Madden NFL 26 chega como o mais ambicioso jogo da série em anos. Em detalhes gráficos, nada a apontar: a apresentação parece um autêntico jogo da NFL na televisão: gráficos mais dinâmicos, estádios cheios de vida, comentários envolventes e até o clima a mudar o rumo dos jogos. Comprei Madden NFL 24 numa campanha promocional na Playstation Store, e desde esse momento fui fascinado pela qualidade deste desporto que domina completamente os Estados Unidos. Esta análise não será de todo feito por um especialista da arte física que é NFL, mas sim de um apreciador casual que apenas para para assistir o Super Bowl ou alguns destaques no Youtube.
A grande estrela deste ano é o Franchise Mode. O sistema de wear-and-tear traz uma gestão a longo prazo dos jogadores, desde a introdução das árvores de habilidades dos coordenadores que acrescenta variedade à construção da equipa técnica, e a gestão de planos semanais permite preparar os jogos de forma mais estratégica. Também a classificação dos edge rushers ajuda a corrigir a lógica salarial, finalmente valorizando quem realmente decide partidas. Aqui, a EA deu passos sérios para devolver profundidade ao modo, e senti-me mais imerso na experiência.
O sistema de pontapés teve mudanças drásticas, foi redesenhado com outro feedback, e confesso que ao início me senti um pouco desconectado da mecânica, mas algum tempo depois ficou mais acostumado. A IA continua por vezes a ser uma dor de cabeça que ignoram a lógica ou contexto. Acontecem algumas coisas imperdoáveis que os jogadores não aceitariam num EA FC (antigo FIFA) por exemplo, como jogadores que largam a bola do nada, ou jogadores que abandonam a sua função sem qualquer explicação e deixam buracos ridículos para o adversário progredir. Também se sente algumas pequenas mudanças mas com valiosos pormenores; como a possibilidade de fazer substituições rápidas sem recorrer aos menus, algo que ajuda imenso dado que este é um desporto com bastantes paragens.
O modo Superstar recebeu alguns ajustes, mas continua demasiado linear e familiar, falo praticamente da vertente de um RPG em que há mais acção e menos conversa, ainda melhor que os seus antecessores. É inegável também que a EA adoptou o modo Ultimate Team nos seus jogos e não vejo qualquer jeito de se livrarem dele. Este, por sua vez, mantém-se como a maior montra de microtransações da EA. Ainda que com alguns desafios engraçados para nos entreter como no EA FC, no geral quem investe ganha, e não ia ser diferente aqui. Os modos de jogo parecem iguais aos anos anteriores, com menus apenas mais polidos.
Visualmente, tal como mencionei no início da review, Madden NFL 26 é lindíssimo. As texturas estão com uma alta qualidade na sua resolução, e são exatamente aquilo que os fãs esperavam há pelo menos os dois Madden que joguei anteriormente. O jogo corre mais fluído, responsivo e sem perdas de frame rate ou problemas de ligação online. Os efeitos de clima acrescentam personalidade às partidas: chuva, neve e condições variáveis mantêm os jogos sempre muito únicos e com identidade. Visualmente, é o Madden mais impressionante de sempre, de longe.
Se em termos visuais e de apresentação Madden NFL 26 já impressiona, a banda sonora não fica atrás. Com 77 faixas no total, este ano a EA Sports redefiniu o que é Madden Music, oferecendo uma mistura de energia, variedade e celebração que acompanha todos os modos de jogo. No menu, encontramos novos temas de Twenty One Pilots, Lil Nas X, JID, e clássicos desde Beastie Boys até Rage Against The Machine. Esta variedade cria um equilíbrio entre sons contemporâneos e stadium anthems que atravessam gerações.
O melhor de tudo: grande parte destas músicas pode ser adicionada à tua playlist nos menus, dando-te controlo sobre a atmosfera que queres trazer ao jogo. Não é novidade nenhuma, mas é sempre mais uma playlist personalizada com mais uma edição carregada de variedade, tão vibrante quanto um domingo de Super Bowl.
Um agradecimento à PlayNXT pela cedência de uma cópia digital do jogo.
