Na indústria dos videojogos, nem todos os lançamentos são de sequelas ou franquias novas. Por vezes, saem clássicos reinventados, obras adaptadas e segundas oportunidades para franquias conhecidas.
A história é feita de padrões: por vezes repete -se, outras vezes adapta-se!

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Afinal, e com base na sua relação com o passado, que tipos de lançamentos existem? Pois não sei, mas com base na minha opinião e no que leio (cofWikipediacof), classifico-os deste modo:
- Lançamento: jogo novo (capítulo ou franquia)
- Remake: jogo antigo que é novo
- Remaster: jogo novo que é antigo
- Re-lançamento: jogo antigo que é antigo (com lançamento novo)
- Reboot: jogo novo que é novo (com título antigo)
- (eventual) Release: jogo antigo que nunca saiu (até que saiu)
Mas o que diferencia um remake de um remaster? O que pode ser considerado um reboot?
É este o primeiro tema do Neo Retro, uma coluna – esperemos – onde se discute o impacto do retro na atualidade dos videojogos!

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Para começar, não vou falar de jogos completamente novos: ou são franquias novas ou capítulos completamente inéditos numa série familiar.
Também não vou falar de sequelas espirituais, termo normalmente associado a obras que seguem noções ou se passam no universo de outros videojogos.
Por conseguinte, o primeiro tema vai ser…
Remake
E se o jogo fosse criado em/para…?
Remakes são, tal como o nome sugere, recriações de jogos antigos com base noutra tecnologia ou visão. Frequentemente, acabam por ser bastante diferentes dos originais, seja em termos visuais ou de jogabilidade.

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O Resident Evil da GameCube é um excelente exemplo de remake: não só tem gráficos e som adaptados à “nova” geração, como também uma jogabilidade refinada.
Como aparte, é importante realçar que os remakes nem sempre são reinvenções adaptadas ao contexto “actual”. Aliás, há remakes baseados em épocas mais antigas que a original (demakes).

Em suma, um remake não é só uma adaptação a um meio tecnológico; é sim uma reinvenção do conceito e, consequentemente, reflexo do contexto a que se aplica!
Remaster VS Re-lançamento
Como posso Relançar o jogo em/para…?
Para mim, remaster é uma adaptação mínima de um jogo a outra plataforma ou contexto, mantendo-se praticamente idêntica à original.
Em contraste, um re-lançamento é… exactamente o mesmo jogo!

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Enquanto que o remaster pode ter gráficos ou som retocados, ou mais algum modo ou funcionalidade, o relançamento é a experiência pura, sem “modernices” (vem num pacote com extras, no máximo!)
E enquanto remasters saem em plataformas actuais, o “relançado” pode requerer máquinas antigas ou aplicações pouco “acessíveis” (como emuladores). E enquanto remasters incluem clássicos da PlayStation 3 na sua sucessora (God of War 3, etc.), relançamentos são frequentes em lojas como o Good Old Games (Diablo, Fallout, etc.).
Também há os ports: jogos simplesmente lançados em plataformas diferentes. Normalmente não os considero relançamentos, por não serem na plataforma original, mas será correto chamá-los de remaster quando não tem melhorias perante os originais?

Reboot – tudo novo (menos o nome)
que fazer para tornar… relevante de novo?
Para mim, esta é a definição mais ambígua de todas. Isto porque podemos chamar reboot a tudo o que tente revigorar uma franquia adormecida com um jogo completamente novo, mas que, possivelmente, herda o título do original!
Vejam só os casos de Mortal Kombat (2011), Tomb Raider (2013), Prince of Persia (2008) e…

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(eventual) Release – e ao terceiro década dia, ressuscitou!
Como seria se… tivesse saído?

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Estou convencido que já se interessaram por um jogo que é, por algum motivo, cancelado.
Eu lembro-me de casos como Star Fox 2, 40 Winks na Nintendo 64 e Sonic X-Treme.
Felizmente, existem hoje casos muito interessantes de jogos cancelados há décadas e que acabaram por sair, muitos deles até na plataforma original! E não são remake nem reboot, porque simplesmente nunca saíram.
Realmente, devíamos agradecer a bruxarias como a internet, o crowdfunding, e a especialistas como a Piko Interactive por estes sucessos! Esta última, além de 40 Winks na N64, também recuperou…

Finalmente, temos ainda casos de fãs a recuperar projectos perdidos, como este clone de Street Fighter. E, quem sabe, talvez ainda recuperemos Sonic X-Treme na Sega Saturn…
E tu, o que és?
Gostaria de terminar com um desafio. Com base no que leram e na vossa opinião, como classificariam cada um destes lançamentos?
- Bionic Commando (2009)
- Bionic Commando Rearmed
- Final Fantasy VII (Switch, PC, etc…)
- Jogos NES para a Nintendo Switch
- Resident Evil (2015)
- jogos em Super Mario All-Stars
- Super Mario Bros. Deluxe
- Super Mario Advance
- Ultracore (Hardcore) – jogo cancelado da DICE, será lançado em plataformas Sony
Que outras categorias considerariam? E que casos de lançamentos de remakes, remaster ou reboot? Dêem-nos o vosso feedback!