Hoje apresento-vos as minhas primeiras impressões de Steel Seed, um jogo de ação focado em stealth, com uns toques de souls relativamente aos seus cenários e progressão. A ideia do jogo por si já traz um conceito interessante, mas penso que o seu mundo de ficção científica futurista melancólico traz-nos uma combinação única e bastante apelativa.
Em Steel Seed, controlas Zoe, que, juntamente com um drone chamado KOBY, têm a missão de investigar umas estruturas tecnológicas à procura de uma forma de salvar a humanidade. Apesar de não ter experienciado muito do que a história oferece, penso que o conceito em si é suficiente para interessar qualquer pessoa. As pequenas horas que joguei desta demo deram-me a conhecer apenas a uma pequena fatia do mundo do jogo, deixando-me curioso para o que possivelmente se esconde no restante da estrutura colossal.
Visualmente, não só é artisticamente belo com um detalhe bastante elevado na construção das várias estruturas metálicas e tecnológicas que envolvem os cenários do nível, bem como os vários inimigos robóticos e os pequenos detalhes nítidos das suas texturas e efeitos. Graficamente também impressiona. Como já referi, o jogo tem um detalhe bastante elevado nas suas texturas, bem como uma excelente iluminação e efeitos de alta qualidade. Apenas achei que há alguma falta de fluidez e naturalidade em algumas animações, mas não foi algo que quebrou a minha imersão.
Logo no início desta demo, somos apresentados com a mecânica de poder controlar o drone KOBY para abrirmos uma passagem e progredir. O KOBY é uma mecânica central do jogo, sendo que ele não só será usado para poder ativar mecanismos que não estão acessíveis para Zoe, bem como irá servir para poder marcar inimigos e ajudar o jogador a planear a sua rota, tentando evitar ser descoberto pelos inimigos.
De seguida, é nos dado uma pequena secção para nos habituarmos ao movimento de Zoe. A protagonista é capaz de se mover com bastante agilidade, conseguindo dar um duplo salto e agarrar-se a várias estruturas marcadas nas paredes, podendo trepar em zonas específicas. Eventualmente, também é-te apresentada uma parede magnética com uma iluminação amarela única, dando-te a capacidade de correr por ela, podendo chegar a uma plataforma mais à frente. A fluidez do movimento é bastante satisfatória, sendo uma boa forma de entreter o jogador ao criar alguma dinâmica nos intervalos das secções de combate e stealth.
E, falando no combate, em Steel Seed encontramos um sistema bastante básico e familiar. Zoe pode atacar os inimigos usando a sua espada tecnológica, lembrando uma sabre de luz, podendo atacar com ataques básicos e ataques fortes. Em termos defensivos, podes esquivar-te dos ataques com um dodge. No que toca a combate à distância, temos o drone KOBY que consegue disparar umas balas de energia aos inimigos, enchendo uma barra especial por baixo da barra de vida deles, que, quando cheia, os deixa vulneráveis para um ataque contextual bastante forte.
Os inimigos são bastante fortes e apresentam um bom desafio quando confrontados diretamente, pelo que é muito mais encorajado ao jogador o uso das mecânicas de stealth para poder derrotar e passar por grupos de inimigos da forma mais eficaz. O sistema de stealth parte do princípio em que te podes agachar para evitar fazer barulho, podendo-te aproximar de qualquer inimigo e derrotá-lo sorrateiramente com um ataque contextual. Os níveis contém várias áreas abertas com zonas onde te tornas praticamente invisível para os mesmos, bem como uma boa posição de objetos e plataformas para poderes formular uma estratégia e manter-te escondido.
A melhor forma de analisar as áreas é com o KOBY, podendo voar pela zona e marcando os vários inimigos, também irás poder desbloquear uma série de habilidades, separadas por várias categorias, como combate e stealth, onde stealth dá-te algumas opções adicionais como umas armadilhas que são ativadas quando o inimigo se aproxima delas. O sistema, no demo, apenas nos dá uma pequena fatia do que possivelmente poderá se desenvolver, mas penso que o sistema é sólido e bastante livre de frustrações ou qualquer problema relativo à capacidade de deteção dos inimigos. Penso que a stealth é o óbvio foco do jogo, sendo mais apelativa e divertida, acrescentando um elemento tático e mais observador à jogabilidade.
Steel Seed demonstra uma competência surpreendente nestes primeiros momentos que o joguei, com a sua inspiração em souls a ser utilizada de uma forma mais secundária, dando ao jogador um poder extra, encorajando-o a evitar o contato direto com os inimigos, e a utilizar uma vertente mais tática e posicional no combate. Estou bastante curioso para ver a evolução do sistema, especialmente com a habilidades que se irão desbloquear mais tarde. Um jogo visualmente deslumbrante e com uma base sólida, Steel Seed sem dúvida despertou o meu interesse.