Estamos de regresso a Hyrule, para mais uma aventura em estilo musou, onde a única coisa que verás são inimigos por todos os lados! Hyrule Warriors: Age of Imprisonment, desenvolvido em conjunto pela Koei Tecmo e Nintendo, promete inovar os conceitos e mecânicas que já conhecemos nas últimas duas entradas da franquia Hyrule Warriors, entrengando ação constante do início ao fim. Vamos lá descobrir nesta pequena análise o que Hyrule Warriors: Age of Imprisonment tem de tão especial!
De volta ao passado de Hyrule
A história de Hyrule Warriors: Age of Imprisonment decorre em Hyrule, no passado, onde Zelda foi transportada no início dos eventos de The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom. Basicamente toda a história desenrola-se totalmente à parte da aventura de Link. Tal como nas cutscenes referentes do passado, em Tears of The Kingdom, esta história desenvolve esses mesmos acontecimentos de uma forma mais profunda. Assim sendo, esta aventura de Zelda é considerada canónica neste universo de The Legend of Zelda, enriquecendo-nos com mais informação acerca das personagens que, apesar de importantes em Tears of The Kingdom, pouco se destacaram na aventura.
É uma perspectiva bastante interessante, pois desde o primeiro momento que Zelda conhece Raul e Sophia, que reinavam Hyrule no passado, conseguimos criar uma empatia pelas mesmas. Desde logo vamos sendo introduzidos a novas (e conhecidas) caras, levando-nos a descobrir mais sobre cada uma. Isto incluindo o grande antagonista desta aventura, Ganondorf, no qual conseguimos testemunhar todo o seu plano maléfico. Contudo, quem já jogou Tears of The Kingdom, sabe o destino de algumas destas personagens, bem como o desfecho da história. E é aqui que o jogo poderá ter um impacto diferente, dependendo se já jogaste a história principal.

Independentemente da história ser previsível ou não, e falando de uma forma pessoal, gostei muito da história e de como tudo culminou. As mais de 3 horas de cutscenes foram mais que suficientes para ambientar-me ao antigo Hyrule, encher-me de emoção e inspiração para as batalhas que se seguiram. Porém, se há coisa em que posso ser crítico é a qualidade dessas cutscenes não ser a melhor. Tratando-se de vídeos, notamos alguma perda de qualidade, como pequenos artefactos e banding das cores. Ainda que perfeitamente tolerante, nota-se bem esse contraste, quando transitamos para o gameplay.
Gameplay
Como é de esperar de um jogo musou, hordas de inimigos não faltarão! Tal como nos jogos anteriores, é-te proposto vários objetivos, os quais passam por entrares e derrobares postos de comando inimigos, fazeres assaltos aos Bosses ou até defenderes as tuas bases de comando.
Como tradição, temos mais de uma dúzia de personagens jogáveis no jogo, que vão sendo desbloqueadas à medida que vamos conquistando terreno. No entanto, tirando as que já conhecemos nos jogos principais de The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom, a maioria não se destaca, acabando por não serem tão apetecíveis de jogar com estas (pelo menos falo por mim). No entanto, há uma e particular que nos intriga do início ao fim. Um Construct que foi misteriosamente ativado, cuja sua aparência lembra muito o nosso herói Link. Não quero estragar os poucos mistérios que o jogo oferece, por isso não te vou dizer mais nada.

Já nas mecânicas de combate, estas foram bem forjadas, dando-te logo de início um bom leque de combinações de ataque para as personagens de jogo. Estes são os típicos botões de ataques fracos (X) e ataques fortes (Y) que, pressionados em sequências curtas ou longas, vão converter-se em ações distintas da personagem com que jogas, cujas mesmas terão utilidades variadas. Contudo, podemos ainda aumentar essas combinações de ataques, utilizando itens/materiais que vamos recolhendo à medida que derrotamos os inimigos.
Continuando ainda o tema dos ataques, temos agora os Sync Strikes, que são ataques feitos em conjunto com outra personagem que esteja próximo de ti. Estes ataques são muito poderosos e são, na minha opinião, das melhores coisas que esta franquia já implementou. Estes dão uma nova dinâmica aos combates que, em conjunto com os vários ataques especiais, culminam numa descarga de ataques no inimigo, deixando-os à nossa mercê.
Outra mecânica bem afinada foi os contra ataques que agora podemos fazer, utilizando ações específicas contra os mesmos. Por exemplo, podemos usar uma certa ação de ataque quando o inimigo vai fazer um ataque aéreo, ou quando este utiliza um escudo para se proteger, derrubando o mesmo para o chão. É neste momento que temos a nossa janela de oportunidade para dar tudo o que temos para o conseguirmos derrotar. Não me canso de utilizar estas ações, especialmente com o as armas Zonai.

As armas Zonai são outra das novidades implementadas no jogo. Com elas podemos atacar os inimigos, infligindo não só dano como também aproveitar as suas particularidades únicas. Lança chamas, que pega fogo ao inimigo, lança bombas, destruindo pedras e escudos, ou um foguete que investe contra os inimigos são exemplos comuns do que podemos fazer, com um simples pressionar de botão.
Os mapas de jogo estão dentro dos moldes dos outros jogos, com algumas exceções menos boas a meu ver. Se nos aventurarmos pelos níveis da história, tudo OK. Mas se formos jogar a níveis secundários, aí esses mapas são bem mais curtos e simples. Isto deixa um pouco a desejar, ainda que a experiência de os jogar tenha sido, no geral, positiva.
Uma experiência fluída (a solo)
Sé há algo que desde o primeiro instante notei em Age of Imprisonment foi a performance de excelência. Mesmo com dezenas de inimigos em ecrã, o jogo mantém-se a rondar os 60 fps. Absolutamente incrível, juntando as resoluções 4K e Full HD em modo e Dock e Portátil, respetivamente. Ainda que estas sejam upscales dinâmicos de resoluções nativas mais baixas, conseguem na mesma encher os nossos olhos com um espetáculo de efeitos visuais e preencher a tela de inimigos a serem jogados por todos os lados!
Como comparação, o titulo antecessor para a Nintendo Switch original, Hyrule Warriors: Age of Calamity, estava péssimo em termos de performance, chegando a valores abaixo de 12 fps! E senti-me bastante frustrado ao assistir a algo que já não deveria estar destinado a uma consola graficamente “obsoleta”.

Contudo, se formos para o modo cooperativo em splitscreen, os gráficos e fps descem consideravelmente. Isto é de certa forma compreensível, dado que a Nintendo Switch 2 terá que trabalhar praticamente o dobro para conseguir renderizar os visuais de ambos os jogadores. No entanto, uma grande adição a este titulo foi o modo cooperativo através do Game Share. Este consegue, sem necessidade de um segundo cartucho de jogo, transmitir o ecrã do segundo jogador para uma outra consola Nintendo Switch 2 ou até mesmo a Nintendo Switch original, deixando cada jogador com a sua vista individual. Se alguma vez jogaste o Hyrule Warriors original na Nintendo Wii U cooperativo com a TV e o Wii U GamePad, a sensação é muito idêntica!
No que toca ao departamento de audio, temos novamente uma experiência de excelência, como muitas faixas idênticas às do The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom. Isto sem rebaixar as novas faixas criadas para o jogo, cujas melodias nos empurram para dentro da ação. Até mesmo os efeitos sonoros são idênticos, criando um ambiente muito familiar para quem já se aventurou pelo reino de Hyrule. Sem dúvida, Hyrule Warriors: Age of Imprisonment foi criado cuidadosamente pela Koei Tecmo, à supervisão da grande nipónica.
Hyrule Warriors: Age of Imprisonment já se encontra disponivel, em exclusivo para a Nintendo Switch 2, tanto em formato fisico como em digital, na Nintendo eShop. Caso adquiras o jogo em formato digital, fica o aviso que necessitarás de cerca de 45GB disponíveis na tua consola para o poderes instalar.
































