Devo dizer que fiquei bastante surpreendido com o novo videojogo que simula de forma vigorosa o belicismo, World War 3.
Este novo videojogo traz uma experiência mais adaptada ao realismo, no estilo de Operation Flashpoint, vivemos um ambiente de tensão, onde cada bala pesa uma vida, a não ser que estejamos devidamente equipados.
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Como em qualquer jogo, temos o equipamento adequado à guerra. Entre esse, o capacete é o mais essencial que podemos ter, pois faz a diferença entre a vida e a morte. Isto, fruto da genialidade da The Farm 51, pois consideraram hitboxes diferentes para a cabeça e para a cara. Ao contrário de certos jogos onde temos de descarregar um carregador para matar alguém (e mesmo assim não chega), World War 3 dá ênfase no contacto próximo com a morte.
Contamos com um cenário moderno, próprio do título, sendo que a The Farm 51 desenhou os mapas a contar com o contacto rápido ao invés por exemplo de, Battlefield V, que se foca mais na magnitude dos mapas para potenciar o uso de veículos e de aviões. Embora World War 3 também tenha veículos, estes são contidos em espaços geralmente reduzidos, sendo que maioritariamente utilizamos tanques.
Utilizando o Unreal Engine 4 e estando em Early Access, World War 3 ainda tem trabalho a ser feito graficamente. No entanto não é nada problemático, pois o jogo ainda está em desenvolvimento. Este jogo enquadra-se numa óptica que considero bastante justa, os Early Access, creio que foram uma iniciativa bastante positiva por parte da Valve pois os devs conseguem ganhar muita experiência através do feedback obtido pela comunidade. É verdade que por vezes existem jogadores tóxicos, mas também aqui o Early Access entra em acção, pois sendo a comunidade mais reduzida, o problema é logo encontrado facilmente.
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Estando ainda em desenvolvimento, este jogo está num estado bastante avançado em termos gerais. É verdade que tem de ser polido e são necessários certos ajustes, mas nota-se que a equipa está a saber ouvir, e deve. Pois entrar na corrida dos FPS competitivos é talvez a tarefa mais difícil da indústria, dados os concorrentes de peso como Counter Strike: Global Offensive, Call of Duty, Battlefield 5, PUBG ou até mesmo ARMA. Contudo louvo a atitude da Farm 51, pois estão com bastante determinação na busca pelo simulador bélico ideal.
O som não recria um ambiente tão realista como Battlefield, mas serve perfeitamente para conseguirmos detectar os inimigos atrás de paredes ou por cima de nós, o que conciliado com os auscultadores certos nos dá uma vantagem tremenda. Notei a falta de uma banda sonora que ficasse no ouvido, tanto no menu como nas transições entre jogos. Apesar de ser um traço menor, isto por vezes contribui para o estatuto de jogo de culto, pois qualquer pessoa sabe a música de espera de Counter Strike, e isso por acaso (não se aplicando a qualquer pessoa) já me incentivou a voltar aos tiros.
Com um matchmaking e jogabilidade equilibrados, World War 3 traz consigo um novo concorrente aos FPS competitivos. Apesar dos adversários de peso, The Farm 51 cria aqui uma simulação bélica (ainda em desenvolvimento) bastante interessante. Creio que para quem gosta do género é de aproveitar enquanto tem o preço reduzido, pois como todos os jogos, quando for oficialmente lançado, irá aumentar bastante.
World War 3 já está disponível para PC, via plataforma Steam, em acesso antecipado.