Void Gore

Pouco depois de analisar Project Starship X, fiquei fã do trabalho desenvolvido pela Panda Indie Studios, estúdio composto por um indivíduo e frequentemente apoiado pela Eastasiasoft. Apesar de não serem títulos ambiciosos os shoot’em ups desenvolvidos pelo Matthew Godwarf (como está identificado no Twitter), retêm algo de especial e diferente; uma certa mística que os separa dos outros indies no mercado. Void Gore, recentemente disponibilizado para várias plataformas, incluindo a Xbox, é mais uma boa cartada no seu cardápio.

Tal qual como no outro título supramencionado, Void Gore não detém uma narrativa, pois, para ser honesto, não necessita de uma. O gancho que prende a atenção é só um: obter a melhor pontuação possível num conjunto de níveis sem fim determinado (pelo menos só consegui sobreviver até ao 18).

Do início até ao fim, na companhia de uma banda-sonora muito reminiscente da Sega Mega Drive, algumas criaturas infernais tentarão de tudo para travar o teu objetivo. Quando conseguirem, porque vão conseguir, a tua pontuação será atualizada para os quadros mundiais. Simples e eficaz.

Void Gore

Apesar de divertido, Void Gore não descobriu a fórmula mágica para o sucesso. Existem certos aspetos que podiam ser melhores e, sem sombra de dúvida, poderia ser um título com muito mais conteúdo; a quantidade de inimigos diferentes contam-se pelos dedos das duas mãos, por exemplo. Uma dificuldade acrescida também impede um progresso mais pautado e suave.

Contudo, à medida que os inimigos são destruídos acumulam-se moedas, numerário utilizado após cada tentativa para melhorar permanentemente a nave espacial. Descobre-se assim o ritmo natural do videojogo: viver para morrer, constantemente, encurtando cada vez mais a distância entre um estado e o outro.

Void Gore

Essas melhorias, como um reservatório maior de vida ou uma acrescida potência no ataque principal, em conjunto com outras de cariz temporário, adquiridas durante a descida ao inferno, servem como luz ao fundo do túnel para os mais desesperados. À medida que a rotina assenta com mais facilidade, consegui desfrutar com maior prazer do videojogo e apreciar os desafios que este lançou contra mim.

Um elemento particularmente notável da jogabilidade é o círculo que cresce até 100% à volta da nave. A qualquer momento pode ser ativado para destruir todos os projéteis hostis, mas chegado a 100% destrói inimigos também. É um mecanismo semelhante às bombas que limpam o ecrã encontrado noutros shoot’em ups. Infelizmente, Void Gore é só isto. Faltou destacar a banda-sonora que sobe de intensidade à medida que temos menos vida disponível, mas não existe muito mais por onde escaqueirar.

Void Gore está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, e Xbox One.

CONCLUSÃO
Infernal
7
Ulisses Domingues
Desde muito cedo um confesso apaixonado pelos mundos da PlayStation e consolas Nintendo. No entanto a vida dá muitas voltas e agora o seu amor foca-se nas novas Xbox Series. Nada como paixão à primeira vista, não é verdade?
void-gore-analisePouco mais caro do que o teu hambúrguer favorito de uma cadeia de fast food, Void Gore é uma aposta certa se és fã de shoot’em ups. Infelizmente, não dispõe de muito conteúdo; o seu anzol principal é a procura pela pontuação mais alta do mundo, mas tudo o que existe está bem calculado para ser divertido e rotineiro. Com uma banda-sonora reminiscente da era Sega Mega Drive e uma jogabilidade explosiva é assunto fácil recomendar a última oferta da Pandie Indie Studio. Só não esperes muito mais além do que foi referido aqui.