A Nintendo Switch 2 finalmente chegou! E com as novas melhorias, tanto ao nível do hardware como do Software, o apropriado seria explicar devidamente como tudo funciona para que nós, jogadores, possamos entender e experimentar um pouco de tudo destas novidades.
Foi então que o novo software de lançamento da consola, Nintendo Switch 2 Welcome Tour nasceu, prometendo revelar quase todos os segredos deste novo hardware Next Gen da Nintendo! Contudo, há muitos asteriscos presentes neste software a discutir.
E será, então, com esta análise que vais perceber se este Software é algo que deve ocupar o espaço na tua nova consola!
Indo directo ao assunto
Sem rodeios, vamos diretos ao assunto e abrir com a pergunta: porque é que tenho que pagar 10 euros por este “manual” de instruções interactivo? Penso que 99% da humanidade ainda não chegou a uma resposta!
Desde o momento que soube que teria que pagar para conhecer melhor a minha consola, apercebi-me de que não estou mais na antiga Nintendo, onde podia contar sempre com alguma peça de Software para poder testar todas as capacidades da consola. Lá vão os bons tempos da Nintendo Wii e Nintendo 3DS…
Enfim, esta jogada da Nintendo foi descabida e até mesmo o ex-presidente da Nintendo America, Reggie Fils-Aimé, teve a mesma opinião acerca do assunto.
Pessoalmente, poderia aceitar que este valor estivesse incluído como custo escondido da consola (pagando 480 euros em vez dos 470), ou então ser gratuito para os membros do Nintendo Switch Online, em vez desta forma crua e fria de “agradecer” a todos os fãs da marca pelas astronómico sucesso da Nintendo Switch.
Represálias à parte, vamos continuar com a análise.

Ao entrarmos pela primeira vez no Software, somos surpreendidos com aquilo que poderia chamar de “verdadeira introdução” à Nintendo Switch 2. A sério, esta poderia ser a introdução perfeita assim que ligasse a consola pela primeira vez!
Revelando os vários pontos-chave da consola, incluindo os acessórios, esta seria aquela “eye candy” que qualquer um gostaria de ver.
À porta deste museu, somos abordados com a escolha do nosso avatar. Aqui, em vez de criarmos o nosso avatar, temos que o escolher entre as centenas que estão na longa multidão. Uma vez entrando neste museu/escola de aprendizagem, há várias coisas que podemos fazer.
Assim por alto, explico as principais atividades: testes, demos, mini-jogos e caça aos carimbos. Vou abordar cada um ao detalhe já de seguida:
Testes
Nos Testes, é-te dada matéria sobre um determinado tema, respeitante à área onde te encontras. Por exemplo, se tiveres na zona do Joy-Con, será dada matéria relativa ao HD rumble, sensor do rato, design, ergonomia, etc..
Feito o teu estudo, podes pôr à prova os teus conhecimentos no balcão de teste e responder a um pequeno número de questões múltiplas. Estas questões na generalidade são fáceis de responder. Para facilitar ainda mais, há sempre uma das 4 possíveis opções cuja resposta é sempre ridícula e cómica.
Caso erres alguma pergunta, és reprovado na avaliação final do teste, porém, para ajudar, a(s) matéria(s) respeitante(s) à(s) pergunta(s) que erraste vão marcadas no mapa. Desta forma, poderás voltar a lê-las e ver o que falhou.

Confesso que até foi engraçado entender algumas filosofias e conceitos de hardware aplicados na Nintendo Switch 2 e os respectivos acessórios.
A Nintendo abriu mesmo portas aos vários segredos de como as coisas funcionam por dentro e por fora, e até mesmo fazendo referências às consolas e jogos passados, como o Game Boy Camera e até mesmo ao Satellaview, algo que nunca tinha ouvido falar.
Em suma, no que toca à informação e conhecimento, estes superaram bem as minhas expectativas!
Demos

Quando vamos a um Museu de ciência, nem sempre tudo pode ser só paredes de texto e imagens bonitas em molduras. Temos sempre algo para testar e experimentar.
Dito isto, em Nintendo Switch 2 Welcome Tour temos o mesmo conceito, podendo experimentar uma série de demonstrações relativas ao hardware da nova geração. Entre as várias, pude testar os novos HD rumble utilizando maracas, podendo sentir as várias esferas no interior de cada uma ao abanar os JoyCon; testei ainda as melhorias gráficas do novo processador, comparando lado a lado o upscaling dos gráficos, o que me deixou deveras surpreendido; e ainda pude jogar o primeiro nível de Super Mario Bros. da NES do início ao fim na TV em 4K, na sua escala original, podendo ver todo o nível percorrido no ecrã.
Estas e muitas outras demos vão deixar-te surpreso com as novas capacidades da Nintendo Switch 2!
Minijogos

Em complemento das Demos, temos ainda os minijogos. Estes, como o próprio nome indica, são pequenos jogos que nos ajudam a dominar algumas destas novas tecnologias, ao mesmo tempo que nos proporcionam momentos de diversão em doses únicas.
Coisas como usar o rato para fugir de bolas espinhosas a cair, jogar um fps para rebentar com vários balões em tempo recorde ou até mesmo jogar mini golfe usando o rato com giroscópio são alguns dos vários exemplos que mais se destacaram durante o Welcom Tour.
Acima de tudo, estes minijogos deixaram-me a pensar como serão os futuros jogos da Nintendo, que irão utilizar estas novas capacidades da Nintendo Switch 2.
É garantido que vamos testemunhar grandes invenções, como as que já pudemos observar com o Nintendo Labo, lançado na Nintendo Switch original.
Carimbos

Por último, temos a caça aos carimbos. Este é, talvez, das atividades mais importantes e, ao mesmo tempo, mais demoradas deste pedaço de Software pago.
Digo isto porque, em cada zona onde te encontras, terás que procurar os vários carimbos escondidos. A única “dica” que tens é que cada carimbo respeitante a uma parte desse acessório/consola. Seja um botão, um sensor, um chip ou um conector, qualquer peça que nos pareça importante é um local a explorar.
Contudo, se não gostas deste modo, temos pena, pois este é o principal elemento de progressão. Não poderás avançar para a próxima zona sem encontrares TODOS os carimbos dessa zona.
Isto, para muitos, é algo que poderá tornar-se num verdadeiro tédio, em particular nas alturas em que não estamos a conseguir encontrar aquele último carimbo, acreditando já ter explorado tudo.
Numa adição à parte, temos ainda objectos perdidos. Em cada zona existe 1 objecto perdido, cujo único objectivo é regressares ao ponto inicial para entregares na recepção.
Ora qual a recompensa para isto? Nenhuma, apenas uma frase a dizer parabéns… Enfim, tanto trabalho para isto…
Bastante tempo gasto nesta “escola”
No total, Nintendo Switch 2 Welcome Tour consumiu entre 6 a 8 horas. Infelizmente, não consegui ser mais específico, dado que ainda não conseguimos ter os tempos exactos do software/jogo que utilizamos/jogamos na Nintendo Switch 2 (a sério, Nintendo?).
Apesar de ter explorado o máximo possível, posso dizer, desde já, que, caso não possuas os vários acessórios da nova Nintendo Switch 2, não conseguirás entrar em algumas demos ou minijogos. Isto foi o meu caso – apesar de ter conseguido utilizar a minha webcam da Logitech para poder usufruir das demos da câmara, não pude realizar os testes com o comando Pro!
Ora, se és um perfeccionista e gostas de completar tudo, vais ter que desembolsar ainda mais dinheiro (ou pedir emprestado a alguém) só para conseguires os acessórios para terminares o jogo a 100%. Isto é deitar sal na ferida dos 10 euros!
Pessoalmente digo, se Nintendo Switch 2 Welcome Tour já estivesse incluído na consola, este, só por si, incentivava as pessoas a comprarem os outros acessórios, só para poderem explorar tudo o que o software tem para oferecer!

No que toca à sua apresentação gráfica, Nintendo Switch 2 Welcome Tour apresenta um estilo 3D muito limpo, porém detalhado, da Nintendo Switch 2 e os vários acessórios. Com uma escala massiva comparativamente com o teu avatar, consegues ver os vários componentes ao mínimo detalhe, especialmente quando acedes aos componentes internos destes.
Já na área da música, não há muito a dizer aqui, senão a inclusão de músicas calmas, lembrando muito a entrada dos museus de peso artístico. Nada que nos aqueça nem arrefeça o espírito.