Aproxima-se a pouco e pouco a grande nova entrada da série de Pokémon: franquia que conquistou corações de todas as idades em todos os cantos do planeta. E de todos eles, Pokémon Sword e Pokémon Shield tem uma peculiaridade notável.
Serão os primeiros jogos da série principal a ser lançados numa consola de casa. Sim, podíamos ficar aqui a discutir a natureza híbrida da Switch, mas o facto de eu poder sentar-me à frente da televisão e jogar é o requisito necessário para poder dizer tal coisa, pelo menos no contexto deste artigo.
(Deixaremos a conversa de bananas e streamings ligadas a portáteis para outro dia, ok?)
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Aqui na Squared Potato tivemos a oportunidade de jogar uma pequena demonstração deste par de videojogos graças à Nintendo Portugal e aqui deixamos as nossas primeiras impressões.
O foco deste segmento de gameplay, infelizmente, não nos deu oportunidade de explorar as paisagens da região de Galar, mas deu para revisitar um seguimento clássico da série que marcou o seu retorno.
Falo, pois, do regresso dos Ginásios que estiveram ausentes na região de Alola, e cuja presença na Pokémon League era algo recente.
Os trailers lançados nesta vertente, até agora, focavam-se principalmente em batalhas num estádio.
Caso tivesses receio que isso fosse mais uma desculpa esfarrapada para cortar conteúdo, não tens de de preocupar! Nesse aspeto, é mesmo um retorno em toda a sua glória.
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O ginásio (neste caso o de Nessa, a líder de Água) marca com a presença do clássico recepcionista, vários treinadores e um puzzle simpático à volta de botões coloridos e jactos impassáveis de água.
Era claro que as batalhas aqui apresentadas não seriam as mesmas da versão final: cada treinador tinha só um Pokémon – uns com os tipos óbvios, outros nem por isso.
Mas deu para visualizar o sistema de batalha, que não tem muito que se lhe diga, visto ser já conhecido da malta deste o Blue e Red.
No entanto, é daquelas coisas que quando funcionam bem não devem ser alteradas, sinceramente.
Depois de chegar à entrada norte deste segmento, o nosso treinador veste as suas vestimentas de jogador de football e lutamos contra Nessa.
Aqui é onde vemos a grande novidade: a capacidade de tornar os nossos Pokémon em tamanho colossal e ter batalhas estilo Godzilla.
A denominada Dynamax pode ser usada uma vez durante a batalha, alterando as habilidades dos Pokémon para versões mais poderosas. A líder de ginásio faz o mesmo contra ti, com a hipótese bem provável de levares uma grande abada.
Mas, no fim do dia, é mais uma batalha de Pokémon.
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Sinceramente, esta demo não fez grande trabalho a vender Sword e Shield.
Os modelos e animações seguem a mesmo molde da geração anterior numa resolução melhor, o interior do ginásio é simplista, consistindo de várias plataformas gradeadas a flutuar no vazio, e os monstros de bolso continuam a ser os típicos monstros de bolso como manda a tradição.
Acho que se me fosse dada a oportunidade de passear pelas paisagens de Galar com foco na sua câmara livre, ou a oportunidade de participar numa raid com outros jogadores, onde Dynamax realmente se pudesse destacar, seria uma experiência mais sedutora.
A ideia com que fiquei, no fim de isto tudo, é que isto é mais um Pokémon e nada mais.
Parece-me que vai ser uma experiência agradável para quem pegar no jogo num prisma mais relaxado, mas algo um pouco mais desapontante para os mais aficcionados.
Talvez tenhamos a revelação de alguma surpresa mais agradável na versão final, nem que se trate de enredo (a tradição manda que quando se revela o campeão cedo, é porque há marosca).
Mas de momento a ideia que paira nos meus pensamentos é que os esforços reais da Game Freak desta geração se encontram na sua nova franquia Town, e não neste velhinho clássico.