Desde pequeno que me vicio completamente em videojogos de luta, sejam eles Guilty Gear, Tekken, Soul Calibur, Bloody Roar ou as mais recentes entradas como Injustice ou FighterZ. Não quero com isto gabar-me, apenas gosto de partilhar a minha paixão por videojogos em que escolhemos um lutador para partir o outro ao meio e depois podemos escolher o que foi partido ao meio e decidimos partir o jogador que o partiu.

Quando Jump Force foi anunciado pensei de imediato que fosse algo demasiado ambicioso para o que se propôs, não estando muito longe da verdade, este videojogo traz consigo um plantel que nos espanta pelo desperdício atroz de vozes e personagens.

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Começamos o jogo no PC sem qualquer possibilidade de alterar as opções gráficas, caímos num mundo que está a ser obliterado por Frieza. Então, pura das coincidências, nós (o jogador), somos escolhidos para albergar um conjunto de super poderes coincidentes com os animes mais conhecidos da Shonen Jump (editora que detém os direitos dos mangas de Jump Force).

Após uma introdução meio atarantada lutamos com uns NPCs de forma a aprendermos os controlos, levando então a mais cutscenes até que chegamos a mais cutscenes, nesta altura começo a desesperar por jogar, mas lá nos deixam começar a navegar pelo hub. Somos então convidados a ingressar na Jump Force, uma organização que tem como fim lutar contra os maus, constituída pelas diversas personagens da Shonen.

Missão a missão vamos melhorando a nossa personagem, vislumbrando cutscenes à lá Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots. Seria de esperar que apostassem nas cutscenes dado que estão lá praticamente personagens que marcaram a história do anime, mas decidiram lixar-se para isso e jogaram pelo seguro.

Jump Force

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Embora o jogo seja repetitivo e genérico, gosto bastante do sistema de combate que a Spike Chunsoft trouxe, com um combo automático, conseguimos observar e participar em lutas esteticamente atraentes, embora demasiado simplistas (o que acredito que seja suficiente para muitas pessoas e não tem nada de mal), creio que com as personagens que ostentam, deviam ter investido mais numa complexidade que permitisse destacar personagem x ou y, acabando com um plantel desequilibrado.

Isto não implica que não seja necessário trabalhar para se ganhar jogos online, caso queiram vingar contra jogadores reais terão de se aplicar, principalmente no que toca a defender. Com os timings certos conseguirão sacar da cartola desvios cirúrgicos de forma a ganhar vantagem na luta.

Jump Force

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Tal como não implica a falta de trabalho, também encontram diversidade nas personagens que podem encarnar. Podemos simplesmente encontrar batalhas de Yugi contra Light Yagami, o que se revela bastante divertido. Estes tipos de disputas podem-se realizar tanto online como offline, felizmente a Spike desbloqueou as personagens todas caso queiram apenas uma batalha rápida fora do modo história (praise).

Um dos pontos mais discutidos é a arte do jogo, embora FighterZ tenha tido um feedback surreal, a Spike aposta aqui num visual mais realista, o que tanto compensa como nos faz levar com um Luffy que parece que não bebe café desde que nasceu. Embora este tipo de visuais permita a inserção de efeitos apelativos a um grande ecrã, creio que foi aplicado em demasia, o que volto a frisar, para muitos jogadores pode ser excelente, o que não tem mal nenhum.

Jump Force já está disponível para PlayStation 4, Xbox One e na Steam para PC.

CONCLUSÃO
Divertido
7.3
jump-force-analiseNão encaro este videojogo como uma tentativa hardcore de entrar na meta dos jogos de luta, portanto para mim, Jump Force é uma experiência agradável, de pouca dura, e que traz à vida o sonho (ou pesadelo) de muitos fãs de anime/manga. Com um leque de personagens invejável, a Spike Chunsoft apresenta-nos um festival de pancadaria esteticamente cativante, que apenas mantém a atração na superfície, dada a simplicidade com que aborda o sistema de combate.