Hoje trago-vos RWBY: Arrowfell, o mais recente projeto da WayForward, uma aventurada que utiliza a licença de RWBY, a famosa série animada do Rooster Teeth, que se baseia nas aventuras de um grupo de quatro raparigas caçadoras de Grimm.
Uma nova missão para as recém licenciadas
Situado algures durante o sétimo volume da série, encontramos o nosso grupo de caçadoras licenciadas a receber uma missão onde terão de investigar uma tecnologia misteriosa que consegue atrair Grimm, umas criaturas monstruosas baseadas em animais. Apesar da simplicidade dos detalhes da missão, o grupo irá desvendar vários segredos e surpresas que desenvolveram a história ao longo do jogo.
A história mantém-se simples do início ao fim, sendo que, mesmo para quem não é fã ou viu a série, o jogo pode ser perfeitamente jogado e a história entendida sem quaisquer problemas. Apesar de haverem bastantes personagens da série, a história é concisa e fácil de digerir, sendo uma história que não segue a série, sendo uma espécie de side story que por vezes encontrávamos nas bandas desenhadas.
Apresentação simples, com cutscenes bastante fiéis
RWBY: Arrowfell tem uma apresentação bastante modesta, com cenários e modelos de personagens simples, mas consistentes. O design dos níveis faz com que as plataformas sejam bastante óbvias, não sendo algo muito natural, mas a variedade de cenários, para a duração, é bastante competente. Exemplos de cenários incluem zonas montanhosas com neve e algumas grutas geladas, ou uma cidade com alguma tecnologia futurista, cada um com inimigos únicos que complementam a diferenciação das zonas.
No que toca às cutscenes, estas apresentam-se tal como a série animada, sendo praticamente idênticas, utilizando a mesma qualidade visual e de animação. Estas cutscenes vão agradar bastante aos fãs, sendo um dos pontos mais fortes da sua história.
A música é bastante presente, com um tema criado pelo Jeff Williams, o compositor da série, com as vocais de Casey Lee Williams, a cantora principal da série. O resto do OST foi composto maioritariamente por Dale North, que trouxe bastantes instrumentais que preenchem o espaço sonoro de cada área que o jogador explora.
Metroidvania Lite que não complica
A jogabilidade é outro aspeto modesto e consistente. As quatro caçadoras estão disponíveis para jogar desde o início, sendo que apenas jogas com uma de cada vez, podendo trocar entre elas apenas com o pressionar de um botão. Cada caçadora tem um ataque básico, com pequenas diferenças entre distância e velocidade entre elas. O que torna cada personagem única é a sua “semblance“, uma habilidade especial que cada caçadora tem. Dando alguns exemplos, a semblance de Ruby é um dash que lhe põe invulnerável durante a sua duração, podendo passar por inimigos e os seus ataques. A semblance de Blake já é algo mais focado para puzzles e estratégico, sendo que ela consegue deixar um clone numa posição, podendo servir para manter alguns botões carregados para abrir portas, ou então para dar outro ângulo de ataque, visto que o clone ataca ao mesmo tempo que Blake.
Estas habilidades são um ponto focal no design dos níveis, sendo que irás descobrir vários puzzles e caminhos que encorajam o uso das mesmas para poderes explorar e descobrir os vários baús que estão espalhados. Estes baús geralmente têm skill points, que poderás usar para aumentar os atributos das caçadoras, como o dano ou a vida.
Há medida que vais avançando na história, as habilidades do grupo irão ser melhoradas, abrindo mais caminhos e oportunidades para encontrar mais segredos nos níveis, sendo o aspeto do jogo que o define como metroidvania.
Os níveis não são muito complexos, sendo bastante fácil de explorar tudo naturalmente enquanto fazes a história. A história resume-se a uma série de quests básicas, geralmente envolvendo matar um grupo de Grimm ou apanhar um certo número de itens específicos para construir algo. Estas quests podem considerar-se “fetch quests“, mas, devido a nos levarem por vezes a áreas já exploradas, dão também a oportunidade de utilizar as habilidades evoluidas para encontrar novos segredos, sendo uma boa forma de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
A variedade de inimigos é saudável, com inimigos rápidos que correm até ti e te atacam ferozmente, como uma espécie de lobisomens, ou então umas águias que te atiram com projéteis.
Também irás encontrar uma série de bosses. Estes seguem a lógica de um platformer clássico, com padrões de ataques e, por vezes, várias fases. Penso que os bosses foram bem desenhados, mas, infelizmente, não os achei muito impressionantes visualmente. Uma boa adição que mostra competência mecânica, mas sente-se a falta daquele “wow” que muitas vezes é esperado nestas situações.
A licença de caça já está pronta para ser tirada na Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series S|X, Nintendo Switch e PC na Steam.