A ARVORE, estúdio Brasileiro que nos entregou grandes jogos de realidade virtual como Pixel Ripped 1989 e Pixel Ripped 1995, chega com mais uma das suas fabulosas criações, que nos vão levar para um mundo de imaginação cheio de desafios. Vamos então conhecer YUKI!
YUKI é um jogo que mistura vários géneros. É um Shooter, é um Bullet Hell e um Roguelite, tudo dentro de um mundo VR, que te entrega uma experiência totalmente original, criativa e nostálgica. Mas porque referi nostálgico? Bem, isto porque o jogo faz-nos lembrar muito os momentos de infância em que recebemos uma figura nova, seja ela o nosso Super Herói favorito ou outra figura atractiva, brincando com ela pelo ar e imaginando na nossa pequena cabeça os mundos e as acções da figura. É um pouco isto que YUKI nos oferece, a oportunidade de brincarmos com a nossa figura de acção e desfrutar de um mundo imaginário, cuidadosamente criado para nós. Até como prova disso, é possível olharmos para as nossas mãos de criança no jogo, com um penso infantil a tapar uma possível pequena ferida, um toque mesmo especial!
O jogo leva-nos por 6 mundos que, apesar de serem muito distintos, têm todos uma temática Oriental Asiática. Podemos comprovar isso tudo ao ver as famosas raposas do Japão (Inari), templos, estátuas dos Gatos (Maneki Neko) e muitos outros elementos que seria um verdadeiro estraga prazeres ao estar a falar mais sobre eles. Estes níveis serão ligeiramente diferentes, sempre que voltares a jogá-los, o que ajuda a combater a sessão de repetição que o jogo poderia sofrer. No que toca à sua dificuldade, posso dizer que YUKI é definitivamente um jogo para amantes de Shooters pesados. Contudo, a curva de dificuldade que o jogo traça desde o início da partida até ao fim, está bem definida, ideal para não afastar os mais novatos, dando-lhes a chance de, pouco a pouco, habituarem-se às pequenas chuvas de projéteis lançadas pelos inimigos. E se quiseres mesmo só curtir o jogo pouco a pouco, tens ainda um modo sem fim, onde podes ir testando os teus limites.
Como referi anteriormente, este também é um jogo de Roguelite, o que significa que se perderes terás que recomeçar tudo de novo. No entanto, nem tudo é completamente perdido. As esferas que vais apanhando durante o jogo podem ser utilizadas para adquirir Power-Ups para a tua figura Bladewing, como mais vida, drones que te acompanham, redução de tempos de recarga das tuas defesas, charms que desbloqueiam novas habilidades, entre outros, que farão toda a diferença quando voltares à partida. E falando em toda a diferença, existem ainda Bladewings novas que poderás desbloquear ao realizares certos objectivos no jogo. Estas Bladewings vêm com o teu próprio estilo de arma e Stats especificas, abrindo portas a mais estilos de jogo. É tudo questão da tua preferência, isto é, se as conseguires desbloquear.
As lutas contra os Bosses do jogo foram bem trabalhadas, onde cada uma é composta por várias fases, dando um pouco mais de acção, não nos enjoando com os mesmos ataques. Se há algo que deveria apontar aqui é o facto de não haver um melhor feedback quando atingimos os Bosses, seja com um efeito sonoro, visual ou brilho (ao estilo dos jogos de arcada), pois sinto que, por vezes, não estou a acertar correctamente no mesmo. Quero sentir aquela satisfação de saber que os meus projecteis acertaram e estão a causar dano.
Os gráficos em YUKI estão ao nível dos outros grandes títulos VR. Tendo jogado nos meus Oculus Quest 2, fiquei muito impressionado com o nível de detalhe e cores que o jogo me oferece. É algo que não se vê todos os dias e, é algo que transmite o empenho e dedicação que a ARVORE teve ao construir este título. A complementar a isto, gosto bastante dos reflexos que os modelos 3D têm, bem como também o “mar” presente em certos níveis. Já a música do jogo também está bem trabalhada, com alguns tons retro e espaciais, meio calma, e nos deixa concentrar no jogo sem haver alguma batida que nos faça desviar a atenção dos projecteis.
YUKI estará disponível a partir do dia 22 de Julho, nas plataformas Oculus, Oculus Quest e Steam VR.