O feiticeiro está de regresso, com a sequela de The Wizards, lançado em 2017 para os Oculus Quest. Esta nova entrada promete mais história, mais inimigos, e uma nova região sita na terra mágica, Meliora. Mas será que The Wizards: Dark Times é um jogo promissor e, mais importante, será que este merece ser jogado na versão Oculus Quest 2? Vamos então descobrir!
The Wizards: Dark Times coloca-te novamente na pele de um feiticeiro cujo seu papel é derrotar uma praga de seres maléficos, obra de uma maga que terá que ser parada a todo o custo. A história do jogo é algo simples e obviamente previsível, podendo ser terminada em 3-4 horas, mas a verdadeira essência deste e do antigo jogo não é a história, mas sim as suas mecânicas de feiticeiro.
De volta está também a voz que narra a nossa aventura, Jason Marnocha, para que não nos sintamos sozinhos durante a mesma.
De volta aos movimentos mágicos
Tal como o seu predecessor, o que mais me chegou a cativar foram as suas mecânicas de conjurar feitiços utilizando os movimentos dos comandos. Tal como um Dr. Strange, vais fazer uso dos movimentos dos comandos para gerar certos feitiços como bolas de fogo ou um escudo defensor. Ao longo de aventura é possível desbloquear mais feitiços, que vão ajudar em muitos casos, através de uma mecânica elementar interessante. Por exemplo bolas de fogo queimam ervas e raizes secas que te bloqueiam caminho, mas podes entre outras coisas també congelar um inimigo com flechas de gelo e depois lançares o teu escudo ao mesmo como um Capitão América para o quebrar em pedaços. Interessante? Sim!
Dark Times convida-te durante a tua aventura a percorrer vários locais de Meliora. Cada um apresentará alguns desafios simples com mecânicas minimamente interessantes que passam por andares numa espécie de carril em movimento sendo perseguido por criaturas, ou até andares agarrado nas costas de um Ogre amigável enquanto atravessas um rio perigoso. Contudo, aqui gostava de ver um pouco mais de variedade de inimigos, que me fizessem sentir que realmente estava num lugar pertencente a outras raças, dada a grande diferença entre os vários biomas do jogo.
Um verdadeiro pesadelo gráfico nos Oculus Quest
O verdadeiro problema e de longe o mais grave que tive ao jogar Dark Times foi a sua qualidade gráfica e os seus bugs nos Oculus Quest 2. O jogo tendo saído originalmente no PC VR teve que ter a sua dose de redução gráfica para poder correr nos óculos virtuais standalone da Facebook. Eu pessoalmente já estou habituado a ver esses downgrades em vários jogos Oculus Quest, mas nunca a este nível. Desde buracos entre texturas, renderização total dos objectos a acontecer a menos 3 metros de distância, inimigos a mexerem-se aos soluços, bugs que te permitem atravessar paredes revelando um mundo visto de fora para dentro e ainda um boss final que mais parece estar a morrer por si só com aquela apresentação gráfica. Nunca tinha visto nada assim, e ainda por cima criado pela Unreal Engine, é algo que gostaria muito de perceber o que raio se passou no processo de transição.
Apesar de a versão dos Oculus Quest não contar com o modo Arena Mode, que só se encontra disponível na versão para PC, a Carbon Studios já anunciou que está a trabalhar na sua implementação. Adicionalmente esta ainda anunciou que está a desenvolver um modo multijogador cooperativo que chegará algures no final do ano.
The Wizards: Dark Times já se encontra disponível para PC VR e Oculus Quest.