Alguma vez sonhaste em criar a tua própria startup? Colocares as tuas ideias no mercado e ver se o teu negócio ganha tracção para mudarem o mundo? Bem, talvez tenha aqui um bom simulador para te iniciares primeiro nessa aventura. Startup Panic é um jogo de estratégia desenvolvido pela Algoricks e publicado pela Tinybuild Games. Este desafia-te a criares e a evoluíres a tua startup, com todos os riscos da vida real.
A jornada de começares a tua startup e abrires caminho até ganhares tração no mercado, não é nada fácil! Contudo, aqui contamos com a ajuda de um velho amigo que muitos utilizadores de Microsoft Word se deverão lembrar. Clipe foi especialmente recrutado pela equipa de desenvolvimento de Startup Panic para te ajudar a entrares nos eixos.
Devo dizer desde já que logo de início, achei a linguagem algo virada para o mundo do Marketing, e mesmo estando habituada a essa, entendo, no entanto, que certas coisas possam não ser logo perceptíveis. Enfim, começando a tua aventura e arrancando a todo o vapor, descobres que a tua personagem quer desenvolver uma empresa de redes sociais, como a Facebook, YouTube, Twitter… ou seja, temos de inovar em relação ao que já existe nos gigantes mercados, o que é uma tarefa quase hercúlea.
Assim sendo, e analisando, em Startup Panic temos de desenvolver a melhor rede social com base em 3 grandes pilares: o Tecnológico para garantir que estamos sempre na linha da frente, o da Usabilidade (UI/UX) para que os seus utilizadores tenha a melhor experiência possível de navegação e interação com a rede social, e claro está, a componente Estética da coisa, onde o aspecto visual deve ser acolhedor ao olho e belo de se ver.
Estes 3 pilares, são, portanto, as competências que deves procurar quando começas a recrutar funcionários para o teu escritório. Contudo, tens de ter em atenção que a grande maioria é especializado numa dessas componentes, tendo baixo rendimento nas restantes. Além disto, cada funcionário também tem os seus defeitos e feitios, que além da sua proposta de salário, são algo a considerar, e equilibrar as contas não é nada fácil.
Aqui entram as oportunidades de poderes fazer trabalhos outsourcing para outras empresas que te pagam bem para tu, ou os teus funcionários, realizarem uma determinada tarefa. No entanto, nem tudo é um mar de rosas, pois cada tarefa requer um trabalho bem feito e especializado num dos 3 pilares que mencionei acima.
Além disto, antes de qualquer tarefa, seja outsourcing, seja para a tua própria startup, tu consegues nivelar o contributo dos teus funcionários e distribuir as suas valências para que tentes no mínimo ter um resultado positivo. Isto porque cada tarefa é avaliada, quer pela empresa que te contratou para outsourcing, que para o projecto da tua própria startup onde os utilizadores e críticos vão deixando as suas reviews.
Por fim, parece que estás a fazer um incrível trabalho de malabarismo, mas ainda nem falámos de uma componente chave que para mim me levou a entrar num ciclo vicioso e rotineiro em Startup Panic.
Mesmo tendo começado a jogar Startup Panic diversas vezes, o factor que me dificultou sempre na progressão, foi o nível de motivação que cada funcionário detém. Este é medido de 100 a 0, e decaí tanto com o tempo mas de forma gradual, como drasticamente quando uma tarefa é completada, mas sem sucesso.
O que mais chateia nesta escala, é, no entanto, a injustiça de que com a motivação a 50, já o funcionário começa a pedir férias, e começa a ter fraco desempenho. Chegando ao 0 este despede-se, havendo, no entanto, situações em que chega ao teu conhecimento que este recebeu uma proposta de outra empresa, e aí és confrontado com uma das diversas decisões que tens de tomar ao longo do jogo: oferecer-lhe um aumento, ou desejar-lhe boa sorte no seu próximo emprego.
Esta situação da motivação pode ser combatida fazendo upgrades às tuas instalações ou pagando férias individuais, ou em grupo que levam os teus funcionários a gozarem de verdadeiras aventuras antes de regressarem ao trabalho. No entanto, existe um leque variado de experiências que podes pagar, sendo as mais baratas as que trazem poucas melhoras na motivação do teu funcionário, obviamente. Por vezes, estes até te irão pedir para estenderes o seu tempo de férias, sendo que obviamente a recusa não traz grandes benefícios morais para os mesmos.
No meio disto tudo, tens o teu maior concorrente, que disputa contigo a sua percentagem de quota no mercado, e qual deves esforçar-te para esmagar, embora pareça que Startup Panic anda a passo de caracol. Tens de desenvolver a “skill tree” que representa as diversas funções que são implementadas na tua rede social, ter as melhores reviews, melhorar as fragilidades do teu sistema que estão constantemente a ser atacadas pela concorrência, e ainda garantires que consegues tirar o melhor proveito das oportunidades que aparecem, tais como celebridades que querem divulgar o teu trabalho, ou políticos mal vistos que aparecem a utilizar os teus serviços.
São imensas as decisões que tens de tomar, e diversas as métricas que tens de estar constantemente a controlar para garantires que pelo menos consegues sobreviver com saldo positivo, fora uma equipa motivada e utilizadores satisfeitos… Startup Panic é de facto de te deixar os cabelos em pé, no entanto, tens sempre algumas oportunidades de aceitares desistir do teu sonho e teres um emprego normal. Nestas situações, é Game Over. Mas se persistires e conseguires progredir, terás desbloqueada uma nova função: a de te reformares, com diversas opções de finais que são desbloqueados consoante certos achievements.
A nível da arte, Startup Panic apresenta-se um design isométrico é um visual em pixel arte é uma paleta de cores agradável aos olhos. A nível de banda sonora esta é extremamente repetitiva e embala mais do que motiva.
Startup Panic está disponível na Steam para PC, Apple Store para iOS na Google Play para Android.