Free Battle, onde também podemos escolher regras e número de integrantes nas lutas. Neste modo, também temos a adição de um estranho party game onde quatro jogadores, locais ou via online, combatem caoticamente, libertando os seus poderes de forma frenética.
O modo Arcade coloca a nossa personagem numa sucessão de combates com diversas rotas. No modo galeria podemos assistir aos filmes animados, imagens, músicas, etc.
My Hero One’s Justice 2 já está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e na Steam para PC.