Ainda me lembro da primeira vez que coloquei as mãos na Nintendo Switch. A experiência de poder jogar os jogos em qualquer lugar, a facilidade de partilhar a experiência de jogo com amigos e o incrível The Legend of Zelda: Breath of the Wild foram marcos importantes que ficaram retidos na minha memória.
No entanto, conforme os anos foram passando, a velhice deste prático hardware foi sentindo-se aos poucos. Mesmo com brutais exclusivos jogos Nintendo, havia sinais de fraqueza do hardware que se tornavam cada vez mais notórios.
Com a introdução de novos hardwares (Nintendo Switch Lite e Nintendo Switch OLED) o processador sempre se manteve idêntico, não permitindo esta família de consolas acompanhar graficamente os lançamentos prometidos para as consolas rivais no mercado.
Contudo, passados então oito anos, eis que a Nintendo, finalmente, decidiu abrir portas à nova geração, levantando o véu à sua nova criação: a Nintendo Switch 2! Uma consola totalmente reimaginada para a indústria do gaming atual, com novos gimmicks, novos processadores e várias melhorias ao nível dos comandos e ecrã, ultrapassando alguns dos problemas que assombraram a antecessora Nintendo Switch.
Tendo passado aproximadamente duas semanas com esta nova consola, penso já ter o conhecimento necessário para dar uma opinião formada e, ao mesmo tempo, conseguir ajudar-te a decidir se vale a pena investir nesta nova geração Nintendo. Então, sem mais demora, vamos conhecer a Nintendo Switch 2!
Tamanho grande e um ecrã de adorar
A nova Nintendo Switch 2 é bem maior que a Nintendo Switch original. É notória esta diferença assim que abri a caixa e a comparei com a antiga. Parece que estava a comparar algo robusto e de qualidade com um brinquedo barato!
Também o receio de que a consola seria demasiado grande para mim foi de imediato embora assim que a coloquei nas mãos. A grossura permanece inalterável, bem como o conforto, conseguindo chegar a todos os controlos com os dedos.
Em contrapartida, o peso da consola poderá tornar-se fatigante para alguns que gostam de jogar deitados. Estamos a falar de um objecto que agora supera as 500 gramas, quando comparado com os 400 da original.
Para acompanhar o novo tamanho, temos agora um grande ecrã de 7.9 polegadas, ligeiramente superior ao da Nintendo Switch original (6.2 polegadas). No que toca à resolução, falamos de um ecrã de 1080p, o dobro dos pixels da antecessora.
Em cima disto, temos agora uma taxa de refrescamento variável de 120hz e ainda suporte HDR! Mesmo que o novo ecrã seja LCD e não OLED (como a Nintendo Switch OLED), estamos a falar na mesma de um belíssimo ecrã que consegue proporcionar cores vivas e grandes contrastes.
Se há algo negativo a falar acerca do ecrã é a luminosidade do mesmo, a qual possui apenas 450 nits. Para leigos, isto quer dizer que, ao ar livre, podemos não ter a melhor experiência de jogo, tornando-se difícil de ver o que se passa no ecrã, em especial em cenários de jogo mais escuros.
Não obstante, este problema é transversal a todas as outras consolas da família Nintendo Switch. Por isso, se já estavas habituado a lidar com o problema, com a Nintendo Switch 2 pior não será.

Um pormenor que continua ausente neste hardware da Nintendo é um pequeno indicador LED na consola. Este seria útil tanto para saber quando a minha consola está carregada e em funcionamento, como também para detectar problemas de hardware, através de códigos de luz. Isto tanto ajudava o próprio consumidor como. também. o suporte técnico a detectar e solucionar problemas comuns.
Pegando naquele que era o pior suporte alguma vez criado para uma consola portátil (estou a falar da Nintendo Switch original), este novo hardware pegou no conceito da Nintendo Switch OLED e ajustou-o, transformando este num suporte fino em forma de “U” em metal. Com este, é possível ajustar o ângulo da consola até 150 graus, oferecendo uma melhor visão do ecrã dependendo da situação.
Em termos de armazenamento, 256GB estão incluídos internamente na consola, um valor minimamente suficiente, dado que os jogos desta geração são ligeiramente maiores do que a Nintendo Switch original.
Caso haja a necessidade de obter mais espaço, podes colocar um cartão Micro SD, mas não um qualquer. Os cartões devem ser de rápida leitura (com o símbolo “EX” ou “Express”). Estes, infelizmente, não são baratos, rondando os 60€ por um cartão de 256GB (à data deste artigo).
Se tentares colocar outro cartão, este não vai funcionar com os jogos, apenas permitindo guardar capturas de ecrã ou vídeo. Se és um jogador que gosta de ter tudo em digital e guardado na consola, vais ter que abrir a carteira.

Bateria maior, mas ligeiramente pior
No que toca à bateria, temos agora uma bateria maior a morar na consola. Porém, isto não se traduz numa melhor autonomia; aliás, mais pelo contrário. Ainda que a consola seja nova e não esteja devidamente calibrada, posso apenas relatar que, numa sessão de Mario Kart World, em modo portátil com o brilho trancado a 50%, obtive 2 horas e 45 minutos até ver o alerta de que a bateria estava já nos 5%.
Ora, acredito que poderia chegar às 3 horas de jogo se baixasse ainda mais um pouco o brilho, mas ainda assim preferi optar por não forçar mais e dar-lhe o sumo que precisava para recuperar as energias.
Ainda que seja um tempo “decente”, este fica muito aquém quando estamos numa viagem longa de comboio ou avião, necessitando sempre de ter uma tomada à mão, ou um Power Bank.
Falando neste último, terás de ter um que consiga ter um output de energia de pelo menos 22W. Caso uses um inferior, a tua Nintendo Switch poderá não conseguir carregar enquanto jogas, lentamente drenando a bateria que tem restante.
Contudo, os carregamentos são lentos, não havendo os carregamentos rápidos que já estamos habituados a ter em alguns dos nossos Smartphones. Isto surge como uma medida de segurança para evitar que a bateria entre em stress e se deteriore mais rapidamente, pois não sabemos quanto tempo levará até termos a próxima consola Nintendo.
Assim sendo, carregar a Nintendo Switch 2 levará cerca de 3 horas, o mesmo que a antecessora.
Os Joy-Con 2 e as suas melhorias

Falemos agora dos novos Joy-Con 2, a outra principal melhoria desta nova consola.
Estes são agora maiores e, mais importante, confortáveis de segurar. Albergam botões maiores, dando o grande destaque para os botões SR e SL que tiveram um aumento bem notório, comparativamente com os Joy-Cons originais.
Contudo, o pressionar dos botões continua idêntico aos originais, com um clique mais “duro” em contraste com os comandos Pro. Para juntar ao mau, infelizmente não foi desta que tivemos gatilhos analógicos, pois estes seriam uma melhoria crucial para os vários jogos de corridas.
No que toca aos analógicos, estes foram também revistos, sendo agora maiores e com melhor suavidade. Se esperavas melhorias no que toca ao drift, as notícias não são as melhores: continuamos com a mesma tecnologia presente nos Joy-Con originais, que é propícia ao drift.
Apesar de tudo, os analógicos foram refeitos com o infame problema em mente, então estes drifts poderão vir a ser menos frequentes e, caso aconteçam, é acionar a garantia junto da loja. Em conclusão do assunto, é muito cedo ainda para avaliarmos estas melhorias.
Focando no interior destes comandos, temos presente o novo e mais forte motor HD Rumble 2, que consegue agora replicar ainda com mais realismo alguns objectos e vibrações.
Em adição, continuamos a ter sons reproduzidos através destes motores, graças às frequências de vibração. Com isto, fico a pensar se não podiam simplesmente colocar uma pequena coluna, à semelhança do que tínhamos na Nintendo Wii… Enfim.
A nova maneira de encaixar os comandos magneticamente é, talvez, das coisas mais satisfatórias e mágicas que já vi. É muito fácil de os encaixar e desencaixar na consola usando os botões de desacoplamento. Sem usares esses botões, é preciso fazer uma força considerável para os remover.
Parece magia negra como estes ímans têm força suficiente para ficarem fixos na consola, conseguindo suportar o peso dela ao pegar num só Joy-Con 2 (independentemente, não aconselho a fazeres isto, pois pode correr mal).

Além desta novidade, temos agora o modo rato, que permite que os Joy-Con 2 ajam como um rato, permitindo jogar títulos de shooters, como Fortnite e o novo Cyberpunk 2077. Ambos os Joy-Con 2 possuem esta funcionalidade, então não haverá problema para os canhotos.
Graças aos novos Straps, podemos ter uma base mais adequada para usar estes “Joy-Mouse”, tanto numa mesa ou até na perna; o sensor é realmente bom a captar movimentos. Além disto, estes possuem um giroscópio, o que permite rodar o cursor para realizar movimentos específicos.
Caso perfeito de exemplo foi durante o mini-golfe no Nintendo Switch 2 Welcome Tour, em que pude inclinar o taco ao ângulo que queria para acertar na bola. Só o tempo dirá, mas certamente veremos muitos títulos a tirarem proveito destas novas funcionalidades dos comandos.
Para uma nova experiência mais nítida e envolvente, temos agora novas colunas surround presentes na nova consola, que proporcionam uma sensação de som 3D, no mínimo, interessante. Ao ter testado estas colunas com a Demo de som de helicóptero no Nintendo Switch 2 Welcome Tour, senti que estava realmente algo a voar à minha volta!
É um fantástico upgrade em relação às fracas colunas da Nintendo Switch original e até mesmo às da Nintendo Switch OLED.
A nova Dock

A nova Nintendo Switch 2 acompanha agora uma nova dock, com um novo design e novas capacidades de output de vídeo. Também, à semelhança da dock da Nintendo Switch OLED, podes contar com uma porta de rede por cabo, para aproveitares o máximo possível da tua rede de internet.
Esta tem a capacidade de output de imagem a 4K, a 60 FPS, com suporte HDR. O quanto eu desejei por este dia!
Tendo testado este output numa TV OLED da LG C3, posso confirmar que as imagens estão bem nítidas e com cores vívidas. No entanto, sei que há ajustes a fazer na questão dos contrastes de HDR, pois existem alguns problemas com algumas TVs que não suportam determinadas definições de cor.
Eu, pessoalmente, fiquei satisfeito com o resultado da minha, tendo já testado jogos como Mario Kart World, o novo pack de melhoria gráfica para The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom e, ainda, o Super Mario Odyssey.
Para ajudar na produção deste novo desempenho gráfico, foi incluída uma ventoinha no interior da Dock, para ajudar a consola a não sobreaquecer. Esta é possível fazer-se ouvir durante os períodos mais exigentes da consola, mas não ao ponto de se tornar em algo incomodativo.
No entanto, sugiro que evites colocar a dock e consola num local fechado ou em cima de material têxtil ou com muito pó, pois a ventoinha da dock extrai o ar de baixo para ajudar no arrefecimento.

Tudo isto não poderia ser possível sem o novo processador, desenvolvido pela NVIDIA, que possui capacidades gráficas espetaculares e também tecnologia de machine learning (IA), que permitem fazer um upscaling dos visuais, para que consigamos ter estas resoluções de 4K com o mínimo de esforço possível. Este é o verdadeiro segredo da nova Nintendo Switch 2.
Pessoalmente, não te quero aborrecer com detalhes técnicos nem dar uma palestra sobre CUDA Cores, mas o que posso dizer é que temos um poder gráfico que se encontra entre uma PlayStation 4 e uma XBOX Series S.
Com isto, esperemos que esta geração consiga acompanhar as futuras novidades ao nível de hardware da concorrência, que permita aos desenvolvedores continuar desenvolver ports para a consola.
Num aparte, se estás com ideias de colocar a Nintendo Switch Original nesta Dock, podes riscar a ideia do teu caderno. A Dock de cada geração Nintendo Switch só funciona com a respectiva consola.
Portanto, se vais continuar a utilizar ambas, vais ter que arranjar espaço para as duas docks.
Para finalizar, gostei do facto de que agora temos um pequeno som emitido pela consola quando esta é ligada, enquanto está inserida na Dock. Algo semelhante às consolas XBOX Series e PS5.
As conectividades
Se há algo que a Nintendo Switch original precisava era de um melhor sistema de rede sem fios.
Felizmente, podemos agora contar com o protocolo Wifi-6, que não só concedeu excelentes velocidades de download, como também a ausência de instabilidade de rede durante o processo. Consegui, facilmente, reaver a grande parte dos meus jogos digitais em menos de uma hora, um avanço brutal em comparação com a Nintendo Switch Original.
Além disto, este protocolo também abre portas a melhores sessões de jogos em streaming, levando-me a crer que, no futuro, possamos jogar jogos ao estilo do XBOX Game Pass nesta portátil.
Em contrapartida, verifiquei que, caso jogue um jogo online, os downloads poderão entrar em pausa, para garantir que a sessão de jogo não sofra anomalias. Não sei, com certeza, como é que o sistema gere estes recursos de rede, mas não fiquei muito contente em verificar que esta política da Switch original continua aqui.
Já no Bluetooth, temos a versão 5.2, permitindo melhor conectividade e com menos Lag quando utilizado com equipamentos compatíveis com a mesma versão.
Em contraste, tive um problema quando tentei conectar umas colunas Bluetooth que, uma vez conectadas, não me permitiram jogar multijogador com dois pares de Joy Con 2, alegando que haveria problemas de sinal e daí não ser possível.
Sem dúvidas, existem algumas limitações que ainda não percebi se são ao nível do hardware ou Software. Contudo, espero que consigam ver resolvidas com alguma atualização de melhoria no futuro.

Curiosamente, temos o suporte para alguns periféricos que não são oficiais da Nintendo.
Falo, por exemplo, de utilizar uma Webcam em vez da câmara oficial. Neste, consegui facilmente ligar a minha Logitech c920 à Dock da consola, de imediato reconhecendo-a e utilizando-a nas minhas sessões de jogo!
Esta ainda conseguiu fazer uso da deteção de rostos, tal como a oficial, já que tudo é feito através do Software e não da câmara em si.
Já nos restantes, foi também reportado a possibilidade de conectar um rato e teclado USB. Infelizmente, ainda não consegui testar estes periféricos.
A nova Nintendo Switch 2 acompanha também agora um microfone incorporado que, em conjunto com os ajustes ao nível do software, consegue captar com precisão as vozes.
Mesmo tendo a minha consola na Dock, a quase 2 metros do meu sofá, consegui comunicar com outros amigos claramente, anulando alguns ruídos ao redor. Caso precises de utilizar o teu headset pessoal, o novo comando Pro da Nintendo Switch 2 vem agora com um Jack, para que seja possível conectares o headset e utilizares o microfone do mesmo.
Um preço mais puxado para algumas carteiras
A Nintendo Switch 2, atualmente, custa cerca de 470 euros. Esta vem com os típicos acessórios: o Joy-Con Grip, os Joy-Con Straps, a Dock, um cabo HDMI certificado e o carregador. Este último, em particular, vem agora com o cabo USB-C separado, podendo, no futuro, trocar por outro maior, ou substituí-lo em caso de dano.

Entretanto, ainda estou incrédulo como é que não puderam incluir o Nintendo Switch 2: Welcome Tour nesta consola. Um Software minimamente interessante que poderia entreter os mais curiosos e, talvez, impulsioná-los a adquirirem os acessórios da mesma.
Tirando este assunto da frente, temos também um bundle de 510 euros, que traz, também, a versão digital do novo título de lançamento, Mario Kart World. Esta, a meu ver, é a opção mais acertada (no contexto financeiro) caso queiras entrar na nova geração, a menos que odeies mesmo a franquia de Mario Kart.
Software
Chegando, agora, ao sistema interior da Nintendo Switch 2, temos uma apresentação semelhante à da antecessora, não mudando muito o resto.
Mais uma vez, não temos a presença de qualquer música de fundo neste menu, apenas mudando alguns dos sons dos botões para uma versão “moderna” da antiga Switch.
Contudo, para piorar, a página de perfil continua desapontante, sem poder ver com exatidão o tempo de jogo que passei com cada jogo ou a lista completa de todos os jogos que já joguei.
Algo que sempre me preocupou na antiga geração era a impossibilidade de colocar uma password de proteção para evitar acessos indevidos à consola.
A solução alternativa seria aplicar controlos parentais para conseguir aplicar essas proteções, mas isso requer processos adicionais, como a instalação de uma aplicação no Smartphone dedicada.
Agora, nesta nova consola, já temos a opção de bloquear a consola com um PIN, impedindo de todo que alguém a acesse. Ainda que isto acrescente mais tempo até poder entrar na consola, eu prefiro jogar sempre no seguro e proteger os meus conteúdos.

Na categoria do Álbum, continuamos com a possibilidade de tirar screenshots, estando estes em 1080p (infelizmente, 4K está fora). Já nos vídeos, verifiquei que estes são registados com os mesmos 30 segundos, com a resolução aceitável de 1080p a 30 FPS.
No entanto, uma das grandes adições aqui foi a maneira como agora as imagens e vídeos são partilhadas. Em vez do processo moroso da antiga Switch, em que tinhas de ler um código QR usando o Smartphone, agora as fotos e vídeos podem ser diretamente enviados para a App Nintendo Switch!
Isto tanto manualmente como de forma automática, garantindo sempre que tens os teus últimos 100 registos guardados na App. Porém, estes uploads só permanecem na App durante 30 dias, pelo que terás que submeter novamente ou guardares na memória do teu Smartphone.
Em suma, esta funcionalidade salva-me imenso tempo durante as minhas análises, quando necessito de aceder a alguns conteúdos para os colocar no site, bem como facilmente partilhar alguns momentos divertidos de jogos com amigos e familiares.
A Nintendo Eshop sofreu, também, uma melhoria substancial, relativamente à da sua antecessora. Agora, é mais fluido transitar entre os vários menus, adicionando também alguns menus, como a lista de favoritos que se encontra logo refletida nas opções laterais.
No entanto, a introdução inicial da loja foi removida, surgindo, de imediato, a página inicial da loja com os destaques, encurtando o tempo por uns segundos, para aqueles que têm pressa em ir fazer compras.
Game Chat e a partilha de jogos com Game Share
A nova funcionalidade de Game Chat veio trazer, agora, a possibilidade de poder criar sessões de jogo com amigos. Esta permite criar uma sala com mais 3 outros amigos com uma consola Nintendo Switch 2 com um pressionar do botão.
Nas sessões que tive com um amigo, pude facilmente conversar, ao mesmo tempo que tinha uma câmara ligada e ainda a transmitir os jogos que ambos estávamos a jogar.
Ainda que esta parte da transmissão do jogo esteja limitada a poucos FPS (15-20), consegue servir o seu propósito de mostrar o que o outro jogador está a fazer.
Infelizmente, este serviço será pago a partir do próximo ano, pelo que creio que nessa altura muitos vão preferir migrar (ou voltar) para o Discord, a plataforma de eleição de muitos jogadores.

No que toca ao Game Share, agora é possível fazer a partilha de alguns jogos com outra consola que não tenha o jogo. Esta ferramenta deixou-me com dúvidas ao início, mas assim que a testei, apercebi-me logo de como funciona.
Basicamente, a Nintendo Switch 2 está a fazer uma transmissão de vídeo para a outra consola. No entanto, o que a outra pessoa está a ver é diferente do que tu vês.
Por exemplo, no 51 Worldwide Games, quando jogas um jogo de cartas, tu estás a ver a tua mão de jogo, enquanto o outro está a ver as cartas dele. É uma espécie de Parsec em esteróides!
Atualmente, só um pequeno número de jogos é que suportam o Game Share, estando, também, a transmissão de origem limitada à Nintendo Switch 2.
Caso alguém tenha uma Switch original, é possível que esta também de junte localmente via Game Share. No caso de duas pessoas terem uma Switch 2, estas conseguem, também, jogar online via Game Chat.
Tendo experimentado este último com um colega, posso confirmar que este modo funcionou sem grandes problemas, havendo um pequeno aviso inicial de fraca rede que, em poucos segundos, normalizou.
A qualidade da transmissão não é a melhor de sempre, pois está limitada a 720p a 30fps; porém, é completamente usável! Preferível isto do que não ter nada!
Jogos!
Chegando ao último tema desta análise, vamos falar dos jogos!
Como já deves ter percebido, a Nintendo Switch 2 alberga uma arquitetura completamente nova para executar os jogos. Porém, graças a uma espécie de emulação, vais conseguir jogar praticamente todos os jogos da Nintendo Switch original.
Isto são boas notícias para quem já tinha uma biblioteca grande de jogos antiga.
Mas o melhor está para vir: dado que temos agora uma memória mais rápida, os jogos da antiga Switch carregam ligeiramente mais rápido e, em alguns casos, apresentam melhorias de performance.
Alguns jogos receberam updates (gratuitos) próprios, que deram um boost incrível, permitindo correrem a 4K a 60 frames, que é o caso (por exemplo) do jogo Pokémon Scarlet e Pokémon Violet.
É ABSURDA a diferença entre as duas consolas – só mesmo vendo para acreditar!

Outros jogos também tiveram um update de melhoria gráfica mais a fundo. Os dois grandes exemplos são o The Legend of Zelda: Breath of the Wild e The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom.
Estes, apesar de serem um update pago – ou gratuito, caso possuas uma assinatura Nintendo Switch Online: Pack de Expansão – vem com mais algumas funcionalidades, como um modo de voz assistido e interativo, que podes utilizar usando o teu Smartphone.
Mais uma vez, estas melhorias visuais são de encher os olhos com prazer, encorajando-me novamente a jogar tudo de novo!
Um lançamento calmo, mas prometedor
Quando falamos de um lançamento de consola, esperamos que uma boa onda de lançamentos esteja disponível. Neste caso, a Nintendo lançou apenas dois exclusivos novos, o Nintendo Switch 2 Welcome Tour e o Mario Kart World, sendo este último o grande título de destaque.
Isto é apenas o ínicio, sendo que Donkey Kong Bananza, Metroid Prime 4: Beyond e Hyrule Warriors: Age of Imprisonment são alguns dos destaques prometidos para este ano.
Fora estes títulos, muitos outros jogos third party migraram para a nova geração, destacando logo o Cyberpunk 2077 como o perfeito exemplo. Quem diria que um dia estaríamos a jogar este jogo de peso numa consola Nintendo?
Infelizmente, não tive ainda a oportunidade de o jogar para contar como foi a experiência em primeira mão. Contudo, o jogo está a ser bem recebido pela comunidade.
Por fim, falemos nos preços. A Nintendo aumentou os preços dos seus exclusivos, indo dos 60 euros para os 80 euros. No caso de Mario Kart World, este chega aos 90 euros na sua versão física.
Este salto foi substancial, tanto que muitos fãs não se contiveram, mostrando o seu desagrado pelas redes sociais e, até mesmo, durante as transmissões em directo da Nintendo.
Eu próprio sei que vou ter que me conter em alguns lançamentos específicos, dado que a minha carteira não cresceu ao mesmo ritmo que estes aumentos. Dito isto, esta geração não vai ser barata, cabendo a ti valorizar o que é mais importante: comida na mesa ou um novo Metroid.
Para piorar a situação, temos o caso dos jogos físicos, cujo cartucho de jogo nem sempre estará presente na caixa ou o próprio cartucho só possuir a licença para jogar o jogo.
Estamos mesmo a caminhar para o fim dos jogos físicos, ficando reféns dos servidores destas empresas para conseguirmos descarregar e baixar os nossos jogos.
Um resumo final
Em conclusão, a Nintendo Switch 2 não parece, necessariamente, uma nova geração, mas sim a tal versão “Pro” que já pedimos há um par de anos atrás.
As melhorias gráficas são significativas e a retrocompatibilidade presta um papel muito importante para os jogadores da Switch 1 com um grande catálogo montado.
Se não fossem os custos elevados para entrar nesta geração, eu aconselhava-te já a dares o mergulho.
Não obstante, se estás com vontade de jogar alguns títulos que estavam no teu backlog, com as melhorias gráficas, se és um grande fã de Mario Kart ou simplesmente estás insatisfeito com a performance da tua velhinha Switch, considero a tua decisão de comprares uma Nintendo Switch 2 válida.