Seis anos depois do lançamento original, a Sony Interactive Studios, Playstation Studios, apresenta-nas uma nova proposta para regressar ao mundo pós-apocalíptico de Days Gone. Será que o protagonista Deacon St. John precisava mesmo de uma atualização gráfica «current gen» ou será que existe mais recheio para ser apreciado? Eis o veredito da Squared Potato…
A Bend Studio, desenvolvedora deste IP integrante do espólio da Playstation, não tem tido uma vida fácil. Ganhou tração e reconhecimento na indústria por ter criado Syphon Filter e as suas sucessivas sequelas nas duas primeiras consolas domésticas da Sony e também na PSP. Depois disso, ficaram encarregues de fazer jogos spin-off de Uncharted e Resistance na malograda Playstation Vita.
Os anos passaram e eis que sai – com muita pompa e circunstância – um novo título de seu nome Days Gone. Na altura, partilhámos as nossas primeiras impressões e, posteriormente, saiu a análise mais detalhada no nosso site, que abordam os mais variados aspectos como, por exemplo, a estória. Surge agora um relançamento com a chancela de “remaster(ed)” com várias novidades.
Em primeiro lugar, o que salta à vista é mesmo a melhoria gráfica, tanto em termos de visuais (como nas animações dos personagens e cenários nesta interpretação do estado Oregon localizado nos Estados Unidos da América). Não é que o jogo de 2019 estivesse ultrapassado – também não cheguemos a esse ponto – mas a apresentação gráfica, de facto, é merecedora desse destaque. Mais do que a melhoria dos visuais, a performance mereceu uma tão revigorada atualização, ao cumprir os 60 fotogramas por segundo. No entanto, com um patch lançado em meados de maio, Days Gone Remastered possibilita selecionar o modo “equilíbrio”, que permite correr a 1800p com o alvo nos 40fps se jogas na PS5, 2160p (através do PSSR) com o alvo nos 40fps (no caso que tenhas uma versão Pro da Playstation 5).
No que diz respeito à experiência de jogo, mantém-se praticamente igual. Em termos de jogabilidade, a primeira diferença notória é a implementação das capacidades hápticas do comando Dualsense no que diz respeito ao controlo de armas. Este aspeto contribui bastante para a envolvência da ação que o jogador se depara neste mundo pós-apocalíptico.
Outro elemento que tenho de mencionar é a melhoria nas opções de acessibilidade: a possiblidade de aumentares o tamanho de legendas, mudar as cores das mesmas, um modo “High Contrast” e permitir da narração dos menus. A lista é muito mais extensa e, apesar de não ser a pessoa mais prolífica para falar destes assuntos, os jogos da alçada da Sony têm feito um trabalho exemplar neste departamento. Realço, por instância, The Last of Us Part II, que mereceu muitos louvores nesse campo.
Tal como na confeção de um prato culinário, a qualidade dos ingredientes é fundamental para que uma pessoa consiga ter mais proveito na sua desgustação. Neste contexto, os aspetos que enumerei em Days Gone Remastered melhoram significativamente o prato. E o recheio? Bem, a juntar a isto, estão a inclusão de três novidades que, certamente, irão agradar os fãs mais acérrimos deste IP da Sony: Speed-Run (um modo que encoraja os jogadores a completar o jogo de forma mais rápida possível); Permadeath (como o próprio nome indica, um modo desenhado para testar as capacidades de sobrevivência) e, por fim (e o mais interessante), um novo modo de jogo: o Horde Assault
Aqui o objetivo é sobreviver às várias “ondas” de inimigos e põe à prova os nossos instintos de sobrevivência, tendo em conta, os recursos que temos à nossa disposição. É, sem dúvida, uma boa adição para quem procura explorar a vertente mais frenética deste jogo. Pode servir como um complemento divertido para quem procura um desafio mais aliciante. Há recompensas cosméticas que podemos desbloquear, com intuito de usarmos no modo campanha para termos uma experiência mais personalizada.
Days Gone Remastered já está disponível para a PlayStation 5. Agradecemos à Playstation Portugal a cedência de uma cópia para análise.

































