É notório que depois da corrida para o espaço, o homem e especialmente os “media” tenham adoptado um especial fascínio pelo virar do milénio. A visão destes apresentava um mundo e civilizações bem diferentes das que conhecíamos e vivíamos, onde a tecnologia e a ciência dariam passos enormíssimos ao ponto de modificarem as nossas vidas. Ao longo deste, “regresso ao futuro” e já às portas de mais uma década neste milénio, vamos ficar a conhecer alguns destes passos que se manifestaram no nosso dia a dia.
Ken pendurou as luvas e dedicou-se à ciência
Street Fighter 2010, uma das das visões mais estranhas de Street Fighter, isto claro numa perspetiva ocidental. Street Fighter 2010 apresenta-nos Ken Masters, o eterno rival de Ryu, que após vencer 25 anos seguidos de lutas de rua, reforma-se, e torna-se num cientista. Através da descoberta de um organismo chamado de Cyboplasm, que administrado num organismo vivo corpo, possui a capacidade de força sobre-humana, este atinge notoriedade dentro e fora do campo da ciência.
Certo dia o jovem cientista é abalado com a notícia que o seu colega Troy, é assassinado. No local do crime descobre uma substância gelatinosa, e aperceber-se que as suas pesquisas sobre o Cyboplasm também foram furtadas. Armado com implantes cibernéticos, Ken parte em busca do responsável pela morte do seu amigo, enquanto viaja de planeta em planeta seguindo o trilho da substância.
Diferenças entre versões
Convém salientar que esta é a versão ocidental do jogo, porque no seu título, e em ambas as suas versões, consta o nome de Street Fighter (e curiosamente também o de Final Fight), e talvez num intuito de vendas ou de tal inocência, a Capcom modificou o seu enredo de forma a introduzir a personagem de Street Fighter neste universo.
Na sua versão original, o herói tem outro nome assim como o seu amigo cientista, ou seja, os seus nomes são Kevin Striker e Dr. Jose respetivamente. Independentemente das versões, o seu desfecho é igual, já que Jose fingiu a sua morte de forma a se apoderar do corpo Kevin, e este foi um alvo de um dos seus parasitas para se infiltrar no seio da polícia galáctica, e governar o universo através dos seus insectos.
Controlos e dificuldade excesssiva
Como qualquer outro jogo side-scrolling que plataformas. Ken tem um botão de ataque e outro de saltos, enquanto se movimenta entre cenários povoados de vários mundos. Sem surpresa, este jogo apresenta uma dificuldade bem característica da sua era. Onde inúmeros inimigos atacam em massa, e confrontos entre bosses inundam a mente do jogador de pensamentos acerca de uma mínima possibilidade de triunfo.
Contudo é nos níveis de auto-scolling que a dificuldade atinge os picos mais elevados. É devido a este efeito, que se especula que Ken Masters tenha sido chamado à recepção, porque a dificuldade deste título iria afastar a maioria dos jogadores.
A arte em Street Fighter 2010
Graficamente, embora os sprites de Ken sejam detalhados para o seu tempo, os restantes cenários e elementos são demasiado simples. A maioria dos grafismos estão pincelados no máximo com três a quatro cores de cada vez sob um fundo negro.
No departamento sonoro a Capcom voltou a acertar na muche. Conhecida por produzir algumas das melhores chiptunes para NES, com Street Fighter 2010 o caso não foi diferente. Completamente ambientadas aos elementos dos seus espaços, e de enormes tão elevadas que parecem saídas de qualquer jogo de Megaman.
Retrospectiva final
Viagens interplanetárias, mutantes, forças de polícia galácticas, implantes biónicos, parasitas modificadores de corpos, não ainda não chegamos lá, e duvido que alguma vez tal visão aconteça. Pela visão de Street Fighter 2010, esse seria o mundo e universo numa década quase decorrida no nosso. É interessante agora deste lado assistir a estes takes dos “media” neste milénio.
Street Fighter 2010 está disponível para NES, 3Ds Virtual Console e WiiU Virtual Console.