Killing Floor 3 chegou às mãos dos jogadores PlayStation 5, Xbox Series X|S, e PC master Race através da Steam e Epic Games, como uma nova entrada na série da Tripwire Interactive, prometendo ação intensa e combate cooperativo contra hordas de Zeds. Sem experiência prévia com os jogos anteriores, aproximei-me do título com a expectativa de reviver a adrenalina de clássicos como Doom e Wolfenstein. O jogo oferece uma proposta simples: limpar zonas infestadas de inimigos, sobrevivendo a ondas com instruções mínimas. A experiência é direta, sem grandes complicações, mas com momentos de tensão e diversão.
O mundo de Killing Floor 3 é essencialmente citadino, mas a atmosfera pós-apocalíptica é palpável em cada detalhe. Ao percorrer os mapas, que variam entre armazéns abandonados, laboratórios destruídos e outras áreas urbanas devastadas, sente-se a constante sensação de desastre iminente. Cada cenário é cuidadosamente construído para transmitir abandono e destruição, reforçando o clima de tensão que acompanha o jogador desde o início.
Embora o jogo não ofereça uma narrativa profunda ou uma campanha elaborada, a história serve como pano de fundo convincente para a ação, dando sentido às ondas de Zeds e à urgência do combate. O clima geral mistura ação frenética com momentos de tensão, criando um ambiente imersivo, mesmo que não aposte fortemente em elementos de terror psicológico ou suspense profundo. Para mim, essa ambientação funciona como combustível para o ritmo acelerado do jogo, mantendo a adrenalina sempre presente enquanto exploro cada mapa.
A jogabilidade apoia-se fortemente em tiroteios cooperativos e na sobrevivência estratégica, com a progressão gradual das perks oferecendo uma sensação de evolução pessoal. Trabalhar nas perks é divertido e recompensador, mas confesso que o sistema de slots pode ser frustrante, já que exige desmarcar opções para abrir espaço para novas habilidades ou armas.
Curiosamente, os chefes costumam ser menos desafiantes que certos Zeds, o que adiciona uma imprevisibilidade interessante às ondas de combate. Um dos pontos altos para mim foi a possibilidade de jogar com espada, lembrando mecânicas de Shadow Warrior, que adiciona variedade ao combate e permite explorar diferentes estilos de ataque. No geral, o equilíbrio entre ação intensa e momentos que exigem estratégia mantém o jogo empolgante, mesmo quando decido enfrentá-lo sozinho, sem a companhia de outros jogadores online.
Os gráficos do jogo são realistas e demonstram atenção aos detalhes tanto nos cenários quanto nos inimigos. O sangue e os efeitos de combate são satisfatórios e contribuem para a sensação de brutalidade, embora eu ache que poderiam ser ainda mais expressivos para aumentar o impacto visual. Durante minhas sessões, notei alguns freezes ocasionais que avançavam rapidamente para momentos posteriores, o que me desorientava por instantes, mas, fora isso, o desempenho na Xbox manteve-se estável e fluido. Apesar de pequenas falhas, a experiência visual consegue manter a imersão e apoiar bem a ação desenfreada.
A sonorização complementa bem a experiência: os efeitos das armas são competentes e ajudam a criar imersão durante os combates mais intensos. No entanto, senti falta de maior criatividade nos sons dos inimigos, que poderiam ter mais variedade para aumentar a tensão em cada onda. Por outro lado, a trilha sonora e os efeitos de ambiente contribuem de forma eficaz para a atmosfera pós-apocalíptica, mantendo a adrenalina alta e tornando cada batalha mais envolvente.
Joguei principalmente sozinha, pois ainda não subscrevi ao online, e essa decisão acabou moldando minha experiência. Apesar disso, o modo solo consegue ser satisfatório, oferecendo diversão e uma boa forma de aliviar o stress pós-laboral. Além do modo tradicional de waves, não encontrei modos alternativos que realmente se destacassem, e a progressão limitada acaba tornando o jogo um pouco repetitivo ao longo do tempo. Ainda assim, a experiência permanece focada em ação imediata, e a adrenalina de sobreviver a cada onda de Zeds faz com que cada partida valha a pena.
Em resumo, Killing Floor 3 oferece uma experiência sólida para fãs de shooters cooperativos, com ação intensa e combate visceral. Embora apresente alguns problemas de performance e limitações na progressão, o jogo proporciona uma experiência divertida, especialmente em sessões cooperativas. Com atualizações planejadas e o suporte contínuo da Tripwire Interactive, há potencial para que o jogo evolua e se torne ainda mais envolvente.
Killing Floor 3 já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC, via Steam e Epic Games Store.
Agradecimento à Ecoplay por ter dado gentilmente a oportunidade de poder analisar o jogo.
+ Pontos Positivos
- Combate viciante e rápido, com ação intensa
- Variedade de armas e a possibilidade de usar espada.
- Atmosfera pós-apocalíptica bem construída.
– Pontos Negativos
- Progressão limitada, tornando o jogo repetitivo
- Alguns freezes ocasionais desorientam o jogador
- Chefes pouco desafiantes comparados a Zeds comuns.