Diretamente de Omiko City para a casa de muitas famílias pelo mundo todo, Don-chan tem o prazer de apresentar o popularíssimo Taiko No Tatsujin: Rhythm Festival!
Em algumas análises atrás abordei exatamente aquilo que me faz cativar muito: jogos fofinhos e ESPECIALMENTE jogos musicais. Taiko No Tatsujin: Rhythm Festival é o perfeito caso dos dois: super fofinho e jogo musical de excelência. Taiko No Tatsujin só foi sendo reconhecido por estes lados de há uns anos para cá, mas no Japão é uma das séries de jogos musicais mais populares e famosos que começou em 2001 com o jogo com o nome homólogo e atualmente conta com 27 jogos das arcadas e 39 jogos para consolas e Smartphones (incluindo os ports das versões Arcade).
Numa pequena nota, para quem foi ao Lisboa Games Week de 2024 teve o privilégio e honra de jogarem a arcade de Taiko No Tatsujin 11, de 2008, e, naturalmente, foi logo a 1ª arcada que fui jogar com a Phazel. Sigo esta série desde por volta de 2004/5 através de fóruns e fiquei feliz quando soube finalmente saiu para o Oeste (termo comum para jogos que são localizados para fora do Japão) o Fun ‘n’ Drum de 2018 para Switch.
Mas na realidade, o primeiro a ser localizado até foi o Taiko No Tatsujin: Drum Session! para PS4 em 2017, e desde então tem saído para a Nintendo Switch principalmente, e só agora tem saído para as outras consolas, a começar por este Rhythm Festival.
Rhythm Festival saiu para a Switch em 2022 e saiu agora para Steam, Xbox Series X e PS5. A intro é o que se espera: fogo de artifício, festa fofinha e Don-chan com um grande e alegre “Taiko No Tatsujin: Rhythmo Festivalo!“. O menu é o mapa de Omiko City e está partida em 5 seções: Thunder Shrine, onde temos o clássico Taiko Mode, Dondoko Town, onde se joga online, Taiko Land, onde tem os minijogos e algumas novidades que explicarei mais à frente, o My Room, onde podemos alterar os configurações de jogo, mudar a aparência do Don-chan e alterar aspectos do nosso cartão online para o modo online e consultar os nossos achievements e a loja, onde podemos gastar os Don Coins que vamos ganhando de várias maneiras.
Existem algumas diferenças entre a versão Switch e a versão consola. As principais novidades é o jogo a correr em 60FPS, uma novidade para esta série, a inclusão de mini jogos, uma lista de músicas alargada e a introdução de Don Coins e Drum Level, que é uma espécie de XP que ganhamos em jogar os vários modos de jogo e músicas no Taiko Mode.
No Drum Level, cada vez que subimos de nível ganhamos recompensas, como acessórios estéticos para o Don-chan, Don Coins, e principalmente, capítulos da história. A história é muito simples: Don-chan é um tocador de Taiko em aprendizagem oriundo da Drum World e é treinado pelo Mestre Bacchio. Eventualmente Don-chan deixa o Drum World para viajar pelo mundo e adquirir experiência para se tornar num Mestre de Taiko, e acaba por ir a Omiko City, uma cidade conhecida por ter todo o tipo de entretenimento. Daqui para a frente, vai contando a história rocambolesca e cheia de peripécias (algumas até bem parvas em que eu não parava de rir) e onde encontra velhos e novos amigos, nomeadamente o Kumo-kyun, uma nuvem, Water Mariko, uma garrafa de barro aspirante em ser uma grande estrela de J-Pop, Wada John, um cão que é o antigo mestre do Don-chan, e, a minha personagem favorita de longe, Mimizu, a minhoca que fala gato (e não estou a gozar com isto).
Vou falar da jogabilidade enquanto falo sobre o Taiko Mode. Taiko Mode é o modo clássico da série e é bastante simples: temos as notas vermelhas (do) e as notas azuis (ka). Temos entre notas singulares a notas duplas, Drum Roll, onde temos de bater o máximo possível como se fosse um arrufe, os balões que funcionam como o Drum Roll mas que é necessário rebentar com o balão e os raros Mallets que são bastante parecidos com os balões, mas tem um bónus de pontos maior. O objetivo, além de impedirmos de falhar na música, é conseguir ter uma pontuação suficiente para ser declarada “clear“.
A lista base contém 125 músicas, e com o serviço pago Taiko Pass sobe para umas estonteantes 819 músicas. Vai desde bandas populares do panorama de J-music, músicas internacionais de Billie Eillish ou Wham!, para músicas de animes como Evagelion ou Dragon Ball, músicas de jogos como Mega Man, Música Clássica, Vocaloid, Variedades (de filmes como Star Wars) e músicas originais da Namco. As músicas vão de fácil para extremo e cada música tem a sua dificuldade. Só tenho que apontar a confusão que tenho quando vejo alguma falta organização das músicas, onde algumas estão em categorias que não sei bem porque estão lá e pertencem noutras categorias.
No Taiko Land, temos três minijogos super entretidos: Great Drum Toy War, Don-chan Band e Run! Ninja Dojo.
No Don-chan Band fazemos uma banda e pode-se jogar com até 4 jogadores. No início de uma música escolhemos o instrumentos que queremos tocar, e cada instrumento tem a sua dificuldade, dependendo da música. Tem alguma diferenças de jogabilidade em comparação com o Taiko Mode. Tem as notas normais, as Relay Notes, onde as notas têm um padrão e só tocamos a nossa parte e os Crazy Notes que funcionam como o Mallet. O objetivo como banda é conseguir completar a música e chagar ao “clear“. No fim, ganhámos fãs e prosseguimos com a história do modo. Este modo está bastante original e gosto.
No Run! Ninja Dojo nós somos um ninja e vamos competir contra outros ninjas, e tal como o Don-chan Band, pode ser jogado com até 4 jogadores. Este modo joga-se de maneira completamente diferente: estamos numa competição contra os outros ninjas e ganha quem tiver a maior distância corrida quando a música acaba. Aqui as notas são diferentes, são alvos para certar, shurikens para bloquear, abelhas para desimpedir e lanternas de pedra por partir. Quanto mais acertarmos, mais rapidamente o nosso ninja corre e mais distância percorre, mas tem que se ter cuidado que quanto mais percorre, mais difícil ficar acertar dos obstáculos. Outra coisa que se tem que ter em conta são os pergaminhos, e quem o mais rápido a abrir, liberta um Jutsu que atrapalha a corrida dos outros. Este modo mesmo sem história é super divertido especialmente quando jogamos com mais alguém.
Por fim, Great Drum Toy War. Este modo é uma competição 1v1 em que temos uma caixa de brinquedos e usamos os brinquedos para ganhar o jogo. Podemos alterar os brinquedos que compramos na loja, e vão desde aumentar a velocidade do adversário até perturbar o jogo do adversário. Também temos um líder que tem um custo, e a partir daí temos que respeitar o limite que temos em meter os brinquedos na caixa, tendo em conta que cada brinquedo e os líderes têm custos diferentes e não podemos ultrapassar esse limite. O objetivo é simples: ganhamos ao meter mais brinquedos fora da caixa que o adversário. Quantas mais notas acertamos, mais rapidamente sai o brinquedo na caixa, e quando sai na caixa, ativa a sua habilidade. Eu já tenho horas jogadas neste modo e sou um grande fã deste modo, e é a principal novidade no Taiko Land. E mais uma vez, as histórias são completamente ridículas e divertidas, como andar numa batalha contra Takoyakis (bolas de polvo), e a minha favorita, a história de vingança pessoal de Katsu-chan contra o Don-chan só porque o Don-chan tinha comido a tigela de Ramen de porco de Katsu-chan.
O jogo é super divertido, está a ser super popular nas nossas Streams, com horas e horas de diversão e conteúdo, o Taiko Pass recebe músicas novas mensalmente, a história mirabolante das aventuras do Don-chan e Kumo-kyun e a lista continua. No mínimo e sem sombra de dúvidas, um sólido 8.
Taiko no Tatsujin: Rhythm Festival já disponível para Nintendo Switch, PS5, Xbox Series X e Steam. Agradecemos à Bandai Namco uma key digital para PS5.
Meow mew, mew mew. (Oh My! How wonderful!)