Depois de 10 anos, desde o seu lançamento original, Xenoblade Chronicles está de volta! E melhor do que nunca, numa edição remasterizada que te vai levar numa jornada nostálgica, com melhor definição e novas adições, incluindo ainda um Epílogo! Interessado? Então vamos descobrir um pouco mais sobre Xenoblade Chronicles: Definitive Edition!
Xenoblade Chronicles: Definitive Edition leva-te a reviver a história de Shulk e dos seus amigos, num mundo de fantasia, onde há muitos anos foi palco uma feroz batalha entre dois seres gigantes: Bionis e Mechonis. Com o fim da guerra entre as duas facções colossais, a humanidade e toda a vida orgânica fez de Bionis o seu lar. Já em Mechonis, vivem as máquinas, que procuram aniquilar toda a vida em Bionis, gerando o caos com invasões constantes.
Shulk, o grande protagonista desta aventura, consegue obter controlo sobre uma misteriosa espada, a Monado, que não só lhe permite infligir danos nas armaduras das máquinas, como também lhe concede o poder de ver o futuro. Este último, será a chave para revelar todos os mistérios do enredo, assim como assegurar o futuro de toda a vida existente no mundo.
Confessando nunca ter jogado este jogo anteriormente, senti-me de alguma forma honrado por ter esperado estes anos todos. Pois pude viver uma das melhores aventuras JRPG de sempre, com uma nova e linda imagem. Xenoblade Chronicles: Definitive Edition foi simplesmente algo que me agarrou do início ao fim. A cada capítulo, antigos mistérios eram revelados enquanto novos surgiam no horizonte, numa espécie de ciclo vicioso que parecia nunca ter fim.
Tendo jogado o Xenoblade Chronicles 2 em primeiro lugar, senti uma espécie de sentimento de superioridade perante a obra original, assumindo que a sequela tinha uma história bem melhor. Mas não poderia estar mais enganado! É certo que a história em Xenoblade Chronicles 2 está fenomenal, mas depois de ter jogado Xenoblade Chronicles: Definitive Edition, sinto que a original está tão boa ou até melhor quanto a sua sequela. Contudo, existem ainda elementos de gameplay que apreciei mais na sequela. Mas isso já vou falar mais à frente.
Ambas as histórias, apesar de ocorrerem em períodos e universos diferentes, estão de certa forma conectadas pelo mesmo evento chave que originou o mundo. Isto veio especialmente a ser confirmado através da mudança de design de uma das personagens nesta obra remasterizada, que dá mais do que provas da minha teoria e das dos outros fãs desta grandiosa franchise da Monolith Soft.
A experiência em Xenoblade Chronicles: Definitive Edition foi ligeiramente optimizada visualmente, de forma a modernizar a sua interface para melhor leitura por parte do jogador. Além disso, foi ainda implementado um sistema de time attack, com desafios baseados em tempo, que garantem boas recompensas. Contudo, como já referi anteriormente, a grande adição nesta edição definitiva, é a de um epílogo, que veio a encerrar uma das pontas soltas da obra original. Este é jogado separadamente da história original, incluindo algumas modificações de mecânicas da história principal.
Ao contrário das 55 horas de jogo que a história original me custou, mas muito bem gastas, o epílogo adicionou 7 a 8 horas de uma história que não me agarrou tanto quanto esperava. Isto pode ter sido pelo facto de o elenco da história principal não estar presente aqui, ficando apenas com uma dessas personagens e 2 queridos e fofinhos Nopon, uma raça específica e conhecida no mundo de Xenoblade Chronicles. Em suma, se estás a pensar adquirir esta edição só pelo epílogo, poderás ficar mal servido.
Gameplay típico de um RPG, com mecânicas interessantes
Aos meus olhos, Xenoblade Chronicles: Definitive Edition parece ser um autêntico MMORPG “offline”. Pois a maneira como abordas os inimigos e como realizas os ataques são muito idênticas a esse género. Cada personagem possuí ataques/acções, conhecidas como Arts. Estas Arts, são o coração da batalha, pois sem estas, não tens qualquer hipótese contra os teus inimigos. Estas possuem um cooldown (tempo de espera) sempre que as usas.
À medida de progrides e desenvolves as tuas personagens, estas recebem novas Arts, que te permitem estender as possibilidade de combate, contra inimigos mais fortes que te vão surgindo. Contudo, Shulk, dado que tem posse do Monado, tem acesso a um leque de ataques totalmente dedicado à arma. E é aqui que o jogo brilha ainda mais!
Uma das grandes mecânicas neste jogo, são as visões do futuro que Shulk tem durante as batalhas. Estas permitem-te saber que um certo inimigo vai lançar um ataque perigoso contra uma certa personagem, infligindo uma determinada quantia de dano. Isto acontece tudo à frente dos teus olhos, recuando de imediato ao presente e apresentando um contador de tempo.
Aqui, terás a hipótese de alterar esse futuro, infringindo alguma condição especifica ao inimigo que o impeça de mover, ou tentar fazer com que este mude de alvo, ou ainda tentar minimizar o dano ao lançares um escudo a toda a tua equipa. Esta mecânica é algo nunca antes vista num videojogo, e é certamente uma das mais úteis que vais ter. Contudo, estas visões poderão tornar-se um pouco chatas quando tentas combater um inimigo com um nível bastante elevado, pois tudo o que ele fizer só vai originar visões, devido ao enorme perigo que apresenta para a tua equipa.
Um mundo aberto massivo e pronto a ser explorado
Quando falamos em RPG, lembramo-nos das missões secundárias, aquelas que servem para fazer uma pausa da história principal. Pois bem, o que te posso dizer é que neste jogo tens acesso a um montão de missões para fazeres! Tu facilmente recebes umas 10 ou 15 missões em cada localidade, o que parece um absurdo. No entanto, a maioria são missões são muito simples, e acabam por não agradar muito, para além de que ao menos servem de guia para explorares novos lugares escondidos.
Para além disso, neste jogo podes contar com armas e equipamento variado, que te dão melhorias especificas para cada personagem. Poderás ainda melhorar as tuas Arts, criar cristais com efeitos para o teu equipamento, e ainda desenvolver certas habilidades passivas. Enfim, o que encontras num típico jogo de RPG certamente estará aqui!
Visuais deslumbrantes mas com alguns senãos
Os visuais em Xenoblade Chronicles: Definitive Edition estão muito bons, quando comparados com os da versão original. Apesar de não ter uma qualidade a 1080p com texturas super detalhadas, este consegue ainda assim irradiar beleza, conseguindo surpreender em alguns momentos. Isto é, quando jogas em modo Dock, pois em modo portátil, o jogo continua a sofrer visualmente, por vezes até comparando-se com uma qualidade visual semelhante à de uma Nintendo 3DS.
No que toca ao resto, as personagens estão melhores do que nunca, especialmente Shulk, que agora já não mete medo. Contudo, em termos de animação, ainda existem ali algumas cenas no jogo que me desconfortaram, ainda que poucas. Os movimentos parecem demasiado robóticos, notando-se especialmente no andar das personagens. Além disso, a maneira de nadar neste jogo também parece muito estranha. Enfim, pequenos pormenores que acabam por ser ofuscados por tudo o que de bom o jogo te oferece e à medida que te concentras na história.
Uma banda sonora de excelência e a conclusão definitiva
Xenoblade Chronicles: Definitive Edition presenteia-te com uma banda sonora surpreendente, rica em qualidade. Tanto que nesta versão, temos direito a uma remasterização das músicas originais, para um experiência ainda melhor. Não é por acaso que a Nintendo lançou uma edição especial do jogo com um disco Vinil lindo. Infelizmente não consegui deitar mãos a esta edição, sendo que esta agora encontra-se esgotada em todo o lado.
Xenoblade Chronicles: Definitive Edition já se encontra disponível, em exclusivo para a família de consolas Nintendo Switch.