Se na tua infância te lembras de seguir as peripécias de dois irmãos muito peculiares, vulgo, Cat-Dog, então de certeza que Phogs te desperta alguma curiosidade. Este trata-se do mais recente título Indie da Coatsink, e desafia-te a ti e a um amigo a controlarem dois cachorrinhos unidos pelo mesmo corpo.
Phogs apresenta um mundo colorido de cores saturadas e vibrantes, fruto de um imaginário ríquissimo que sem dúvida irá popular as fantasia dos mais pequenitos que como eu se apaixonarem por este puzzle de plataformas.
Com efeito, Phogs trata-se de uma aventura onde os dois irmãos, Blue e Red, exploram 3 mundos com um level design extremamente criativo! Cada mundo corresponde a uma actividade típica da vida rotineira dos nossos amigos de quatro patas: Comer, Brincar e Dormir, onde uma vasta rede de níveis por explorar, te direcciona a enfrentares um Boss final que detém uma das três relíquias de que necessitas para completar o jogo.
Contudo, é importante referir que neste jogo não há verdadeiramente inimigos, mas sim pequenas armadilhas e artimanhas que no máximo podem-te atrasar um bocado na tua progressão pelos níveis, ou fazer-te cair do mesmo, dado que nos encontramos num plano acima das nuvens.
Com uma barriga elástica, é possível a Blue e a Red deterem alguma independência de movimentos, mas como qualquer elástico, estes possuem um limite de elasticidade, e o primeiro a largar o gatilho, saíra disparado na direcção do outro. O que até poderia ser uma mecânica interessante, mas na verdade durante todo o jogo, sente-se que os nossos movimentos não são totalmente controláveis, sendo que as personagens deslizam mais do que andam. É com este andar meio gelatinoso que supostamente tens de completar os puzzles que te são apresentados e encontrar os ossinhos escondidos nos níveis.
De facto, Phogs apresenta um segundo desafio para os jogadores que adoram coleccionar e finalizar os jogos a 100%. Encontrando os ossinhos espalhados pelos níveis, tens acesso a uma área onde podes personalizar as tuas personagens com chapeuzinhos que recebes de uma espécie de bolinha de gashapon. Um factor que talvez atraia alguns jogadores a regressarem ao jogo, mesmo após este ter sido terminado.
No entanto, e apesar de toda esta criatividade, Phogs sofre de vários glitches que te levam a que por vezes tenhas de reiniciar o jogo na tua Nintendo Switch para conseguires fazer determinadas ações para progredires. De facto, não foram raras as vezes em que numa sessão de jogo tive de reiniciar o mesmo mais de 2 vezes em situações diferentes.
As ações que poderás realizar para interagir com estes mundos, baseiam-se sobretudo em morder um objecto, ou agarrá-lo e transportá-lo na boca. Mas não é tudo! Podes ladrar para te fazeres ouvir e assustares uma ou outra criatura, mas mais importante que isso, podes por exemplo morder uma fonte com um dos cães, e verter água pela boca do outro qual mangueira! Entre água, vento, gelo, e luz, muitas são as mecânicas que colocarão este mundo em movimento e te ajudarão a resolver o trajecto de cada nível.
Apesar dos glitches e da frustração que é por vezes teres de coordenar o teu movimento com os movimentos do outro jogador (especialmente se os vossos comandos estiverem com drift), não restam dúvidas de que Phogs apresenta-nos criaturas com um concept art interessantíssimo, que nos deixam a desejar por mais protagonismo.