Xenoblade Chronicles 2 é um videojogo de RPG Japonês, também conhecido por JRPG, desenvolvido pela Monolith Soft e publicado sobre a autoria da Nintendo. Este videojogo procura dar seguimento ao sucesso de Xenoblade Chronicles e Xenoblade Chronicles X, lançados para a Wii e WiiU respectivamente. A franquia chega agora à Nintendo Switch e finalmente podemos contar-te tudo sobre a nossa experiência!

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A história desenrola-se em Alrest. Um mundo pós apocalíptico, cuja terra deixou de existir por debaixo dos nossos pés, apenas havendo um mar de nuvens. Sobre essas nuvens, a única maneira de sobreviver é habitar em criaturas de proporções colossais, chamadas de Titans. Um dia Rex, um rapaz que vive com um pequeno e velho Titan, chamado Gramps, é recrutado para uma missão como um salvager (alguém que recolhe navios ou detritos do fundo do mar), juntamente com uma equipa de 3 outros membros: Malos, Nia e Jin. Com uma recompensa muito comprometedora, Rex não olha a meios, já que o prémio que receberá promete ajudar a população da sua terra natal.

Dado o desenvolvimento da missão, Rex encontra uma rapariga adormecida, suscitando  mistério e curiosidade no personagem. A certo ponto, Rex dá-se envolvido como o Driver da misteriosa rapariga, chamada Pyra, ficando a cargo de a ajudar a encontrar Elysium, um paraíso que muitos acreditam ser uma lenda. Pyra é uma blade, um ser artificial que cede poderes a pessoas com capacidades de dominar esses poderes, chamados de Drivers. Este ponto marca o início da grandiosa aventura que Xenoblade Chronicle 2 propôs-me, com muitos segredos e reviravoltas pelo decorrer do fabuloso enredo. As personagens do videojogo estão bem definidas, cada uma delas contém um passado bem delineado, que define e justifica os objectivos do presente.

Cada personagem possui o seu próprio nível, que é aumentado conforme lutam através de pontos de experiência ganhos. Também existem árvores de habilidades tanto para Drivers como para Blades, onde gastas pontos para desbloqueares as habilidade de que mais precisas. Ainda podes equipar as personagens com acessórios que dão mais alguns poderes extra como mais HP ou mais Ataque.

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Os cenários são lindos e vivos, com um nível médio de realidade que contrasta um pouco, mas não muito, com as personagens muito ao estilo Anime. Habitados por criaturas, tanto pacificas como agressivas, que atacam à vista, dou por mim a passar alguns minutos senão até mesmo horas a derrotar tudo o que se aproxima de mim. Isto até aparecer alguma criatura forte que me faça fugir a sete pés. Algumas chamam-se de unique monsters e são como bosses que dão muito mais itens bons do que as criaturas normais. Tento sempre evitá-los no caso de ter dúvidas se consigo ou não derrotá-los.

Mas nem tudo é um mundo de monstros em Alrest, existe uma civilização em cada Titan. Cidades, aldeias e vilas habitam as costas de cada um. Em todo o Titan existe um rei que tomará conta de toda essa civilização. Cada reino é bem diferente do anterior, contrastado pela religião e interesses, em que alguns criam laços de hostilidade com outros. Igualmente, como em quase todos os RPGs, tenho à minha disposição Side Quests, que te são dadas pelos vários habitantes de cada um destes reinos, que me acrescentam horas extras ao videojogo, fazendo-te desviar do teu objectivo principal.

O sistema de combate em Xenoblade Chronicles 2 é o que mais o distingue de todos os outros videojogos. A equipa é composta no máximo por três Drivers e cada um pode ter no máximo até três Blades. Este sistema tem base na mecânica de auto ataque, juntamente com Arts, que são os ataques principais da Blade que possuo naquele momento. Se pensas que é só isto enganas-te! Ainda há mais complexidade do que isto em Xenoblade Chronicles 2. Com isto poderei ainda realizar ataques especiais e combos que não te passam pela cabeça. Levei umas belas horas a tentar assimilar as mecânicas todas de combate e isso realmente compensou mais à frente no videojogo. Mecânicas novas são apresentadas em vários incrementos durante a aventura, a partir de tutoriais em forma de texto, que me ajudam minimamente a perceber como as utilizar.

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As Blades são a verdadeira essência deste videojogo. Cada uma tem o seu próprio elemento correspondente e o seu propósito, nomeadamente Tanque, Curar ou Atacar. Durante as batalhas é preciso pensares como é que deves canalizar esses propósitos para cada Driver. Sendo que quem tem blades de Tanque será alvo de mais ataques do inimigo, enquanto o que Cura preocupasse em garantir que ninguém caia em batalha e o Atacante garante o máximo dano causado no inimigo.  Além disso, como os Drivers, as Blades têm a sua própria árvore de habilidades. Estas são activadas ao se realizar algum feito, como realizar X número de combos ou ajudar alguns habitantes. Algumas dessas habilidades tanto podem ser a nível de batalha como também ser a nível de exploração do mundo. Isto garante-te aceder a certos locais no mundo, caso contrário não conseguirás seguir em frente.

As Blades raras, ao contrário das comuns, estão bem diversificadas. Umas são lindas e outras são muito estranhas e intimidantes, mas há algo em comum entre muitas que me causa uma certa preocupação. Muitas das Blades raras, senão praticamente todas, são femininas. Com roupas muito sugestivas e provocadoras, não contando ver isto num videojogo publicado pela Nintendo. Tapando os olhos a isto, que é difícil, há ainda uma boa variedade de Blades raras para desbloquear.

Ao longo do videojogo, deparo-me com uns cubos, que se chamam de Core Crystal. Estes Cores Crystals são como as Loot Boxes do videojogo. Cada um é despertado pela personagem que escolher, nascendo daí uma Blade. Essa Blade poderá ser uma blade comum, como poderá ser uma Blade rara. Existem Core Crystals comuns, raros e lendários, onde cada um irá influenciar o resultado final quando despertares a Blade.

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As cinemáticas de Xenoblade são longas, mas muito boas. Conta com 11 horas de cinemáticas só na parte da história e outras mais com certas Side Quests e outras. Deixo nota que neste videojogo tens a opção de ter as vozes em Inglês como também a opção de Japonês. No meu caso, após ter experimentado ambas, preferi seguir o videojogo com as vozes em Japonês. Apesar de ter testado as duas, reparei que na maior parte das cinemáticas a sincronia das falas com as vozes não era real. Simplesmente é um abrir e fechar de bocas.

A música de Xenoblade Chronicles 2 é simplesmente linda, fantástica e cheia de vida. Digna de um verdadeiro videojogo de aventura. Presta ainda um papel importantíssimo nas cinemáticas, já que se envolve perfeitamente, criando a receita perfeita para evocar sentimentos em nós que não costumamos ter em outros videojogos. Por isso se te cair uma lágrima ou outra, não estranhes, é o teu voto de amor por esta obra.

A performance deste videojogo é mesmo o ponto mais fraco de todos os outros. No que toca à performance em Dock, é minimamente boa. Com algumas baixas de frames em situações e até por vezes a redução da resolução do videojogo para níveis bem baixos por curto tempo. Ainda assim, o próprio enredo e música conseguem ofuscar um pouco este problema. Quando se trata do modo portátil, aí o problema segue para outro nível.

É como se tivesse a jogar o videojogo numa enorme Nintendo 3DS XXXL, em que preciso de limpar os óculos de X em X tempo para ter a certeza que o problema não é meu. Torna-se mesmo chato jogar em modo portátil com uma resolução tão baixa, bem como certas texturas ficam estranhas. Apenas joguei em modo portátil para treinar as minhas personagens ou fazer umas Side Quests simples, pois preferi desfrutar da história em todo o seu esplendor na Dock.

Xenoblade Chronicles 2 já está disponível na em lojas e na Nintendo eshop, em exclusivo para a Nintendo Switch. Se ainda queres ter mais experiências neste mundo de Alrest, também poderás adquirir um Season Pass que te dará novos conteúdos ao longo do ano, como uma expansão com uma nova história chamada Xenoblade Chronicles 2 – Torna The Golden Country

CONCLUSÃO
Uma jornada fantástica!
9
Bruno Dores
Um fanático por Nintendo, de nome "Nintendista", que procura mostrar ao mundo o lado mágico da empresa que o acompanhou durante toda a vida.
xenoblade-chronicles-2-analiseXenoblade Chronicles 2 não é um videojogo qualquer. Está num outro patamar de experiência, é imperdível. Este entrega-te não apenas HORAS de jogo, mas também uma história muito bem conseguida, que toca no coração de qualquer um.