Existem videojogos que nos chegam como uma lufada de ar fresco, numa altura em que a excelência é o ponto de partida para muitos jogadores, as expectativas sobem e as desilusões aumentam, My Time at Portia encontra-se no limbo.
Chegou aos nossos computadores este belo videojogo, uma espécie de farming simulator com tudo o que Minecraft oferece, mas com uma história por trás. My Time at Portia repete uma fórmula vencedora no campo da descontracção, presenteando-nos com um mundo onde somos recém-chegados e temos de continuar o legado do nosso pai.
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Através da socialização com os habitantes de Portia, vamos desvendando segredos e habilidades que nos vão assistindo numa demanda para termos uma quinta e um mundo ao nosso gosto, através das acções que vamos praticando. Com inúmeros elementos para diversificar a jogabilidade, podemos optar por minar, cultivar, construir ou até lutar contra monstros nas ruínas!
My Time at Portia não deslumbra em nenhuma das vertentes, no entanto, actuando como um todo, encontramos aqui uma experiência bastante agradável para quem gosta de passar tempo a relaxar de videojogos mais exigentes, têm aqui um serão que irá colmatar essa necessidade.
Os visuais seguem o cordão que este jogo cria, com uma palette de cores suaves, muito raramente encontramos tons escuros neste mundo, tirando nas minas ou em ruínas. O estilo artístico escolhido não podia ser melhor, quando se investe demasiado num visual realista perdemos bastante no resto do jogo, pelo que creio que este tipo de arte permite uma maior concentração nas suas mecânicas.
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As vozes são extremamente baixas, pelo que se por exemplo estiver a chover não ouvem ninguém, mesmo que o mundo esteja a acabar… A banda sonora apresenta-se com uma leveza característica ao longo do jogo, não acelerando nem reduzindo a marcha.
É certo que como em todo o simulador, existe muito grind, para quem não sabe, grind consiste em repetir a mesma acção para acumular experiência. Creio que aqui, A Pathea Games insistiu demasiado nas minas, onde passamos cerca de duas horas até conseguirmos começar a desfrutar a sério infelizmente. Não é um infelizmente em que seja algo impeditivo, mas é chato e podia ser corrigido.
É já perto das cinco horas de jogo que o verdadeiro jogo começa, pois começamos a descobrir sobre o Old World com a ajuda de uma espécie de headset que nos permite detectar relíquias eruditas. A partir daí, com os materiais certos, partimos à descoberta de um mundo repleto de surpresas, onde cada esquina nos surpreende, tanto pela positiva como pela negativa (caso encontrem um monstro que nos prega uma lambada).
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Além desta descoberta, irão ainda perder imensas horas a vaguear pelo mundo, com agricultura para ser praticada, cuidar de gado, eventos sociais, ou até mesmo passarmos horas a melhorar a nossa casa para que seja um verdadeiro lar e não o conjunto de tábuas com que nos deparamos no início do jogo. Caso se sintam a pender para o lado romântico da vida, podem também consagrar uma união matrimonial, como podem ver, têm aqui pano para mangas.
My Time at Portia apenas se encontra disponível no computador, pelo que a minha jogabilidade foi completamente flawless, não encontrando um único problema no desempenho ou na renderização do cenário. Creio que esta equipa é exímia na recepção do feedback e reage bastante rápido, o que cria uma relação próxima com a comunidade.
My Time at Portia já está disponível na na Steam e Epic Store para PC, e tem data de lançamento marcada para dia 16 de Abril, para PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.